01 maio 2013

Advogados Católicos comemoram dia do padroeiro !

 
IVO, o Santo Padroeiro dos Juristas.
Nasceu na Bretagnha, estudou em Parisas artes liberais,filosofia, teologia e ciências jurídicas, tornando-se assim, Ivo, grande conhecedor das leis. Na condição em que se encontrava habilitado, foi pelo Bispo nomeado Juiz-Eclesiastico e posteriormente advogado, tendo militado em diversas regiões da França durante os anos que se seguiram até a sua morte em 1303,com 50 anos de idade.
A Igreja Católica destinou o dia 19 de Maio para homenageá-lo. Nessa data, igualmente Pugliese e Gomes Advocacia completa mais uma data de existência.
Ivo como advogado, dedicou-se especialmente às causas populares de interesse social e dos menos favorecidos da sociedade de seu tempo. Com esse perfil de militânciaas classes mais abastadas e elitizadas, naturalmente conservadoras e exploradoras do próximo, não o viam com bons olhos.
Sem se importar, no entanto, defendia com bravura no exercício da advocacia os mais frágeis naquela sociedade nobre e altiva.
Sua canonização se deu após confirmados os milagres que segundo a Igreja foi protagonista, conforme osteólogos e especialistas lhe cometem. Pelo exemplo deixado no exercício das atividades jurídicas, tornou-se o grande símbolo para que os operadores do direito,notadamente os advogados independente de credo que professem, venham acompanhar como postura em suas militâncias. Durante sua vida, Santo Ivo foi exemplo de postura, retidão e probidade, lembram os biógrafosde sua vida de sacerdote, juiz e advogado.
Não será portanto inoportuno lembrarmos que a memória de Santo Ivo deve estar mais presente na vida cotidiana dos profissionais do direito. De todos: Juízesde todos os graus, órgãos do ministério público de todos os segmentos e classes, delegados de policia, policiais civis e militares e naturalmente os quase 900 mil advogados brasileiros.
A sociedade clama por justiça. O Brasil estruturalmente é por tradição e história injusto. A dignidade humana passa bem longe da maioria da população. A violência campeia de todas as formas. O desespero, a falta de educação e direitos mínimos dos brasileiros estão promovendo a desesperança social. A corrupção e a impunidade dos mais poderosos é o mau exemplo que o brasileiro convive diuturnamente nos tempos de hoje.
A função social dos juristas de um modo geral está relegada a plano último. A ética se perdeu nas esquinas desses maus exemplos...
São inúmeros os artifícios que castram direitos e condições para o exercício da cidadania. A ditadura financeira das elites ignora massas humanas legadas a servir interesses minoritários.
Grupos mais frágeis não dispõem de palanque para suas reivindicações: Indígenas, pescadores artesanais, quilombolas, são vítimas contumazes da violênciado capital, dos interesses internacionais e do descaso de ampla gama de autoridades, que clamam por justiça e dependem da coragem de advogados abnegados, dispostos a enfrentarem os poderosos em defesa de coletividadesrenegadas.
É pois adequada a data alusiva ao santo padroeiro, para pedir-lhe sua generosa benção de modo que através de seu comportamento paradígma legado, inspire a Ordem dos Advogados do Brasil em todos os níveis e igualmente todos os seus inscritos a seu exemplo promoverem incessantemente meios de realização da justiça social cada vez mais distante e a defesa intransigente da pátria brasileira bastante mutilada pela fantasiosa globalização tecnológica que despudoradamente está por violentar a soberania já débil e moribunda.
Enfim, 19 de Maio é dia para que os juristas reflitam e lembrem-se da hipoteca social que devem resgatar, do exemplo do Santo Padroeiro e do tamanho imenso que se tem ainda a percorrer para que o país deixe de ser verdadeiramente injusto como o é.
Roberto J. Pugliese
presidente da Comissão de Direito Notarial e Registros Públicos
OAB- Sc.

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