O
legado. ( I )
O oba-oba da Copa acabou.
Restou a dura realidade do país do futebol. Anos e anos produzindo grandes futebolistas,
considerados os melhores do mundo, porém, o esporte cada vez mais depreciado.
A desorganização
administrativa dos esportes amadores ou profissionais, infelizmente é a
realidade que abrange todo o Brasil. Notadamente o futebol, paixão nacional. Tradição histórica
comprovada. Falhas gerenciais e desvios de condutas que envolvem escândalos
financeiros de grande monta. São cartolas, políticos e gente ligada ao futebol
revelando-se mais interessados em proveitos pessoais do que a prática do melhor
esporte. Esquecem-se da missão de erguer o nome do país pelo esporte,
especialmente pelo futebol cuja prática tem sua iniciação nos primeiros anos de
vida de cada brasileirinho de qualquer lugar.
A prática desportiva está em
declínio saliente. O futebol como instituição é reflexo de lambanças
financeiras, fiscais, econômicas e administrativas. É um amontoado de
interesses particulares em jogo desleal, contrário a melhor prática, envolvendo
as mais diversas ações criminosas, imorais e aéticas.
Os sete gols sofridos em
poucos minutos na partida decisiva da Copa do Mundo é um dos legados que refletem
a decadência, não só do futebol brasileiro, mas principalmente das instituições
do país. Esse é o resultado que vem de tempos distantes. Fruto de anos de má
administração e péssimos administradores.
São anos de futebol como
instrumento de ludibriação para inibriar o povo de boa fé. Não será a mudança
da comissão técnica, a troca do roupeiro ou a marca da chuteira que irá mudar o
status quo. A decadência evidenciada
ao longo dos últimos anos requer mudanças radicais.
E a primeira delas é a
fundamental, mas fica abafada pela mídia, pois o poder para que permaneça como
está é maior: Tirar do comando da CBF e dos demais esportes praticados
oficialmente no país, a perniciosa interferência das Organizações Globo.
Futebol administrado pela TV,
com estádios vazios, sem público às 22 horas para adaptar-se à programação da
emissora, e os desdobramentos dessa situação estão confirmando a perniciosa interferência.
Uma rede de televisão à
serviço de um clube de futebol ( Flamengo ) e da sobrevivência do esporte no
depauperado Estado do Rio de Janeiro não serve ao esporte nacional. É bairrista
e só serve à panela de seus subservientes.
Assim, enquanto não se cortar
o mal pela raiz, o OBA OBA vai
permanecer e as consequências negativas também.
É preciso imediatamente
excluir do futebol a famiglia Marinho. Essa é a realidade.
Infelizmente.
Roberto J. Pugliese
pugliese@pugliesegomes.com.br
Sócio titular do Instituto dos Advogados de Santa Catarina.
pugliese@pugliesegomes.com.br
Sócio titular do Instituto dos Advogados de Santa Catarina.
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