18 janeiro 2021

EQUIVOCOS QUE NÃO PODEM SER REPETIDOS

EQUÍVOCOS QUE NÃO PODEM SER REPETIDOS


Durante treze anos o Brasil foi administrado pelos Partidos Políticos ideologicamente mais à esquerda, desde os mais radicais até os mais próximos ao centro ou centro direita. Foram anos sob a liderança do Partido dos Trabalhadores que organizado soube formar coalizão ideológica espúria com o fim de permanecer na liderança do poder político e  promover, como de fato promoveu  avanços e ações  voltadas para os menos favorecidos da sociedade entre outras concretizadas ou idealizadas.

 

Nesse tempo soube atender reivindicações elementares da classe trabalhadora  e reclamos emergenciais de segmentos sociais desprezados por anos pela  classe dominante ao longo da história. Não resta dúvida que avanços foram implementados atendendo interesses das massas populares que, ao longo do tempo, estavam  à espera de mudanças ideológicas que beneficiasse as classes menos favorecidas.

 

Nesse tempo foram muitos os aspectos da sociedade civil que foram atendidos, ainda que na maioria das vezes de forma tímida e compassada, evitando mudanças abruptas ou radicais, que pudessem sensibilizar os mais conservadores e reacionários tradicionais, provocando provavelmente  grande susto nas oligarquias históricas, que até então, sempre estiveram à testa da administração pública e surpreendentemente foram tolhidos do poder político do país.


Enfim, não vou me alongar em aplausos e elogios merecidos pelos feitos que se realizaram durante esses treze anos,  com a atuação arrojada em alguns momentos e tímida na maioria das vezes, implantando paulatinamente um  estado orgânico voltado principalmente para as massas mais frágeis da sociedade e menos atenta aos segmentos mais elitizados da mesma sociedade. 

 

Mas não se pode esquecer que durante esse período em que o Partido dos Trabalhadores e os Partidos Políticos ideologicamente alinhados ao social, aos trabalhadores, aos socialistas, aos comunistas, aos defensores de direitos humanos e regime democrático, aos ecologistas, a democracia cristã da libertação e ideologias mais ou menos radicalizadas à esquerda, aos operários, aos desfavorecidos pela sorte e aos ideologos da soberania entre os povos, essa gama de Partidos Políticos sob a liderança do Pt, descuidou omitindo-se em não  agir em vários segmentos que deveriam ter atentados de forma a não permitir que as velhas e tradicionais oligarquias que sempre dominaram os destinos do país, desde ao tempo da Colônia até a chamada Nova República, voltassem a ter hegemonia e influencia que tornasse fatal ao cumprimento do projeto político e talvez ideológico idealizado.

 

Diversos equívocos administrativos e políticos se deram ao longo do tempo que resultou no golpe promovido e idealizado por interesses escusos do capital internacional e das elites economicas tradicionais, que resultou na situação caótica e de destruição do estado brasileiro, com reformulação total de sua organização política e a promoção de atos voltados para a destruição da nação, compelindo as massas a se auto imolarem culturalmente.

 

Lamentável.

 

 

Foram inúmeros os equívocos, salientando-se talvez como o principal deles, a subserviencia aos meios de comunicações sociais. Jornais, revistas, cinematografia, teatro, estações de rádios e televisão de origem estrangeira ou produzindo ou reproduzindo os interesses outros que não os da nação, foram largados livres para agirem como queriam. O principal grupo economico desse segmento social, as Organizações Globo, com histórico de conhecimento público voltados contra os interesses nacionais, não foram molestados em momento algum pela administração pública, salvo alguns atos isolados da população que sempre esteve atenta.

 

Essa omissão foi fatal. Outros erros, outras omissões ou ações equivocadas não surtiram tanto malefícios à sociedade, ao estado e à nação, como a omissão do PT, liderando a coalização já referida em corrigir os rumos das empresas de comunicação social e implantar empresas outras, particulares e estatais, voltadas para uma comunicação social ideológica e democrática em pró dos interesses populares.

 

Esse foi o maior e principal erro e o resto é sabido e conhecido.

Roberto J. Pugliese. 

Editor.

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