Memória nº 123.
Lançamento de livros.
Lourenço
nunca disfarçou sobre sua pretensão de se tornar escritor, a ponto de pretender
em sua adolescência seguir a carreira jornalística. Chegou a procurar emprego
de foca na Folha de São Paulo, mas não logrou êxito. Isso porque já tinha
àquela época elevado interesse em escrever.
Iniciou
sua vida profissional exercendo cargo de escrevente
de notas e como tal, na Comarca de São Paulo elaborou pesquisa profunda e
atualizou um quadro das circunscrições imobiliárias da Comarca da Capital desde
o início do século XIX, apontando na região os cartórios competentes e seus
desmembramentos.
Trabalho
exaustivo e completo foi publicado de modo independente em 1972.
Também
foram inúmeros os trabalhos levados à jornal e outras plataformas midiáticas.
Ao tempo que o jornal O Estado de São
Paulo tinha um espaço denominado Tribunais,
chegou a publicar uns sete ou oito artigos ocupando página inteira do mais
austero e tradicional jornal paulista. Essa página era aberta a autores
selecionados e suas publicações se davam às quartas feiras e aos domingos e
eram bem concorridos. A esse tempo Lourenço tinha seus trinta anos de vida e
iniciara sua advocacia há pouco mais de 5 anos se tanto.
Recorda-se
que certa vez escreveu um texto sobre a produção
antecipada de prova ou algo semelhante e foi publicado numa quarta feira. O
artigo foi lido por um fazendeiro paulista, que tinha uma demanda com o vizinho
na cidade de Cáceres, alguns quilômetros ao norte de Cuiabá.
Como
articulista àquela época colaborou com inúmeros jornais, recordando-se de a
Hora de Lucélia, a Hora de Adamantina, ambos da mesma empresa; também foi
colaborador do Correio do Vale, de Registro e da Tribuna do Ribeira também da
mesma cidade. Em Iguape foi articulista em O Iguape e no Jornal de Iguape por
longo tempo e também Folha de Cananéia.
O
primeiro livro que editou foi “ Curso de
Direito Judiciário” pela Editora Forense do Rio de Janeiro. Um texto
inédito abordando a organização judiciária das diversas Justiças do país. Foi
prefaciado pelo então desembargador Cezar Peluzzo, que anos mais tarde
viria a ser nomeado Ministro do Supremo Tribunal de Justiça, atualmente
aposentado.
Na
mesma época editou Direito Notarial
Brasileiro.Dessa vez o livro que foi elaborado em 30 dias foi publicado
pela Leud, de São Paulo. A seguir, também pela Leud publicou Summa da Posse, direito, ação e legislação
em dois volumes.
Anos
depois publicou também pela Leud, Direito
das Coisas. Mais experiente decidiu fazer o lançamento patrocinando
coquetel em livraria. Foi grande sucesso a noite de autógrafos numa das
livrarias de Joinville, cidade onde lecionava, com o evento organizado pela
própria Faculdade que bancou as despesas.
Nesse
evento trouxe para o coquetel amigos da faculdade, de infância, de
adolescência, clientes de velhos tempos de quando morava em Itanhaém e São
Paulo, amigos de Cananéia, de Itanhaém, Santos e Peruíbe. Chamou e estiveram
presentes velhos professores dos tempos de Arquidiocesano e São Bento... amigos
do cartório, amigos de seu pai e familiares. Foi um sucesso inesquecível. Uma
oportunidade para reunir pessoas que de seu convívio estavam perdidas pelos
contornos da vida. Lourenço se sentiu e realmente foi muito prestigiado pelos
que ali estiveram.
Já
residindo em Florianópolis, em 2009 lançou em Joinville Terrenos de Marinha e seus acrescidos, escrito em parceria da jovem
advogada Lia Mello. Essa obra teve outros lançamentos em diversas ocasiões. Nas
palestras realizadas em lugares que tem sido chamado para abordar o assunto, entre
outros, Angra dos Reis, Ilha Grande, Paraty, Florianópolis, Itapema e tantos
outros municípios da costa brasileira têm lançado o livro.
Em
São Luis do Maranhão ministrando o tema para os corretores de imóveis, teve
oportunidade de prestar uma singela homenagem a um dos maiores jogadores de
futebol da história, dedicando o evento a Canhoteiro,
ponta esquerda do São Paulo Futebol Clube e da seleção brasileira, nascido naquela
ilha.
Recentemente
lançou uma obra coletiva elaborada pela Comissão de Direito Notarial e
Registros Públicos da OAB-Sc. Oportunamente relata esse evento.
Roberto J. Pugliese
autor
de Direito das Coisas, 2005, Leud.
Titular
da Cadeira nº 35 da Academia São José de Letras.
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