CNJ: o dedo na ferida - Wadih Damous ( remetido por Fidellis Esteffan )
O Conselho Nacional de Justiça (CNJ) tem tido uma atuação fundamental como fiscal e corregedor maior da magistratura, e isso muito se deve ao trabalho da ministra Eliana Calmon, que, distanciando-se dos corporativismos de classe, não tem titubeado em punir os maus juízes, aqueles que desrespeitam a toga e desonram o Judiciário e a sociedade.Tirar do CNJ o poder de investigar, processar e condenar juízes que pratiquem irregularidades ou apresentem desvios de conduta é retroceder institucionalmente, é declarar aos cidadãos que não haverá transparência no sistema. É também injustiçar os juízes e juízas de bem que constituem a maioria do Judiciário.Quando a corregedora nacional de Justiça denuncia a existência de "bandidos de toga", não generaliza, tampouco fragiliza o Poder. Mira, obviamente, naqueles juízes que não poderiam usar a vestimenta dos tribunais sem enodoá-la com malfeitos. Em qualquer categoria profissional há aqueles que se corrompem. Por que a magistratura seria um santuário? Pôr o dedo na ferida é muito diferente de ferir.Entre os juízes que se posicionam pelo esvaziamento das funções do CNJ, é perceptível a tentativa de enfraquecer a ministra Eliana Calmon, com o objetivo de criar um clima favorável, no Supremo Tribunal Federal, para o acolhimento do absurdo pedido da Associação dos Magistrados Brasileiros para reduzir as atribuições do Conselho.Ora, o CNJ foi criado como órgão de controle do Judiciário. Para continuar a exercer de fato essa missão, necessita atuar de forma independente das corregedorias dos tribunais, e não como instância recursal. Essas, infelizmente, não têm conseguido, por corporativismo ou falta de estrutura, dar conta das acusações contra os maus magistrados.
Wadih Dmous é presidente da OAB/RJ.
Artigo publicado no jornal O Dia, 30 de setembro de 2011.
Conselho Editorial (inspirado) Carlos H. Conny, presidente; M. Covas, Miguel S. Dias, W. Furlan, Edegar Tavares, Carlos Lira, Plínio Marcos, Lamarca, Pe. João XXX, Sérgio Sérvulo da Cunha, H. Libereck, Carlos Barbosa, W. Zaclis, Plínio de A. Sampaio, Mário de Andrade, H. Vailat, G. Russomanno, Tabelião Gorgone, Pedro de Toledo, Pe. Paulo Rezende, Tabelião Molina, Rita Lee, Izaurinha Garcia, Elza Soares, Beth Carvalho, Tarcila do Amaral, Magali Guariba, Maria do Fetal,
25 outubro 2011
CNJ - O Dedo na Ferida
Advogado, paulistano, professor de direito, defensor de direitos humanos. Bacharel pela PUC -SP em 1974, pós graduado em Direito Notarial, Registros Públicos e Educação Ambiental. Defensor de quilombolas, caiçaras, indígenas, pescadores artesanais... Edita o Expresso Vida.
Autor de diversos livros jurídicos.São incontáveis os artigos jurídicos publicados em revistas especializadas, jornais etc. Integra a Academia Eldoradense de Letras,Academia Itanhaense de Letras. Titular da cadeira nº 35 da Academia São José de Letras. Integra o Instituto dos Advogados de Santa Catarina. É presidente da Comissão de Direito Notarial e Registros Públicos da OAB-Sc. Consultor nacional da Comissão de Direito Notarial e Registraria do Conselho Federal da OAB.Foi presidente por dois mandatos da OAB-TO - Gurupi. Sócio desde 1983 do Lions Clube Internacional. Diretor de Opinião da Associação Comercial de Florianópolis. Sócio de Pugliese e Gomes Advocacia. CIDADÃO HONORÁRIO DA ESTANCIA DE CANANÉIA, SP.
www.pugliesegomes.com.br
Residente em Florianópolis.
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