01 agosto 2014

O legado da Copa. ( I )


O  legado. ( I )

 

O oba-oba da Copa acabou.

 

Restou a dura realidade do país do futebol. Anos  e anos produzindo grandes futebolistas, considerados os melhores do mundo, porém, o esporte cada vez mais depreciado.

 

A desorganização administrativa dos esportes amadores ou profissionais, infelizmente é a realidade que abrange todo o Brasil. Notadamente o futebol, paixão nacional. Tradição histórica comprovada. Falhas gerenciais e desvios de condutas que envolvem escândalos financeiros de grande monta. São cartolas, políticos e gente ligada ao futebol revelando-se mais interessados em proveitos pessoais do que a prática do melhor esporte. Esquecem-se da missão de erguer o nome do país pelo esporte, especialmente pelo futebol cuja prática tem sua iniciação nos primeiros anos de vida de cada brasileirinho de qualquer lugar.

 

A prática desportiva está em declínio saliente. O futebol como instituição é reflexo de lambanças financeiras, fiscais, econômicas e administrativas. É um amontoado de interesses particulares em jogo desleal, contrário a melhor prática, envolvendo as mais diversas ações criminosas, imorais e aéticas.

 

Os sete gols sofridos em poucos minutos na partida decisiva da Copa do Mundo é um dos legados que refletem a decadência, não só do futebol brasileiro, mas principalmente das instituições do país. Esse é o resultado que vem de tempos distantes. Fruto de anos de má administração e péssimos administradores.

 

São anos de futebol como instrumento de ludibriação para inibriar o povo de boa fé. Não será a mudança da comissão técnica, a troca do roupeiro ou a marca da chuteira que irá mudar o status quo. A decadência evidenciada ao longo dos últimos anos requer mudanças radicais.

 

E a primeira delas é a fundamental, mas fica abafada pela mídia, pois o poder para que permaneça como está é maior: Tirar do comando da CBF e dos demais esportes praticados oficialmente no país, a perniciosa interferência das Organizações Globo.

 

Futebol administrado pela TV, com estádios vazios, sem público às 22 horas para adaptar-se à programação da emissora, e os desdobramentos dessa situação estão  confirmando a perniciosa interferência.

Uma rede de televisão à serviço de um clube de futebol ( Flamengo ) e da sobrevivência do esporte no depauperado Estado do Rio de Janeiro não serve ao esporte nacional. É bairrista e só serve à panela de seus subservientes.

 

Assim, enquanto não se cortar o mal pela raiz, o OBA OBA vai permanecer e as consequências negativas também.

 

É preciso imediatamente excluir do futebol a famiglia Marinho. Essa é a realidade.

 

Infelizmente.

 

Roberto J. Pugliese
pugliese@pugliesegomes.com.br
Sócio titular do Instituto dos Advogados de Santa Catarina.

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