20 janeiro 2022

Viva Sâo Paulo !

 Feliz Aniversário !

BANDEIRA PAULISTA HASTEADA NO JARDIM DA RESIDÊNCIA DO EDITOR

 

Parabéns a todos paulistas, paulistanos e imigrantes que vivem em São Paulo !

 

Para a querida São Paulo de sempre!

Os brasileiros conscientes estão em festa. É aniversário da cidade maior do país. Maior em tudo. Cidade que por si só faz com que tudo gire ao seu redor.

A última semana de  janeiro é para nós  paulistanos tempo de festas, de alegria em comemoração pelo aniversário da grande cidade que, pitoresca desde a santa fundação, à sombra do Colégio de Jesuítas do platô da Sé, ao longo de sua rica história tem motivos de sobra para orgulhar seus filhos: Detentora de generosidade singular sabe bem receber seus tantos e tantos migrantes a par de por tradição de seu povo ajudar a quem precisa.

Trata-se da mais pujante das pujantes metrópoles porque vive por si. Não é dependente. É líder, conduz, não é conduzida.

A honra de ser paulista e paulistano não se limita aos seus filhos naturais. Os chegantes adotivos, milhões que atravessam o país e o mundo para nela se estabelecer, por serem tratados indiscriminadamente como iguais e sentirem-se queridos, inflam seus peitos de orgulho e afirmam alto e em bom som que são da cidade, e por sê-los, se consideram vencedores.

Sim, o paulista é vencedor. Da cidade ou não, o paulistano é sempre um vencedor !

Cidade cujo povo trabalha bem mais do que necessário e constrói todo o alicerce de um país melhor e sua grandeza. Sempre foi assim, desde que corajosos desbravadores enfrentaram o desconhecido, subiram a serra inóspita e lá, deixaram a semente para outras aventuras vencedoras.  

A cidade vibra sempre acesa. Não cochila. É o ponto de partida e o objetivo final para a difícil trajetória do cotidiano brasileiro. Mutante, segue sempre avante. Todo dia se transforma sem desprezar o passado, pensando no futuro. É a explosão diária da nova dinâmica do sucesso.

 

          Bandeira do São Paulo Futebol Clube, hasteada no jardim da residência do Editor,

É a cidade própria dos que agem e sempre pensam grande. Paradigma do arrojo, o paulista mantém o espírito da aventura de seus antepassados desbravando as entranhas do conhecimento.

E no caótico cotidiano paulistano, com as chaminés de suas indústrias poluídas pela fumaça do trabalho de seus operários, a cidade embassada pela fuligem cinza que escapa do movimento incessante de tanta gente, São Paulo é paradoxal e da aparente insensibilidade dos que nela transitam,surge a doce metrópole das artes, na qual, o poeta  tem espaço para alinhavar suas estrofes e ainda se escutam canções cuja melodia vem no embalo de seus compositores. São Paulo canta a música dos trovadores que vieram de longe por terem seus talentos rejeitados nos lugares de origem.

A laboriosa metrópole se faz limpa, leve, musical e colorida pelo balsamo dos seus artistas.

Mesmo trágica, sob as enxurradas das tempestades constantes e intermináveis congestionamentos de veículos o laborioso povo encontra tempo para os cafés, os teatros, as casas de diversões. Crente, freqüenta os incontáveis templos de todos os credos. 

Maravilhosamente elegante, sua moda faz do tempo o templo das linhas retas e curvas arrojadas. A cidade abriga os mais notáveis intelectuais; os mais brilhantes cientistas e os mais dedicados juristas.  E suas universidades ensinam o mundo.

Solidariedade impar. Recebe carinhosamente a todos. Independente da origem e dos destinos,  o paulistano valoriza o trabalho dos que nela se instalam para vencer.

É a terra que pertence ao mundo. Não tem fronteiras.

 

           Bandeira da Cidade de São Paulo = Cruz da Ordem de Cristo e o Brasão de Armas

 

Uma cidade que vive da luta do dia a dia e de lutas ideológicas. Suas ideias, seus líderes, suas ações, são seguidas por todo o país. E da conhecida avenida Paulista, coração financeiro do país, surgem movimentos pró direita, pró esquerda, pró empresários, pró trabalhadores... Refletindo nessas ações barulhentas o mais variado pensamento de um povo vibrante como vibrante é a cidade que constroem.

Liderando e impondo suas razões de forma a mostrar que sabe como ninguém, o paulistano soberbo não exibe modéstia: Trabalha, organiza, resolve, constrói e sem cessar, nunca se cansa e atento está ao lado de todos que dele se socorrem. Arrogante, é sempre, naturalmente o comandante. Orgulha-se de saber impor o caminho do sucesso e trazer soluções: Em São Paulo, no Brasil e no exterior.

 
São Paulo é a síntese de todas as sínteses do país. É a síntese do século XXI

 

                          Bandeira da OAB hasteada na residencia do Editor em Florianópolis, Sc

 A cidade de Sao Paulo é a cidade do melhor do direito, da melhor justiça e da justiça social.  É a terra onde bravos advogados, mais do que lutar pelo direito particular, sem receio e corajosamente, são exemplos de incansáveis defensores da democracia. 

E quando São Paulo se cala, o país se cala. São Paulo sempre à frente. Se for, todos vão e se ficar, ninguém vai... Assim foi em 1932 e assim tem sido ao longo de sua história. É a terra dos bandeirantes que sem receio ampliaram as fronteiras para o pais, fundaram vilas e construiram as raizes da nação.

Mas a cidade sofre. Sofre pelo desalento de tanta miséria que não cessa. Gente daqui e dali, perdidos no emblemático cimento armado, nas praças desgastadas e descuidadas, armam suas barracas e sobrevivem de bicos, golpes, malandragem em incontáveis idiomas e pela piedade do povo paulista e brasileiro sempre atento ao desalento de irmãos.

A cidade chora pela pobreza de infelizes e repudia a pobreza de espírito daqueles que ignoram o sofrimento dos semelhantes e isolados em ilhas encasteladas no interior de  bolsões de pobreza fingem desconhecer o destino de milhões de miseráveis que nem sempre se alimentam... vivem em condições desumanas e indígnas aos seres de nossa espécie.

Paradoxal a cidade é rica mas é pobre. E dentro de um país igualmente paradoxal, concentrado com poder mal distribuído, concentra renda e comanda com poucos que desvirtuam a democracia e geram apenas privilégios para poucos.

Tão paradoxal que nessa festa de aniversário a cidade parou e o país também. Se a cidade para não há como seguir em frente, pois a locomotiva é São Paulo... Um trenzão conduzido por uma locomotiva braba e incansável.  E se a cidade para, seu povo sai para festejar, impulsionando o turismo que sempre aguarda visitas ilustres vindas na maioria do Planalto de Piratininga.

Lamentável.Mas também maravilhoso esse mundo da paulicea.

              Brasão de Armas da Cidade de São Paulo - CONDUZO NÃO SOU CONDUZIDO !

Mas a cidade deu certo e ao longo do tempo esse certo, torto e com defeito será aprimorado e transformará o que é de poucos para todos. Um país mais justo e verdadeiramente democrático que seguira a liderança natural dos paulistas, paulistanos e brasileiros de lá.

Enfim, aproveitando a festa, conto o segredo: O privilégio de nela nascer é bênção que ilumina caminhos. Agradeço aos meus Protetores a graça de te-la vivido e nas entranhas de suas avenidas, becos, prédios, vielas, parques, jardins, escadas, túneis e vilas ter sobrevivido e dentro de seus confins conhecido o melhor saber.

Por si a cidade é a mais intelectualizada das universidades. Nela se vive e nela se aprende viver. E sobreviver. Não tem igual. É a própria escola da vida. É o melhor conhecimento. É a arte, o esporte, a ciência. São Paulo ereta tem tudo; é tudo; é simplesmente o resumo de tudo.

Parabéns a todos que ajudam a construí-la, fazendo do asfalto que a tinge de suor vermelho do sangue heróico de seus habitantes, a maior metrópole cristã, solidária, humana e paulistana.

Parabéns aos que movidos pela ambição, transformam o cimento árido de suas incontáveis construções, o adocicado perfume da calorosa metrópole sempre nascente.

Non Duco, Ducor.

Parabéns!

 

Roberto J. Pugliese

Membro da Sociedade MMDC

Advogado Remido

www.puglieseadvogados.com.br

 

15 janeiro 2022

Thiago de Mello, o poeta combatente !

 EXPRESSO VIDA HOMENAGEIA O ILUSTRE POETA.

Enlutado, assim como todos que tem sensibilidade, pelo passamento do poeta Thiago de Mello, transcrevemos abaixo o  conhecido poema, de sua lavra, escrito em Santiago, à época do Golpe Militar de 31 de Março.
 
 
(Ato Institucional Permanente)

A Carlos Heitor Cony


Artigo I.
Fica decretado que agora vale a verdade.
que agora vale a vida,
e que de mãos dadas,
trabalharemos todos pela vida verdadeira.

Artigo II.
Fica decretado que todos os dias da semana,
inclusive as terças-feiras mais cinzentas,
têm direito a converter-se em manhãs de domingo.

Artigo III.
Fica decretado que, a partir deste instante,
haverá girassóis em todas as janelas,
que os girassóis terão direito
a abrir-se dentro da sombra;
e que as janelas devem permanecer, o dia inteiro,
abertas para o verde onde cresce a esperança.

Artigo IV.
Fica decretado que o homem
não precisará nunca mais
duvidar do homem.
Que o homem confiará no homem
como a palmeira confia no vento,
como o vento confia no ar,
como o ar confia no campo azul do céu.

Parágrafo Único:
O homem confiará no homem
como um menino confia em outro menino.

Artigo V.
Fica decretado que os homens
estão livres do jugo da mentira.
Nunca mais será preciso usar
a couraça do silêncio
nem a armadura de palavras.
O homem se sentará à mesa
com seu olhar limpo
porque a verdade passará a ser servida
antes da sobremesa.

Artigo VI.
Fica estabelecida, durante dez séculos,
a prática sonhada pelo profeta Isaías,
e o lobo e o cordeiro pastarão juntos
e a comida de ambos terá o mesmo gosto de aurora.

Artigo VII.
Por decreto irrevogável fica estabelecido
o reinado permanente da justiça e da claridade,
e a alegria será uma bandeira generosa
para sempre desfraldada na alma do povo.

Artigo VIII.
Fica decretado que a maior dor
sempre foi e será sempre
não poder dar-se amor a quem se ama
e saber que é a água
que dá à planta o milagre da flor.

Artigo IX.
Fica permitido que o pão de cada dia
tenha no homem o sinal de seu suor.
Mas que sobretudo tenha sempre
o quente sabor da ternura.

Artigo X.
Fica permitido a qualquer pessoa,
a qualquer hora da vida,
o uso do traje branco.

Artigo XI.
Fica decretado, por definição,
que o homem é um animal que ama
e que por isso é belo.
muito mais belo que a estrela da manhã.

Artigo XII.
Decreta-se que nada será obrigado nem proibido.
tudo será permitido,
inclusive brincar com os rinocerontes
e caminhar pelas tardes
com uma imensa begônia na lapela.

Parágrafo único:
Só uma coisa fica proibida:
amar sem amor.

Artigo XIII.
Fica decretado que o dinheiro
não poderá nunca mais comprar
o sol das manhãs vindouras.
Expulso do grande baú do medo,
o dinheiro se transformará em uma espada fraternal
para defender o direito de cantar
e a festa do dia que chegou.

Artigo Final.
Fica proibido o uso da palavra liberdade.
a qual será suprimida dos dicionários
e do pântano enganoso das bocas.
A partir deste instante
a liberdade será algo vivo e transparente
como um fogo ou um rio,
e a sua morada será sempre
o coração do homem.


Santiago do Chile, abril de 1964

Publicado no livro Faz Escuro Mas Eu Canto: Porque a Manhã Vai Chegar (1965).

In: MELLO, Thiago de. Vento geral, 1951/1981: doze livros de poemas. 2.ed. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 198

 Publicando as condolências e solidariedade aos familiares e todos que se sensibilizam pela ausência desse verdadeiro imortal, o Expresso Vida estampa sua tristeza pela ida de mais um combatente. Pelo vazio que esse poeta deixará para todos.

Roberto J. Pugliese
editor
membro da Academia Itanhaense de Letras
titular da cadeira nº35 da Academia São José de Letras

10 janeiro 2022

Viva o Contra-Almirante

 NUM INSTANTE, A GLÓRIA !

O Expresso Vida ousa, autorizado, publicar o texto de lavra de Maonel Domingos Neto, publicado em 10 de janeiro último em sua rede watzapp. Merece leitura e reflexão. E divulgação.


"Bela tacada, a do Almirante! Num lance, virou celebridade e herói da esquerda.

Que importa ter ajudado a eleição do fascista? E que tenha subido sem máscaras em seu palanque no auge da epidemia! Ou que esteja envolto em trapalhadas que prejudiquem a saúde dos brasileiros!

Ninguém ligou para o fato de o médico-marinheiro, sem credenciais, ter disputado e arrematado uma vaga na agência que cuida vigilância sanitária. Na sabatina no Senado que aprovou seu nome, o candidato nada teve a dizer. Aliás, disse que adorava automobilismo e viagens às terras distantes.

Há um século a esquerda busca dissidentes militares. Na única tentativa de assalto ao poder, em 1935, confiou apenas na farda. Imaginou que bastava a legenda do Cavaleiro da Esperança.

Na luta pelo petróleo, agarrou-se aos confrontos no Clube Militar. Generais direitistas foram mitificados por defenderem a autonomia energética, como se isso não fosse o básico do básico da Defesa Nacional.

Lott, reacionário de quatro costados, entrou para a história em letras grandes por, ironicamente, quebrar a legalidade para preservar a Constituição. (Volta e meia me perguntam se não pode surgir outro Lott).

Durante a ditadura instaurada em 1964, a esquerda auscultava ansiosa as dissidências da caserna. Vibrou com os rompantes de Hugo Abreu. No sufoco, qualquer reacionário fardado serviria.

João Goulart apostou exclusivamente em generais aclamados como sendo “do povo”. Impressionante a ignorância relativamente às corporações militares.

Em 1978, Euler Bentes Monteiro quebrou o galho da oposição consentida. O homem fora protegido do violento Albuquerque Lima e do assassino Ernesto Geisel, que lhe deu a quarta estrela. Com Paulo Brossard, apresentou-se ao colégio eleitoral para ser aplaudido por democratas e derrotado por João Figueiredo.

Com o golpe de 2016 em curso, congressistas de esquerda foram à tribuna para cumprimentar o general Villas Boas por seu aniversário. Que vergonha!

Eis que surge, no ambiente de terra arrasada, na desesperante tristeza coletiva, um marinheiro-médico desafiando o presidente da República.

Sua cartinha de impacto seguiu o molde consagrado por Benjamin Constant, o “fundador da República”: arguiu sua ascendência pobre, o selo de moralidade familiar, sua ascensão pelo mérito e defendeu seus subordinados institucionais. Falou grosso, demandando a retratação do fascista.

A consagração foi instantânea. A esquerda foi ao delírio. Outra tacada de efeito e o Almirante entrará na lista de candidatos à vice de Lula.

O marinheiro-médico integra o consórcio que jogou o país na lama. Agora, num beco sem saída, soma-se, glorificado às hostes democráticas.

Reza a cartilha do golpismo de última geração: criemos o problema para apresentarmos a solução. Ponha-se o bode na sala para sacá-lo gloriosamente, quando e se for o caso.

Sabendo que Bolsonaro está rumo à lata de lixo, os golpistas buscam desvencilhar suas imagens do estropício. O marinheiro-médico deu sua contribuição neste sentido. Ninguém sequer perguntou se age em acordo com seus superiores hierárquicos.

O Almirante atacou de policial bonzinho. É óbvio que ajuda a desmontar o mito fascista. Mas sua obra principal é a melhoria da imagem da farda e a construção de uma saída pela direita.

Precisamos de uma ampla frente para tirar o país do fosso, não de um arranjo nada conspícuo para continuar negando-lhe futuro promissor.

Os democratas deste país precisam conter sua avidez por salvadores fardados. Que parvoíce! Que vacilo!

 

Não teremos democracia assegurada enquanto não mudarmos a natureza intrínseca das corporações armadas de que dispomos. Estas fileiras são a garantia da continuidade do legado colonial e da subalternidade ao estrangeiro poderoso.

Manoel Domingos Neto "

O ideal seria poder contestar o texto. Desdizer. Mas infelizmente é verdade. A polícia serve ao governo e as forças armadas, a interesses do hemisfério norte. Tem excessões, mas poucas. Quem sabe, ao longo do tempo, a polícia servirá ao estado e as forças militares, passarão a cumprir a Constituição Federal.

O marco do Tratado de Tordesilhas é o marco da colonização, bem expressa pelos comportamentos rotineiros que somos testemunhas, de autoridades civis e militares ao longo dos últimos 520 anos...

Roberto J. Pugliese
editor.
www.puglieseadvogados.com.br
Autor de Terrenos de Marinha e Seus Acrescidos, Letras Jurídicas

01 janeiro 2022

Personalidade Incógnita: O eleitor anônimo.

 Eleitores: perfis pessoais.

O Expresso Vida tem observado ao longo do tempo e criteriosamente buscado respostas à questões que se apresentam nos cenários de eleições, especialmente  nos últimos tempos. Procura ouvir e ler comentários a respeito e observar o comportamento do eleitor padrão, avaliando de forma ordinária, a adequação histórica do comportamento individual em relação ao quadro social onde se insere e as influencias culturais presentes e anteriores do tipo observado.

Um tratado sociológico que sendo amplo e complexo  permite a composição de obra doutrinária e prática, mas que pode ser singelamente espremida numa crônica ou apenas num repente estatístico.

 De um lado, existem eleitores conservadores e de outro eleitores mais progressistas e dentro desse embate é possível destacar os sub tipos para melhor classificar os que votam.

Os conservadores podem ser assim classificado, porque tratam-se de pessoas cuja personalidade é acovardada. Frágil e sem condições de independência, aceita as regras impostas pelo patrão, pelo professor e por todos cujo poder hierárquico se arvoram impor e negam qualquer discussão. Esse eleitor não discute, não enfrenta e nunca enfrentou. Obedece. Na sua avaliação permanece ou opta pelo lado mais forte.Pelo lado dos que tem poderes, quer econmico ou político.

Também são conservadores os mais privilegiados que não dependem o Poder Público. São influentes. Tem capital. Vivem às próprias custas e ignoram o que se passa ao redor. Se considera um vencedor, ou rico, ou alguém que está na moda e é chique e sendo assim, não é progressista. Prefere que tudo permaneça como se encontra.

São também assim classificados os nascidos em berço esplêndido, que nunca molharam os pés, tomaram chuva ou sentiram fome. São os que estudaram no exterior por conta do pai e sofreram influencia radical e profunda de escolas econômicas desenvolvidas em Chicago, sendo antes de tudo neoliberais, meritocratas que desconhecem a situação real do país. São eleitores que preferem ficar do lado deles próprios e distante dos adversários de outras classes socio-econômicas.

Outro tipo é o que desconhece e não quer conhecer a política partidária, a governança e a administração pública. Escuta notícias de jornalistas comprometidos e o diz que diz da vizinhança. Não se aprofunda e repete o que incutiram na sua mente.  Só olha sob um prisma e não reflete, não medita, enfim, não pensa. Mas vota do lado que entende ser o que irá consertar tudo. Do lado de um salvador da pátria. Vota no Jânio Quadros, no Collor e continua agindo do mesmo modo. Algumas vezes se arrepende. Outras finge que não votou no líder que o decepcionou.

A ignorância compeia e a par do desconhecimento, para alguns a boa fé ilustra todo o quadro de mal escolher quem o representa.  Não sabe a função e a importância do vereador. Não sabe o que deve fazer o deputado... o senador e não avalia se o seu voto vai contribuir para mudanças melhores, piores, estagnação etc e tal... 

Enfim, esses eleitores sujam pelos interesses escusos ou por desconhecimento o processo democrático e a democracia e se for questionado, não saberá explicar o que é realmente democracia.

Lamentável.

Roberto J. Pugliese
editor
advogado remido
Secretário Adjunto da Comissão de Direito Notarial e Registrária do Conselho Federal da OAB