A Região Autônoma do Tibet
O Expresso Vida traz o texto a respeito do Tibet, um país soberano ocupado pelos chineses desde 1959, e ignorado pelas potencias democráticas.
Para quem se interessa por geografia política é um convite para maior conhecimento do que se passa do outro lado do mundo e não está na tela das emissoras de televisão.
O Tibet está sob o controle dos chineses que não pretendem devolver e abrir mão desse poder e permitir que o povo tibetano assuma seu território soberano. Também não aceitam a autoridade civil e religiosa de SS o Dalai Lama.
Depois da invasão, a região passou a abrigar mais chineses do que nativos, a língua oficial é o chinês e a liberdade de culto é rigidamente controlada. Sem contar os bilhões de iuans que a economia local atualmente movimenta para os cofres chineses, seja em minérios, seja em turismo.
Com o status de “Região Autônoma Tibetana”, o país possui estradas asfaltadas e vôos diários de Lhasa à Pequim. Construíram-se pontes, escolas e hospitais modernos. Nos últimos dez anos, dois terços das construções tradicionais foram postos abaixo para dar lugar aos novos edifícios.
Mas a região autônoma não tem a mínima autonomia. É uma colônia desprezada do Império Chines qu explora o povo e a natureza local.
A maior parte dos tibetanos que sobraram ainda resiste à integração forçada e vive da agricultura e do pastoreio. Alguns hábitos, como os alimentares, continuam fiéis aos tempos de independência: a dieta ainda é baseada em cevada, que é consumida todos os dias, carne e manteiga de iaque (os tibetanos não são vegetarianos. O que não se deve, de acordo com o budismo, é matar um animal, mas comer o bicho depois de morto, tudo bem), carne de carneiro e farinha de trigo. Quanto às bebidas, a cerveja de cevada – a chang – e o chá têm espaço garantido.
“O problema hoje já não é tanto a ocupação do território e sim a imposição da cultura chinesa em detrimento da outra. Uma coisa não justifica a outra e nisso os tibetanos têm razão”, afirma Mario Bruno Sproviero, professor da Universidade de São Paulo. Especializado em cultura chinesa, ele acredita que seja por essas e outras que, apesar das críticas, há muito tempo, o próprio Dalai Lama já desistiu de reivindicar a independência. Agora ele pede apenas a autonomia de fato, que incluiria a liberdade de culto e a restauração da língua tibetana.
Os chineses, como todo conquistador, tem como meta inicial destruir a cultura local. A língua por ser a maior expressão de uma nação, é a primeira a ser destruída, e no Tibet não acontece diferente como ocorre na América Latina.
Sem maiores delongas, o Expresso Vida deixa patente que apóia a causa tibetana e ficou perplexo anos atrás, quando o Partido dos Trabalhadores assumiu o poder, não demonstrou publicamente que é contra a situação imposta pela China e ficou ainda mais decepcionado, quando o chefe de Estado SS Dalai Lama, veio à Curitiba, não foi recebido com as honras devidas pelo governo brasileiro.
No romance O Caminho das Ostras, de lavra de Roberto J. Pugliese, editor do blog, um dos ícones da trama que se passa no litoral paulista é o drama de uma noviça budista que fugiu do TIbet.
Enfim, a região autônoma do Tibet é o símbolo do colonialismo moderno, que se opera dentro do comunismo ou do capitalismo liberal atual.
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