12 maio 2019

23 DE MAIO ! Tudo por Sâo Paulo livre.


Martins, Miragaia, Drausio e Camargo !



Com Vargas no poder desde a vitória da Revolução de 1930, São Paulo vinha sofrendo constantes imposições que o colocava em situação de humilhante inferioridade no quadro político brasileiro.

O ditador nomeava interventores de sua confiança que se quer eram naturais do Estado e sempre antipático aos paulistas.

O descontentamento generalizado provocava manifestações populares contra o ditador, não só na Capital paulista mas em todo o Estado. O brio do povo bandeirantes estava sufocado.

Oswaldo Aranha estava em Sâo Paulo para impor nomes ao secretariado do interventor. O Ministro da Justiça fora enviado para se intrometer na política interna do Estado de São Paulo, provocando em 22 de maio de 1932 inúmeras  manifestações populares.

O interventor, agora paulista, não se curvou e nomeou o secretariado de sua estreita confiança e teve apoio do Exército e da Força Pública que aderiram ao clamor social. Com a derrota de Vargas diante da incapacidade de negociação do Ministro da Justiça, no dia seguinte foram inúmeras as manifestações que se deram nas ruas das principais cidades do Estado.

Jornais governistas foram empastelados e incendiados, mas o fato mais grave foi o ataque à sede da Legião Revolucionária, pois a reação dos legionários, em defesa do prédio e de suas vidas, resultou em vários feridos e na morte de quatro jovens, cujos nomes resultaram na formação da sigla MMDC - homenagem à Martins, Miragaia, Dráusio e Camargo. 




Essa organização MMDC, a partir de então passou a conspirar contra a ditadura e principalmente seu chefe, Getúlio Vargas.


Daí, a razão de 23 de Maio ser  data comemorada em Sâo Paulo e o povo paulista ter respeito e reverenciar os jovens que vieram a falecer. A organização se aparelhou e no dia 9 de Julho Sâo Paulo se levantou em armas.

Enfim, nessa síntese apertada, o Expresso Vida se vale da data para mais uma vez homenagear a todos que tombaram em defesa da democracia e por Sâo Paulo livre. E como as autoridades contemporaneas presta também a modesta reverencia aos primeiros mártires da Revolução COnstitucionalista de 1932.



Roberto J. Pugliese
editor
www.caminhosdolagamar.com.br
Paulistano, cidadão honorário de Cananéia.

03 maio 2019

19 de Maio - Dia do Padroeiro dos Advogados Católicos !



Santo Ivo, o patrono dos advogados Católicos Apostólicos Romanos.
 
 O Expresso Vida traz breve biografia de Ivo, o Santo que desde há boa data é o patrono dos advogados pelo exemplo que deixou.
 
 Nasceu em outubro de 1253 na Bretanha e faleceu em 19 de Maio de 1303, data que atualmente é dedicada ao seu louvor pela Igreja de Roma.
 
De ascendência nobre foi sagrado cavaleiro aos 14 anos.
Desenvolveu seus estudos com os maiores mestres de Teologia e Direito Canônico.
Foi aluno de Santo Tomás de Aquino e São Boaventura. Bacharelou-se também em Direito Civil. Depois de iniciar profundos estudos das Escrituras, velho e novo testamento, e começar uma batalha íntima que durou oito anos, tornou-se franciscano.
Doou aos pobres seus objetos pessoais de valor e adotou inteira e totalmente a vida ascética e fraterna franciscana.
 
Transformou o solar que recebera dos pais em hospital, asilo para velhos e crianças abandonadas. Lá estabeleceu também seu escritório para atender os pobres e desamparados. Não houve advogado de mais renome nem pessoa mais estimada em toda a Bretanha.

 Por sua caridade, ganhou o título de advogado e protetor dos pobres.

Santo Ivo é considerado também patrono de todos os estudantes de Direito, defensores públicos, funcionários da Justiça, profissionais que se relacionam com a Justiça, procuradores, Ives, Ivos, Ivones e Ivans.

Para os que tem interesse em conhecer mais detalhes da vida de Santo Ivo, o Expresso Vida recomenda a leitura de Santo Ivo, História da Advocacia e de seu patrono, escrito por
Arthur de Castro Borges, Editora Ltr,

Roberto J. Pugliese
editor
www.puglieseadvogados.com.br
(advogado formado pela PUC-SP, 1974 )
 
 
 
 
 
 

01 maio 2019

Programa Expresso Vida nº16, Rádio Comunitária Transmar

O Expresso Vida traz para seu público o programa nº 16 levado ao ar pela Rádio Comunitária Transmar de Cananéia e pela rede mundial de computadores.

Segue o texto.

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Programa nº16 

 

DISTINTOS OUVINTES, saúde, justiça e paz, eu sou Roberto José Pugliese, cidadão honorário de Cananéia, e o programa de hoje é dedicado a lembrança de Luiz Alves, ex prefeito de Cananéia e ao ensejo irá abordar tema referente as restrições ambientais impostas arbitrariamente ao município e ao seu povo.

 

Como é sabido a cidade está erguida numa ilha situada no centro de um arquipélago cujo patrimônio ecológico é de expressivo valor. O meio ambiente com predomínio da Mata Atlantica é de reconhecimento internacional, a ponto de Cananéia ser há bom tempo considerado pela Unesco, o órgão de cultura da ONU,  área declarada Reserva da biosfera , e assim, ter olhares especiais, em tese, pelos poderes públicos.

 

Mas esse patrimônio não autoriza, de modo algum, que as autoridades com fundamento na defesa ambiental, passem por cima de direitos e garantias fundamentais que preservam, antes de tudo, a mínima dignidade humana.

 

As populações locais, não apenas os segmentos tradicionais, entre os quais, os indígenas, os descendentes dos quilombolas, os pescadores tradicionais e o caiçara de um modo geral não podem ser ultrajados arbitrariamente no modo de vida, em homenagem ao meio ambiente preservado a qualquer custo, para benefício na maioria das vezes, de populações outras, até nem sempre da região e distantes o bastante para desconhecerem o drama do povo do Lagamar.

 

O Vale do Ribeira, mas especialmente o caiçara do litoral sul paulista, aquele ilhéu perdido na floresta atlântica que, por gerações convive amigavelmente com a flora e a fauna a preservando e dela tirando seu sustento, é a maior vítima de ecologistas que mais agridem os povos mais humildes e ignoram as investidas do capital internacional e das elites locais, que no último século, paulatinamente operam  nos diversos cantos, praias, ilhas e cidades até então isoladas do convívio  destruidor daqueles que dizem trazer o desenvolvimento.

 

A Ilha Comprida é o exemplo dessa destruição.


 

A cidade de Cananéia em seu centro urbano, à vista de todos, tem nesse aspecto, atentem-se, uma fábrica e um centro comercial aterrados no mangue, apenas para pontuar uma violência ambiental ignorada. Tem ao longo do Retiro das Caravelas, a privatização de avenida beira mar, com muros e cais particulares, impedindo o acesso público. E nessa linha, outras tantas e tantas agressões podem ser apontadas e demonstrado que ecologista e autoridades públicas se calam.

 

E as autoridades que mandam derrubar casebres ao longo da Rodovia Municipal José Herculano Rosa, ignoram e se curvam diante das  agressões e ilegalidades apontadas.

 

Enfim, sem delongas, o município de Cananéia depende do desenvolvimento trazido pelo turismo especialmente, mas essa fonte da economia potencial tem que se ajustar ao modo de vida do caiçara e demais habitantes, da zona urbana e rural desse privilegiado espaço natural.

 

Se isso não ocorrer, em breve, a fonte natural de recursos secará e Cananéia será esquecida. Ninguém se deslocará para a cidade se o meio ambiente não estiver preservado, porém, a preservação ambiental não significa a violência contra o caiçara e o ilhéu tradicional do Lagamar.

 

A crítica é dever da inteligência. 

Obrigado "

Roberto J. Pugliese
editor
presidente da Comissão de Direito Notarial e Registros Públicos -OAB,Sc