A
Comunicação social comprometida.
O Expresso
Vida divulga texto muito bem elaborado por Marcel Farah no blog domtotal.com,
através do qual percebe-se claramente o quanto a mídia brasileira é tendenciosa e
está sempre a serviço de interesses inferiores e a incompetência dos que poderiam
defender os interesses nacionais favorece aos interesses do capital
internacional.
Vale a
leitura e a reflexão.
“
(Des)travem
a batalha da comunicação!
Travem a batalha da comunicação!!! Com
estas palavras a presidenta Dilma encomendou aos seus ministros e ministras
ainda no início de seu segundo mandato que dissessem o que o Governo está
fazendo nas diversas áreas, combatendo mentiras e exageros.
A preocupação com a comunicação surgiu frente à campanha permanente que a mídia oligopolista faz contra o programa eleito em 2014. Contudo, com razão a medida foi criticada por indicar que falta ao governo uma política de comunicação clara que busque informar à sociedade sobre as ações, as intenções, os interesses e as perspectivas de futuro. Uma política que envolva todo o governo a partir de um discurso coerente, que contribua na construção de uma narrativa que explique o que orienta o novo mandato presidencial. Afinal, caso isso não seja feito, a versão prevalecente será a da mídia corporativa que encorpora hoje o principal “partido” de oposição ao governo, semelhante ao que ocorre na Argentina e na Venezuela, para não dizer em praticamente toda a América-Latina.
Pois bem, estava colocado um dos principais e não superados problemas vivenciados por um governo que vive há 12 anos sob o cerco cerrado de uma oposição feita pelas empresas de comunicação. Mesmo que a comunicação seja uma concessão pública, o poder sobre a mesma é exercido sem o mínimo de participação e controle social. E o governo, apesar do apelo pela “batalha” parece entender o termo travar mais como trava do que como ação.
O resultado é colhido diariamente. Um dos produtos da derrota cotidiana da batalha da comunicação é a popularidade presidencial estável abaixo de 10%. Por certo que o impacto da economia foi decisivo para esta queda, contudo a comunicação não só ajuda a derrubar a popularidade como a própria economia, conforme bem analisado por Rogério Cezar de Cerqueira na Folha de São Paulo do dia 03 de setembro.
O debate em torno da proposta da CIS, que recebeu o velho no de CPMF (de imediato pela mídia), demonstra mais um sintoma gerado pela mesma causa. A falta de estratégia de comunicação faz com que o governo se boicote, pois a versão que aparece é só a de oposição.
Ao governo faltou sondar quem apoiaria e quem seria contra a medida, explicar publicamente as razões para a criação do novo tributo, mostrar que se trata de um tributo mais justo que vários outros, e que permite maior controle sobre a corrupção ao permitir melhor controle sobre transações financeiras. Mas isso não foi feito e praticamente ninguém no Brasil conhece esta versão. Tudo fica como se o governo, encurralado, propusesse mais um imposto, num cenário em que o estado é visto como vilão pela alta carga tributária, e frente à legítima manifestação contrária de várias personalidades, incluindo Cunha, Temer e Renan, e empresários, tidos como heróis, recuasse novamente com o “rabo entre as pernas”.
Esta postura deseduca. Pois nada da reflexão sobre regressividade da carga tributária brasileira foi colocado em pauta. Ninguém falou que um imposto pode ser mais justo que outro e que quem deve pagar a conta do ajuste são os que mais movimentam valores nos bancos. O governo não prepara terreno para futuras ações no sentido de tornar mais justo o sistema tributário. E como e uma profecia auto-realizável, a caracterização da proposta da CIS como tiro-no-pé, feita por Renan Calheiros, torna-se realidade.
Enfim, a ausência, ou a complacência da comunicação sufoca o governo federal e abre alas para que o programa político derrotado em 2014 seja implementado por quem foi eleita. O maior prejudicado com isso, não é o governo nem os empresários, mas sim o povo.
Portanto, é passada a hora de colocar em prática as deliberações da Conferência Nacional das Comunicações, de potencializar a Empresa Brasileira de Comunicação, de estimular a criação de novos canais e pluralizar as vozes da comunicação, de construir uma estratégia que conte o que o governo pretende fazer na saúde, na educação, na cultura, nos Direitos Humanos, na participação social. Isso é destravar a batalha da comunicação.”
A preocupação com a comunicação surgiu frente à campanha permanente que a mídia oligopolista faz contra o programa eleito em 2014. Contudo, com razão a medida foi criticada por indicar que falta ao governo uma política de comunicação clara que busque informar à sociedade sobre as ações, as intenções, os interesses e as perspectivas de futuro. Uma política que envolva todo o governo a partir de um discurso coerente, que contribua na construção de uma narrativa que explique o que orienta o novo mandato presidencial. Afinal, caso isso não seja feito, a versão prevalecente será a da mídia corporativa que encorpora hoje o principal “partido” de oposição ao governo, semelhante ao que ocorre na Argentina e na Venezuela, para não dizer em praticamente toda a América-Latina.
Pois bem, estava colocado um dos principais e não superados problemas vivenciados por um governo que vive há 12 anos sob o cerco cerrado de uma oposição feita pelas empresas de comunicação. Mesmo que a comunicação seja uma concessão pública, o poder sobre a mesma é exercido sem o mínimo de participação e controle social. E o governo, apesar do apelo pela “batalha” parece entender o termo travar mais como trava do que como ação.
O resultado é colhido diariamente. Um dos produtos da derrota cotidiana da batalha da comunicação é a popularidade presidencial estável abaixo de 10%. Por certo que o impacto da economia foi decisivo para esta queda, contudo a comunicação não só ajuda a derrubar a popularidade como a própria economia, conforme bem analisado por Rogério Cezar de Cerqueira na Folha de São Paulo do dia 03 de setembro.
O debate em torno da proposta da CIS, que recebeu o velho no de CPMF (de imediato pela mídia), demonstra mais um sintoma gerado pela mesma causa. A falta de estratégia de comunicação faz com que o governo se boicote, pois a versão que aparece é só a de oposição.
Ao governo faltou sondar quem apoiaria e quem seria contra a medida, explicar publicamente as razões para a criação do novo tributo, mostrar que se trata de um tributo mais justo que vários outros, e que permite maior controle sobre a corrupção ao permitir melhor controle sobre transações financeiras. Mas isso não foi feito e praticamente ninguém no Brasil conhece esta versão. Tudo fica como se o governo, encurralado, propusesse mais um imposto, num cenário em que o estado é visto como vilão pela alta carga tributária, e frente à legítima manifestação contrária de várias personalidades, incluindo Cunha, Temer e Renan, e empresários, tidos como heróis, recuasse novamente com o “rabo entre as pernas”.
Esta postura deseduca. Pois nada da reflexão sobre regressividade da carga tributária brasileira foi colocado em pauta. Ninguém falou que um imposto pode ser mais justo que outro e que quem deve pagar a conta do ajuste são os que mais movimentam valores nos bancos. O governo não prepara terreno para futuras ações no sentido de tornar mais justo o sistema tributário. E como e uma profecia auto-realizável, a caracterização da proposta da CIS como tiro-no-pé, feita por Renan Calheiros, torna-se realidade.
Enfim, a ausência, ou a complacência da comunicação sufoca o governo federal e abre alas para que o programa político derrotado em 2014 seja implementado por quem foi eleita. O maior prejudicado com isso, não é o governo nem os empresários, mas sim o povo.
Portanto, é passada a hora de colocar em prática as deliberações da Conferência Nacional das Comunicações, de potencializar a Empresa Brasileira de Comunicação, de estimular a criação de novos canais e pluralizar as vozes da comunicação, de construir uma estratégia que conte o que o governo pretende fazer na saúde, na educação, na cultura, nos Direitos Humanos, na participação social. Isso é destravar a batalha da comunicação.”
O Expresso
Vida recomenda aos leitores que reflitam em divulguem.
Roberto J.
Pugliese
www.pugliesegomes.com.brCidadão Cananeense.
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