05 setembro 2011

Privatizações em vista - Santa Catarina -

Gazeta das Praias on line - São Francisco do Sul ( transcrito )


O governador Raimundo Colombo de Santa Catarina pensa em vender até 49% da Casan, empresa estadual de água e saneamento

Com um atendimento insatisfatório a CASAN atende com saneamento básico menos de 20% dos municípios onde a empresa de água atua em Santa Catarina. Estes recursos da privativação seriam utilizados para melhorar e expandir os serviços públicos de esgoto.

Privatizar a Casan visa capitalizar em torno de R$ 1,5 bilhão em financiamentos para viabilizar os projetos necessários da rede sanitária em Santa Catarina. Os recursos estariam assegurados desde que a companhia em contrapartida conquiste R$ 250 milhões junto aos seus credores. Descapitalizada como está e sem uma janela política para uma saída de emergência, vender 49% das suas ações para ser a única solução. E o povo catarinense pergunta: Será?

“Todo o dinheiro da negociação vai ser reinvestido na própria Casan. Além disso, ganharíamos um investidor estratégico, que também teria de aportar mais recursos”, justifica Dalírio Beber, presidente da empresa.

A missão de Raimundo Colombo parace ser encontrar um investidor privado e depois de encotrado o caminho das pedras seria fácil continuar as privatizações: Codesc, SCPar e Celesc.

Nos dois primeiros casos, é necessária uma aprovação da Assembleia Legislativa, por meio de projeto de lei. Já na Celesc, a solução é mais difícil. Por ser de economia mista, seria preciso convencer os acionistas privados a liberarem os papéis para negociação.

Há ainda um outro entrave a ser superado. O governo precisa revogar uma Emenda Constitucional do ano passado, que obriga a realização de um plebiscito no caso de venda de ações da companhia. O projeto que altera essa lei já está em análise na Assembleia Legislativa.

'Privatizar é dar plenos poderes para o novo parceiro e de certa forma perder a autonomia para decidir os rumos do saneamento no Estado, no caso da Casan. Oferecer saneamento básico, aguá e esgoto tratado é função social de um governo e direito de todo o cidadão. Quando um governo perde a capacidade de servir ao seu povo, é preciso repensar em toda a administração pública, diz GONZALEZ (PSL).

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