24 julho 2011

A Jogada da Vez - Ana Paula Fanton. ( transcrito de A noticia )

A jogada da vez
As vantagens que estimulam as empresas a apostarem em atletas ou times de Joinville na hora de divulgar um produto ou uma marca e os cuidados necessários para garantir bons resultados
Cada vez que alguém liga o televisor para assistir à transmissão de uma modalidade esportiva, está fazendo a caixa registradora das empresas que trabalham com marketing esportivo armazenar mais algumas moedas. A divulgação da marca acontece de forma menos agressiva do que em um comercial de TV, mas não menos eficiente.

Para Roberto Pugliese e Douglas Strelow, da Agôn Assessoria Esportiva, um projeto de marketing esportivo bem estruturado pode trazer vantagens como a mídia espontânea gerada cada vez que a marca aparece nos meios de comunicação por meio dos uniformes ou placas de patrocínio, além de aliar o nome da empresa a algo que traz benefícios à saúde.

Por outro lado, é bom ficar atento ao profissionalismo do clube ou de onde o dinheiro será investido para não ter prejuízo. Se o patrocínio for para um atleta, o prejuízo pode vir se o profissional não tiver uma conduta adequada, envolvendo-se com problemas de doping, por exemplo.

Como o patrocínio esportivo gera retorno, há regras para que os valores investidos possam ser deduzidos do Imposto de Renda. Só as empresas que têm lucro real – cerca de 7% das que existem no País, de acordo com o Ministério do Esporte – se enquadram nesta forma de benefício. Elas podem destinar até 4% do imposto devido para projetos esportivos e a dedução não pode ultrapassar 1%. Para participar, a empresa pode escolher entre um dos projetos aprovados pelo Ministério dos Esportes. Outra opção é o Fundesporte, do governo estadual.

Em Joinville, futebol e futsal são os favoritos de boa parte do público e também das empresas que viram nas modalidades uma oportunidade de se promover. Os especialistas da Agôn explicam que a escolha das empresas por patrocinar esportes de massa é mais comum do que optar pelas modalidades individuais porque nestas há sempre a busca por expoentes e o espaço na mídia dedicado para elas é menor.

Para eles, o esporte é uma atividade que dá mídia natural para quem patrocina, e o mar- keting esportivo é um dos investimentos com melhor custo-benefício. “Em Joinville, há várias modalidades, o setor pode ser mais bem aproveitado. Existe um potencial muito grande no amador que é pouco explorado”, defendem.

Outra questão é que as empresas precisam mudar a visão que têm do esporte para investir ainda mais na atividade. “Hoje, muitos empresários não conseguem enxergar o retorno que o patrocínio de equipes ou atletas pode dar. Não é uma questão de doação de dinheiro e sim de investimento”, opinam.

ana.fanton@an.com.br

ANA PAULA FANTON

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