24 novembro 2012

As elites tremem !

MEDO- população acuada.

Não são poucas as formas de torturas que o brasileiro convive. Há anos, o povo vê crianças que apanham; que não tem escolas; que são prostituidas na tenra idade e não tem onde morar. Há anos, convivem com o latifúndio explorador de mão de obra barata; da ignorância total da massa que serve de manobras; da compra e venda de escravas brancas e operários; da violência doméstica e das pequenas autoridades que se estabelecem nas portarias, nas catracas, nos postos de saúde, nas repartições públicas e em todos os lugares estratégicos... Autoridades autoritárias espalhadas pelas repartições públicas de todos os Poderes e lugares, dizendo não ou se omitindo nas suas relevantes obrigações.

Mas a violência que é praticada sob o aplausos das elites, por mais medíocres que sejam, é a grosseria dos policiais. Policial civil, policial federal, policial das forças armadas, enfim, principalmente policial militar, aquele que tem patente, usa bota, farda e está armado é violento e assusta. Bate pesado, chuta, responde mal, não respeita regras,se impõe pela força e se acha importante porque saiu da favela onde era esmagado socialmente e pretende a desforra.

O brasileiro é violento: aplaude a farra do boi, a briga de galo, a luta livre e a queda de braço. Bate em mulher, espanca criança e pratica tudo que o evangelho  ou as regras expressas pelas doutrinas religiosas proíbe.

Agora os mais frágeis se rebelaram... mostram-se e enfrentam as autoridades. Revelam-se corajosas e colocam as instituições em cheque. Os homens de fardas se cagam... tremem... é o que se preconiza há vários anos e as elites não escutam.

A exploração exacerbada provoca reação. Logo logo serão os banqueiros, depois os atravessadores... e assim, todos que se valem de cargos e postos para imporem suas vontades de modo truculento, como se constata há 5 séculos nesse país de aventureiros.

Mas como o país está na mais perfeita ordem, os manda chuvas instituicionalizados continuam erguendo usinas em áreas indígenas e construindo um palco colorido para a Copa do Mundo de 2014, jogando milhões pela janela, sem se importarem com a realidade cruel que cerca as pessoas mais humildes, os homens de bem e a sociedade estrangulada pela mídia, violenta e perversa que engana a boa fé dos ingênuos que se divertem assistindo novelas, espetáculos perniciosos e os jornalões que induzem escancaradamente ou de modo subliminar ...

Enfim. Quem planta colhe. E a violência que se vive diuturnamente pelo país inteiro, ora mais acentuada num espaço, ora noutro é, por mais que se ignore, resultado da exploração tradicional que a elite brasileira impõe às classes menos favorecidas.

Vale refletir.

Roberto J. Pugliese
www.pugliesegomes.com.br

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