01 janeiro 2022

Personalidade Incógnita: O eleitor anônimo.

 Eleitores: perfis pessoais.

O Expresso Vida tem observado ao longo do tempo e criteriosamente buscado respostas à questões que se apresentam nos cenários de eleições, especialmente  nos últimos tempos. Procura ouvir e ler comentários a respeito e observar o comportamento do eleitor padrão, avaliando de forma ordinária, a adequação histórica do comportamento individual em relação ao quadro social onde se insere e as influencias culturais presentes e anteriores do tipo observado.

Um tratado sociológico que sendo amplo e complexo  permite a composição de obra doutrinária e prática, mas que pode ser singelamente espremida numa crônica ou apenas num repente estatístico.

 De um lado, existem eleitores conservadores e de outro eleitores mais progressistas e dentro desse embate é possível destacar os sub tipos para melhor classificar os que votam.

Os conservadores podem ser assim classificado, porque tratam-se de pessoas cuja personalidade é acovardada. Frágil e sem condições de independência, aceita as regras impostas pelo patrão, pelo professor e por todos cujo poder hierárquico se arvoram impor e negam qualquer discussão. Esse eleitor não discute, não enfrenta e nunca enfrentou. Obedece. Na sua avaliação permanece ou opta pelo lado mais forte.Pelo lado dos que tem poderes, quer econmico ou político.

Também são conservadores os mais privilegiados que não dependem o Poder Público. São influentes. Tem capital. Vivem às próprias custas e ignoram o que se passa ao redor. Se considera um vencedor, ou rico, ou alguém que está na moda e é chique e sendo assim, não é progressista. Prefere que tudo permaneça como se encontra.

São também assim classificados os nascidos em berço esplêndido, que nunca molharam os pés, tomaram chuva ou sentiram fome. São os que estudaram no exterior por conta do pai e sofreram influencia radical e profunda de escolas econômicas desenvolvidas em Chicago, sendo antes de tudo neoliberais, meritocratas que desconhecem a situação real do país. São eleitores que preferem ficar do lado deles próprios e distante dos adversários de outras classes socio-econômicas.

Outro tipo é o que desconhece e não quer conhecer a política partidária, a governança e a administração pública. Escuta notícias de jornalistas comprometidos e o diz que diz da vizinhança. Não se aprofunda e repete o que incutiram na sua mente.  Só olha sob um prisma e não reflete, não medita, enfim, não pensa. Mas vota do lado que entende ser o que irá consertar tudo. Do lado de um salvador da pátria. Vota no Jânio Quadros, no Collor e continua agindo do mesmo modo. Algumas vezes se arrepende. Outras finge que não votou no líder que o decepcionou.

A ignorância compeia e a par do desconhecimento, para alguns a boa fé ilustra todo o quadro de mal escolher quem o representa.  Não sabe a função e a importância do vereador. Não sabe o que deve fazer o deputado... o senador e não avalia se o seu voto vai contribuir para mudanças melhores, piores, estagnação etc e tal... 

Enfim, esses eleitores sujam pelos interesses escusos ou por desconhecimento o processo democrático e a democracia e se for questionado, não saberá explicar o que é realmente democracia.

Lamentável.

Roberto J. Pugliese
editor
advogado remido
Secretário Adjunto da Comissão de Direito Notarial e Registrária do Conselho Federal da OAB


 



 

 

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