31 dezembro 2012

Itanhaem Iate Club


Fundado em 25 de janeiro de 1959 o Itanhaém Iate Club foi uma entidade recreativa, social, nautica e desportiva de grande projeção no litoral paulista e muito conhecido por longa data nas rodas sociais paulistana e do interior do Estado de São Paulo.

Seu corpo social abrigou industriais, profissionais liberais, servidores públicos, politicos, membros do Ministério Público Federal e do Estado, Magistrados e gama de expoentes da sociedade paulistana e do interior paulista, bem como ilustres personagens da sociedade local e de cidades litoraneas.

Nos seus eventos festivos, bailes e demais festividades, foram inúmeras as presenças de grandes personalidades da música brasileira que foram prestigiar os eventos promovidos pelo Clube durante décadas. Recordo-me da presença de Wilson Simonal, Jair Rodrigues, André Penazi, Betinho do Vibrafone, Chico Buarque e inúmeros outros artistas de nome nacional, com destaque para Roberto Carlos que se apresentou em  tres oportunidades.

Nos festejos carnavalescos e pré carnavalescos o salão lotava a ponto de se inibir a entrada por questões de segurança.

O Clube era muito cobiçado e chegou a ter quase dois mil associados proprietários de títulos e seus familiares. O trapiche para embarque nas lanchas e barcos não dava conta de tanto movimento nos feriados e meses de verão.

A sociedade começou com a aquisição do Bar do Zeca, que tinha nos fundos um restaurante à beira do rio, com espaço para dançar e apresentação de conjunto musical, de estrutura popular e modesta.Junto com o bar, foi comprado a casa de Thales Corinto Leite, que além da construção residencial abrangia um quintal enorme, um baracão, uma pequena garagem de barco bem modesta e respectiva rampa. Um jardim com bastante vegetação.

Situado no bairro conhecido por Prainha o Clube foi inicialmente instalado na rua Porto Novo, atual Sebastião das Dores e limitou-se às cercanias do aludido bar. Da rampa do Porto Novo, a alameda que margeia o rio Itanhaém segue em direção à Ponte da Estrada de Ferro Sorocabana, que veio a ser demolida e substituida por moderna obra de arte.

Junto ao morro, na divisa com o caminho público, hoje designado oficialmente Caminho Turistico Francisco Pugliese Júnior, que liga a via pública à Praia da Saudades, uma cancha de bocha também incluia o acervo.

Dessa sede modesta o Clube foi ampliando seu território, adquirindo outros imóveis lindeiros e promovendo construções e reformas.

Um aterro deu lugar às picinas. O salão do Bar do Zeca foi demolido. Construi-se um amplo salão de festas suspenso, servindo o terreo de garagem de barcos... instalou-se bomba de gasolina e estrutura para o departamento náutico.

Construi-se quadras. Reformou-se a quadra de bocha, tirando do lugar onde estava e instalando sob o salão de festas. Construi-se uma quadra de boliche não muito usuado e posteriormente transformado em Salão de Jogos e camarins para os artistas que se apresentassem nas festividades.

Junto da praia transformou-se a casa que lá existia em restaurante e construi-se outras picinas.

Enfim, o Club cresceu. Cresceu bastante.

Documentou-se junto à União toda a orla. Negociou a saída de posseiros ( Pernambuco e Henrique Libereck entre outros ).

A casa que pertencia a Pedro de Castro, espremida entre o Caminho aludido acima e a entrada principal do Clube foi comprada: O Clube ergeu na Praia dos Sonhos tres casas para a familia Castro em troca daquela que adquirira e transformada em quadra de futebol de salão, volei e basquete, após sua demolição.

O Clube durante a temporada cercava area na Praia dos Pescadores onde plantava barracas para os sócios e promovia campeonatos diversos para os associados.

Enfim todo o bairro e a cidade era movimentada com a dinamica do Itanhaem Iate Clube. Era um Itanhaém à parte.

O Clube foi se esvaziando com a decadencia do turismo na cidade. Nos últimos 15 anos Itanhaém sofreu um declínio na frequencia de seus veranistas e turistas, popularizando-se ao extremo e com isso, os frequentadores da cidade e do Clube foram sendo substituidos. A partir de meados dos anos LXXX a frequencia elitizada da cidade foi sendo substituida e com isso, o Clube foi deixando de ser o que até então era, mudando radicalmente, de modo paulatino, sua frequencia.

No incio deste século, a substituição deixou lugar para o abandono. Os associados foram entregando seus títulos  e toda a estrutura, com garagem de barco, trapiche, restaurantes, boate, quadras de esportes dos mais variados, foi ficando às moscas e sem condição financeira adequada de manutenção.

Triste decadencia visível.

Atualmente o clube tem menos de cem associados, entre proprietários e contribuintes.

Decadende, devendo impostos à Prefeitura e taxas ao Patrimonio da União, celebrou acordo com a municipalidade, entregando parte da área social à municipalidade para quitar dívidas e acanhou-se às dimensões condizentes ao número de associados.

Sobrou a área nos fundos, próximo à Pedra da Carioca, na Praia da Saudades, onde se localiza a quadra de tenis, um restaurante e a boate.

Enfim, por longas décadas o Clube no seu auge doou diversas ambulancias à cidade, viatura policial, e outros recursos solicitados por entidades locais, inclusive a Prefeitura Municipal e agora, à míngua de seu destino decadente e isolado, a sociedade local virou as costas e esqueceu todas as atividades sociais e de benemerencias que praticou.

O povo da cidade e suas autoridades esqueceram que o CLube durante anos promoveu a cidade e foi um de seus cartões postais.

Uma entidade que deveria ao longo de sua história ter sido reconhecida publicamente por lei como de utiliadade pública municipal por todo benefício direto e indireto que promoveu para a cidade e redondezas, foi ignorada e definha numa situação delicada e difícil de se manter viva. Morre aos poucos.

O Expresso Vida com saudades do Itanhaem Iate Clube e da velha e saudosa Conceição de Itanhaém presta essa modesta homenagem reduzindo a termo e publicando seu breve curriculo.

O relato extraído das lembranças vivas da memória do subscritor talvez confunda datas e não é preciso na exatidão dos fatos, mas revela claramente um escorso histórico de uma vida jurídica de apogeu reconhecido e reconhecida decadencia.

Enfim, foram anos de alegria para uma geração que, o autor do texto certifica serem inesquecíveis a todos que lá vivenciaram esse período.

Roberto J. Pugliese
sócio fundador do Itanhaem Iate Clube ( dependente )
membro da Academia de Letras de Itanhaém

30 dezembro 2012

Sinfonia do Rio de Janeiro - Espetáculo

 
Roberto J. Pugliese
Membro da Academia Itanhaense de Letras

29 dezembro 2012

Imagens do Vale do Ribeira -


Expresso Vida homenageia o Vale do Ribeira, no litoral do Estado de São Paulo, postando o video com som do hino nacional brasileiro.

Roberto J. Pugliese
www.pugliesegomes.com.br
membro da Academia Eldoradense de Letras
membro da Academia Itanhaense de Letras

Homenagem a Conceição de Itanhaém -


O Expresso Vida expõe o video com o Hino oficial de Conceição de Itanhaém, homenageando a doce cidade do litoral sul paulista.

Roberto J. Pugliese
Membro da Academia Itanhaense de letras.

Rancho de Amor a Ilha

 
O Expresso Vida homenageia a bela ilha de Santa Catarina, sede da capital do Estado de mesmo nome, Florianópolis, exibindo o hino da cidade - Rancho de Amor a Ilha.

Roberto J.Pugliese
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Homenagem a Cidade Maravilhosa


Na praia de Copacabana, no dia dedicado ao patrono do Rio de Janeiro, São Sebastião, a paulista Rita Lee, participa do espetáculo e canta a Valsa de uma Cidade. - 20 de janeiro de 2007.

Roberto J. Pugliese
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Prédio da Faculdade de Direito


O prédio da Faculdade de Direito da Universidade Estadual do Piauí na cidade de Parnaíba, no litoral do Estado do Piauí,  com sua tradicional fachada, recebeu dotação orçamentária de R$100.000,00 para ser reformado durante o próximo ano. ( Foto do Jornal da Parnaíba )

23 dezembro 2012

Trem das Onze - Samba paulista


O Samba Paulista na interpretação de Os Demonios da Garoa. Musica tradicional da paulicea, também apreciada pelo Expresso Vida.

Roberto J. Pugliese
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Cabelos Negros - Eduardo Dusek

 

Cabelos Negros
 

Eu quero seus cabelos negros
Nas minhas mãos
Eu quero seus olhinhos ciganos
Nos meus sonhos

Eu quero você minha vida inteira
Como doce mania
Fosse qualquer maneira
Eu queria você assim como é

Sem mentir, nem dizer
O que não quiser
Eu quero você criança
Caída no chão

Eu quero você brilhando
Brincando de mim
Pois eu quis você
Como o sol e as estrelas

Noites de lua
Nostalgia
E vou ter você
Mesmo só pra pensar

Nessas coisas de amar
Na alegria
Eu começo a descobrir
Que em meu coração

Tá nascendo um jardim
Pensando em plantar
Você dentro de mim
Pois preciso lhe ver

Várias vezes florescendo
Nas luas crescentes
Sentir seu perfume
Prá encontrar você


O Expresso Vida traz para seu requintado público a poesia e música que dispensa comentários.
 
Roberto J. Pugliese

 

19 dezembro 2012

Cananéia: Prefeito não tomará posse.


Prefeito Adriano Cesar Dias cassado.



A candidatura do prefeito Adriano Cesar Dias, de Cananeia, que foi reeleito com mais de 50% dos votos da última eleição, teve cassado seu diploma e não poderá assumir.

Tudo leva a crer que será marcada nova eleição e o futuro presidente da Camara  Municipal exercerá o cargo durante o período de vacância a iniciar em 1. de Janeiro próximo.

A cassação se deu com fundamento na Lei da Ficha Limpa, que já dera condições para que em todas as instancias inferiores tivesse sua candidatura impugnada e que participasse do processo eleitoral com base numa ordem liminar, agora também cassada.

Roberto J. Pugliese
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Autor de Direito das Coisas, Leud, 2005.

( Fonte – Diário do Litoral, 19 de Dezembro de 2012 )

16 dezembro 2012

Parque Nacional do Superagui: Abandono total !

Parque Nacional de Superagui.

Abandonado. Esquecido. Largado... são qualificações que se aplicam e caem como luva no Parque Nacional situado no litoral do Paraná, em Guaraqueçaba, na divisa com o Estado de São Paulo.

Criado em 25 de Abril de 1989 e posteriormente ampliado, o Parque teve inicio por volta de 1970, quando a Ilha do Superagui foi inscrita como Patrimonio Natural e Histórico pela Divisão do Patrimonio Histórico, Artistico e Cultural do Paraná. O tombamento propiciou inúmeras limitações, com proibições a inúmeras atividades potencialmente danosas ao meio ambiente.

Atualmente o parque abrange a ilha de Superagui, a Ilha das Peças, ilha do Pinheiro, Ilha do Pinheirinho e área continental, na região denominada Vale do rio dos Patos. Em 1991 a região foi abrangida pela Reserva da Biosfera Vale do Ribeira-Serra da Graciosa e em 1998 foi intitulada pela UNESCO como Sítio do Patrimônio Natural da Humanidade.

A Ilha do Superagui é artificial, pois trata-se de península natural que foi cortada por um canal que une Guaraqueçaba ao Ariri, construído por volta de meados de 1950.

O Parque encerra quase 34 mil hectares quadrados e tem o perímetro de 339 km.O Parque não é aberto à visitação pública, mas o entorno é visitado, bem como as praias, mesmo estando estas dentro da unidade, por ser uma visitação moderada, não podendo acampar nas mesmas. O seu maior atrativo é a Praia Deserta, que possui 38 Km de praias virgens que podem ser apreciadas em caminhadas a pé (4 a 7 horas) ou de bicicleta. É possível também, ver na ilha do Pinheiro, a revoada dos papagaios-da-cara-roxa que ocorre ao entardecer e ao amanhecer. A paisagem, constituída pelas áreas de manguezais contínuas e Floresta Atlântica, intercaladas pelas águas do estuário e do Oceano Atlântico, apresenta grande beleza cênica.

Relativamente plano, tem áreas montanhosas ao norte e no continente a Serra do Mar predomina.

Mal gerenciado, praticamente não dispondo de guardas e fiscalização o parque sofre constante retiradas de madeiras, corte de palmitos, desmatamento caça de animais silvestres, construção irregulares de casas de turistas e caiçaras. Vale registrar que são apenas dois os funcionários do IBAMA.

Assim, a unidade de conservação, à semelhança de tantas e tantas outras só existe no papel.

Roberto J. Pugliese
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Autor de Direito das Coisas, Leud.
Membro da Academia Itanhaense de Letras.

APA Cairuçu tem construções irregulares !

Construções irregulares avançam nas ilhas de Paraty

Os órgãos ambientais responsáveis apontam que das 63 ilhas da baia de Paraty incluídas a APA Cairuçu, 25 estão com construções irregulares.
De acordo com o documento, as ilhas estão ocupadas com casas, áreas de lazer e deques, entre outras edificações, que provocam desmatamento e impactos sobre a paisagem e a fauna.

O Ministério Público Federal que está acompanhando o processo de implantação da APA já foi noticiado do fato irregular constatado. Isso significa que provavelmente ações em defesa do meio ambiente serão promovidas, com destaque para as ações demolitórias tão freqüentes em Florianópolis, SC e em Cananéia, SP como o Expresso Vida tem noticiado.
Ao invés de adequar-se as construções as necessidades ambientais e evitar prejuízos de monta, a opção será a demolição, em prejuízo, não só do titular do direito de ocupação, mas de toda a sociedade, que acaba perdendo o fluxo de visitantes e exploração econômica.

A opção que as autoridades ambientais tem feito está levando a um trágico esvaziamento de investimentos populares e concentração de investimentos de alguns privilegiados, principalmente estrangeiros, como está ocorrendo nas proximidades de Paraty, na baia de Ilha Grande, também na Costa Verde, no litoral do Rio de Janeiro, com a liberação geral de algumas áreas atualmente preservadas e que estavam sob o rótulo proibitivo.
Paradoxal o que se vê nesse país, de norte a sul, em questões ambientais. A par de liberar construções em áreas que estão preservadas e intocadas, impõe-se demolições de construções já tradicionais sob a invocação da legislação ambiental.

Roberto J. Pugliese
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Autor de Direito das Coisas, Leud.
Membro da Academia Itanhaense de Letras.

( Fonte:Fonte Movimento Amamos Paraty – Taís Mendes, O Globo )

Dia do Caiçara -( projeto na pauta )


Dia do Caiçara.

Em reunião que se deu em Setembro último, com Luciano Cascione, diretor executivo da AGEM - Agência Metropolitana da Baixada Santista e Marcelo Del Bosco, vice-presidente da Câmara Municipal de Santos, Márcio Barreto consolida as bases para o projeto de lei que visa a implantação do "Dia do Caiçara" nos municípios da região.

Segundo Del Bosco "o projeto chancela a importância da formação identitária caiçara para a Baixada Santista e para o Brasil". Cascione acrescenta que "após aprovado pelos municípios, o projeto será desdobrado para o âmbito estadual".

Márcio Barreto destaca que "o poder público tem se mostrado aberto as justas reinvindicações que nascem do anseio por um identidade soberana, que una a cultura, a educação e o turismo, alavancando a região rumo à uma cidadania plena".

Discutiu-se também a expectativa referente ao crescimento que a região passará com o Pré-Sal, ressaltando-se a necessidade de uma justa divisão de riquezas através do fortalecimento da cultura.

Importante ressaltar que caiçara, trata-se de população tradicional de região delimitada entre o sul do litoral fluminense e o norte do litoral paranaense. Os demais moradores e naturais da orla brasileira não são considerados caiçaras.

Roberto J. Pugliese
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Autor de Terrenos de Marinha e seus Acrescidos, Letras Jurídicas.
Membro da Academia Itanhaense de Letras.

Caiçaras e turistas sofrem ações demolitórias !

Moradores da Ilha do Cardoso excluídos da cidadania.

O PEIC, Parque Estadual da Ilha do Cardoso tem no seu território algumas comunidades tradicionais que ali residem e se encontram alienadas do exercício da cidadania, por não disporem de energia elétrica.

Sem eletrodomésticos ou eletrônicos, não dispõe de recursos da tecnologia dos dias atuais, pois em boa parte da ilha, não há energia elétrica.

São inúmeros os paradoxos que se testemunham na ilha do Cardoso, parte integrante do Estado de São Paulo, situada no seu litoral sul, no município de Cananéia.

Criado em julho de 1962, o parque alterou radicalmente o destino da ilha depois que foi constatado que o lugar era o reduto de espécies da fauna e flora da Mata Atlântica e que precisava ser preservada. A UNESCO também determinou que os remanescentes da Ilha do Cardoso fossem considerados 'Reserva da Biosfera', pois no lugar há espécies que não são encontradas em nenhum outro lugar, como por exemplo, o morcego Lasiurus ebenus.

Marujá, Pereirinha, Itacurussá, Pontal, Enseada da Baleia, Cambriú e Ipanema são algumas de suas praias. Em cada uma delas há cachoeiras, trilhas, sítios arqueológicos, piscinas naturais entre outros atrativos naturais.

Antes mesmo do lugar ficar sob a responsabilidade da Secretaria de Meio Ambiente do Estado de São Paulo, por ser uma unidade de conservação, várias famílias já habitavam o local. Também, bem antes da implantação do parque, turistas já haviam erguidos casas para veraneios, com diversas construções principalmente na Enseada da Baleia e no Marujá.

Nas imediações da praia do Pereirinha, junto ao Rio Pereque, na sede local do PEIC, uma tribo Guarany está instalada há mais de uma década, sendo tutelada pela FUNAI, como se fossem habitantes tradicionais e dispusessem das garantias expressas na Constituição Federal.

Paradoxal também as inúmeras ações ultimadas pelo Ministério Público do Estado que pedem e já conseguiram alguns deferimentos, que as construções erguidas por moradores tradicionais, caiçaras ilhéus ou turistas, sejam demolidas.

O Expresso Vida tem apresentado diversos comentários, reportagens e artigos referentes as mazelas e descalabros que se constatam na Ilha do Cardoso. (sic http://vidaexpressovida.blogspot.com.br/2012/06/ilha-do-cardoso-tragedia-social.html, http://vidaexpressovida.blogspot.com.br/2012/11/monografia-sustentabilidade-do-parque.html e outros )

Enfim, importe relatar que a economia local se divide em duas partes: Uma, através das quais,os atuais moradores ainda sobrevivem explorando o mar, com atividades pesqueiras e outra parte, do turismo.

Visitem o PEIC e Cananéia. Constatem o absurdo. De um lado, indígenas oriundos de outros pontos do país e do Paraguai protegidos, habitando a Unidade de Conservação e de outro, dezenas de ações judiciais demolitórias.

Roberto J. Pugliese
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Autor de Terrenos de Marinha e Seus Acrescidos, Letras Jurídicas.
Membro da Academia Itanhaense de Letras.

15 dezembro 2012

SPFC: CAMPEÃO INVICTO 2012 !


Grandeza do clube mais querido da cidade: SPFC !

Falar do clube mais querido da cidade não é dificil, mas cansativo, pois sua história é grandiosa, mesmo com apenas 77 anos de vida. Vejamos quantas e quantas glórias carregam suas quase 8 décadas de vida:
O São Paulo Futebol Clube tem o maior estádio particular do país, que durante muitas décadas foi o maior do mundo. Tem centro de treinamento em Cotia, na região metropolitana, e na beira da Represa, que usa para amadores e mantém moderno centro para os profissionais no bairro da Barra Funda, também na capital. Também possui o Reffis, centro de recuperação de lesões específicas, com a melhor estrutura do país.

Quanto ao plantel, tem o melhor goleiro goleador do mundo, Rogério Ceni, que dispensa apresentações. Atualmente já completou 23 anos no clube.
Agora, tendo conquistado a Copa Sul Americana de forma invicta, após 4 anos sem títulos, o clube voltará a disputar a Copa Libertadores da América e poderá até representar a América do Sul no torneio da FIFA no final do ano. Independente, no entanto, já irá disputar no Japão um torneio contra o Kashima Antlers e a Recopa Sul Americana contra o Small Club.

Em 2013 também irá disputar novamente a Copa Sul Americana.
Com a vitória contra o Tigres, que fugiu de campo, totaliza 41ª. conquistas oficiais, o que lhe dá um titulo a cada dois anos.

Comparado com os rivais é o que tem maior galeria de vitórias: O mais novo entre os quatro grandes de São Paulo tem igual numero de títulos que o Palmeiras, fundado em 1914; o Santos de 1912, tem 44 e o Corinthians  tem 43 em seus 112 anos de vida. Proporcionalmente o São Paulo é o maior campeão.
Com tantos títulos, entre os títulos internacionais oficiais, destacam-se as 3 copas Libertadores e os 3 campeonatos mundiais de clubes. E assim, está bem melhor que seus rivais, pois enquanto tem 12 títulos, o Santos tem 8, o Cruzeiro, 7 e o Internacional 6. Os clubes do Rio de Janeiro, na verdade só tem é papo. Muito papo e dívidas...

Já se ajuntar os títulos de torneios não oficiais então, serão 60 conquistas, como colocado no blog postado ainda Dezembro. ( http://vidaexpressovida.blogspot.com.br/2012/12/sao-paulo-futebol-clubetrajetoria-de.html )
Enfim, o torcedor desse grande clube tem que ser ufanista. Bater no peito e gritar: Viva o São Paulo, campeão invicto da Copa Sul Americana de 2012.

Roberto J. Pugliese
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MEMBRO DA ACADEMIA ITANHAENSE DE LETRAS.

VITÓRIA TRICOLOR VISTA POR TODAS AS DIMENSÕES.


“A Festa no céu e na terra “

O Chefe Supremo dera autorização. A data era especial. Foram liberados. Cícero, o velho tabelião deixara a portaria, onde trabalha como ajudante promovendo assentos e registros, para poder se fazer presente. Justificou que o grande estádio fora idéia sua.

Pedro, o seu chefe imediato, também iria. Estavam autorizados a fechar a portaria. Fora convidado por Paulo, o verdadeiro dono do espetáculo, que chamou Bento, que vive em Sorocaba e Caetano do ABC e José do Vale do Paraíba.  Todos iriam dar uma força.

- Afinal, são 4 anos... Quanto mais santos presentes melhor, exclamou o próprio Paulo, bastante excitado com a decisão.

Jorge, no seu cavalo branco e a mania de matar dragão, também convidado, se desculpou. Não poderia ir. Estava atarefado com as pendengas a enfrentar no Japão. Depois teria que voltar à  face oculta da lua.

- Coisas do Chefe Supremo que me designou guardião daquele deserto cheio de crateras. Fazer o que?

Os Ilustres convivas  iam se acomodando. Vinham de longe, mas valia o sacrifício, pois a  festa prometia. Jurandir, Feola e  Toninho Guerreiro foram uns dos organizadores.

Da estrela que ilumina o Maranhão, Canhoteiro seu antigo morador, foi o primeiro a chegar. De Poços de Caldas veio  Mauro, o elegante capitão. Chicão veio de Piracicaba. Trouxe pamonha para uns e outros que gostam e sempre pedem...

- Em Piracicaba a cana é uma delicia...mas não podemos. Aqui é proibido.

O salão era só alegria e boas recordações. Histórias interessantes eram contadas. Tele Santana, empolgado, revelava confiança no preparador técnico. Comentou sobre o tempo que esteve por lá.Lembrou até do Expressinho. Gino apostava cinco a zero. Comedido, Adhemar Ferreira da Silva, assinalava que estaria satisfeito com o resultado mínimo, suficiente para o título.

A roda dos cartolas, regada com o malte escocês e acepipes dos Caucasos,  mostrava-se bem confiante: Estavão Sangirahdi  de fraque relembrava a época do inovador Show de Rádio, e imitava o sui generis Didu, sempre feliz.  Machado de Carvalho, o grande marechal de 58, animado, comentava a chegada prematura do inigualável Roberto Dias.

Manoel Raimundo Paes de Almeida num canto conversava com o General Porifírio da Paz, que cantarolava o hino que escrevera junto com  Ratinho e Roberto Gomes Pedrosa, incentivando a todos cantarem...

Kid Jofre na porta do camarote principal junto com Abella, Sastre, Poy, discutem com King, animadamente o desempenho do capitão da equipe.  Zizinho, Rui, Noronha e Bauer, ao lado, assinalam preocupação com a ausência do Fabuloso...

De repente, surge o Diamante Negro: Leônidas da Silva adentra animando todos, revelando confiança no balanço e na ginga que o centro avante escalado para o jogo imporá aos seus marcadores...

E pouco a pouco os chegantes vão ocupando todos os lugares. 

Inicia a partida: Fixos no telão, atentos ao jogo uns nervosos permanecem de pé: Friaça, Piragibe Nogueira... curvam seus corpos a medida que a bola é lançada, acompanhando a trajetória como se fossem a própria. Outros indisfarçavelmente apreensivos, mesmo acomodados nas poltronas estrategicamente dispostas, permanecem calados.

Monsenhor Bastos aproveitando a ausência do Chefe fala mal do bandeirinha, num lance duvidoso que interrompeu a jogada do ataque. Teixeirinha e Pardal lamentam o equivoco.

- Esse ladrão não entra aqui !(... )Exclama Pé de Valsa irritado, olhando para  os responsáveis da portaria.

O jogo prossegue e num lance memorável surge o primeiro gol do tricolor do Morumbi. O clube da fé não decepciona seus milhões de torcedores. Depois vem o segundo e a torcida aguarda o terceiro.

Bafafa generalizado... violência e o anti futebol.  Fim de jogo.São Paulo campeão da Copa Sul americana...  e todos festejam, inclusive, o Chefe Supremo, que é brasileiro e, mesmo disfarçando-se na Sua camisola branca e barbas prateadas que encobrem suas emoções, revela-se  torcedor do clube mais querido da cidade.

Do fundo do salão, em coro todos escutam: - Viva o São Paulo Futebol Clube!  Um amontoado de torcedores segurando bandeiras e vestidos à caráter começam a cantar. São apaixonados recém chegados: Benedicto Pedroso, Arlindo Fuim, Pugliese Jr, Pedro de Castro, todos do 22º cartório de São Paulo; Edgar Jacy Teixeira, Mauricio Xavier e Ernesto Matheus, que vieram de Cananéia; Décio Monteiro Garcia, Gilberto Rocha Azevedo e Palú, que se conheceram na saudosa Conceição de Itanhaém e outros irreconhecíveis, quase anônimos que também estavam de saída...

- fuzarca total, exclamaram Silvio e Carlos Francisco,  primos que se encontraram por lá, encerrando a noite de festa no céu.

Roberto J. Pugliese
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MEMBRO DA ACADEMIA ITANHAENSE DE LETRAS -

Federalizar o Marajó - Redividir o Pará é necessário.

Território Federal de Marajó.

A conhecida ilha do Marajó, na foz do rio Amazonas, trata-se de um imenso território abandonado e esquecido pelas autoridades federais e estaduais competentes. Os atuais dezesseis municípios, lamentavelmente, através de seus vereadores e prefeitos, se viram como podem, para que o povo tenha um mínimo de dignidade.

O Marajó e as demais ilhas e ilhotas que constituem o arquipélago tem a área somada de aproximadamente 105 mil quilômetros quadrados. Um território superior ao Estado de Alagoas, de Sergipe e Santa Catarina apenas para fazer com que o leitor se situe com a comparação. São quase 450 mil habitantes espalhados por municípios pobres, isolados e sem assistência mínima do Estado.

O Reverendíssimo Bispo Diocesano do Marajó, Dom José Luiz Azcona já defendeu publicamente a federalização do arquipélago, como sendo a saída para minorar o sofrimento da população.

“O povo do Marajó já se cansou da indiferença, do desprezo e do abandono a que tem sido relegado há séculos. Se não houver uma mudança drástica, o movimento pela federalização do arquipélago se tornará incontrolável”, afirmou em certa ocasião o presidente da Amam, a Associação dos Municípios do Arquipélago do Marajó, Pedro Barbosa (PMDB), que também é prefeito de Portel. O mesmo prefeito acrescentou que sabe que a maioria esmagadora da população é favorável ao desmembramento do arquipélago.

A maioria da população apóia a idéia de criação do Territorio Federal e quer se separar do Pará. Entre outras razões, a miséria é muito grande a ponto de seis dos mais miseráveis municípios brasileiros estarem situados na ilha.

Refrescando a memória, vale lembrar que em 2002 o deputado federal Benedito Dias, do Amapá, propôs a realização de plebiscito para decidir sobre a federalização do arquipélago. A realidade no entanto é que a proposta está paralisada e ainda não saiu das gavetas com destino às Comissões Tecnicas. A situação de penúria da miserável população no entanto, aguarda anciosa a decisão, pois sabe que só a federalização poderá minorar o sofrimento.

No Marajó falta tudo. Não há mínima segurança ao patrimônio da sua população e de investidores, sendo gritante o avanço dos contínuos roubos de gado; não há investimento no ensino minimamente desejável. A saúde é precária. A Justiça, mesmo com sedes de Comarcas, não se revela eficaz...

Importante salientar que muitas regiões do arquipélago estão constantemente isoladas e o acesso só se completa por barcos, com preços exorbitantes e morosidade que inibe a exploração econômica desse território.

Muitos municípios, bairros e vilas não dispõe de comunicação terrestre os interligando, de forma que isolados, dependem sempre de embarcações oficiais oriundas de trajetos que se iniciam em Belem, numa rota absurda e inteligível...

Enfim, o Movimento Marajó Forte, em razão de tantas e tantas mazelas do povo marajoara está cada vez mais forte e não para de arquitetar, com apoio da população, de saídas para minorar o subdesenvolvimento de toda a região.

Roberto J. Pugliese
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Autor de Terrenos de Marinha e seus Acrescidos, Letras Jurídicas.

( Fonte – Movimento Marajó Forte )

 

 

 

 


 

COMPOSIÇÃO DO CONSELHO FEDERAL DA OAB


Depois das eleições que se realizaram na última quinzena de novembro último, os novos conselheiros federais foram eleitos e tomarão posse no próximo dia 1º de janeiro na sede em Brasília.

São eles:

AC

Florindo Silvestre Poersch

Erick Venâncio Lima do Nascimento

Luciano José Trindade

AL

Everaldo Bezerra Patriota

Fernando Carlos Araújo de Paiva

Felipe Sarmento Cordeiro

AM

Eid Badr

Jean Cleuter Simões Mendonça

José Alberto Ribeiro Simonetti Cabral

AP

Cícero Borges Bordalo Júnior

Jose Luis Wagner

Ulisses Träsel

BA

André Luis Guimarães Godinho

Fernando Santana Rocha

Ruy Hermann Araujo Medeiros

CE

José Cândido Lustosa Bittencourt de Albuquerque

Valmir Pontes Filho

Mário Carneiro Baratta Monteiro Filho

DF

Aldemário Araújo Castro

José Rossini Campos do Couto Corrêa

Marcelo Lavocat Galvão

ES

Djalma Frasson

Luiz Cláudio Silva Allemand

Setembrino Idwaldo Netto Pelissari

GO

Felicíssimo José de Sena

João Bezerra Cavalcante

Miguel Ângelo Sampaio Cançado

MA

Jose Guilherme Carvalho Zagallo

Raimundo Ferreira Marques

Valeria Lauande Carvalho Costa

MG

Paulo Roberto de Gouvea Medina

Walter Candido dos Santos

Rodrigo Otavio Soares Pacheco

MS

Carlos Alberto de Jesus Marques

Leonardo Avelino Duarte

Afeife Mohamad Hajj

MT

Claudio Stábile Ribeiro

Duilio Piato Junior

Francisco Eduardo Torres Esgaib

PA

Edilson Oliveira e Silva

Edilson Baptista de Oliveira Dantas

Jorge Luiz Borba Costa

PB

Carlos Frederico Nobrega Farias

José Mario Porto Junior

Walter de Agra Junior

PE

Henrique Neves Mariano

Leonardo Accioly Da Silva

Pelópidas Soares Neto

PI

José Norberto Lopes Campelo

Marcus Vinicius Furtado Coêlho

Mário Roberto Pereira de Araújo

PR

José Lucio Glomb

Alberto de Paula Machado

Cesar Augusto Moreno

RJ

Carlos Roberto de Siqueira Castro

Cláudio Pereira de Souza Neto

Wadih Nemer Damous Filho

RN

Paulo Eduardo Pinheiro Teixeira

Lúcio Teixeira dos Santos

Humberto Henrique Costa Fernandes do Rêgo

RO

Elton José Assis

Elton Sadi Fülber

Antônio Osman de Sá

RR

Antonio Oneildo Ferreira

Alexandre Cesar Dantas Soccorro

Bernardino Dias de Souza Cruz Neto

RS

Claudio Pacheco Prates Lamachia

Cléa Anna Maria Carpi da Rocha

Renato da Costa Figueira

SC

Gisela Gondin Ramos

José Geraldo Ramos Virmond

Robinson Conti Kraemer

SE

Evanio José de Moura Santos

Henri Clay Santos Andrade

Mauricio Gentil Monteiro

SP

Guilherme Octavio Batochio

Luiz Flávio Borges D'Urso

Marcia Regina Approbato Machado Melaré

TO

Andre Luiz Barbosa Melo

Ercílio Bezerra de Castro Filho

Gedeon Batista Pitaluga Júnior

Esses Conselheiros elegerão a diretoria e o presidente nacional da ORDEM para a gestão que  se encerra em 31 de Dezembro de 2016.

Roberto J. Pugliese
www.pugliesegomes.com.br
autor de Terrenos de Marinha e seus acrescidos. Letras Jurídicas.

10 dezembro 2012

Diretoria eleita prorraga prazo de desconto de anuidade da OAB SC 2013.

 
 
A Diretoria da OAB SC eleita para a gestão que inicia dia 01 de janeiro participa a todos os inscritos que está prorrogado até 15 de janeiro de 2013 o pagamento da anuidade integral com desconto de 20% pelas razões expostas no cartaz.
 
Roberto J. Pugliese

09 dezembro 2012

Texas: nova secção -

Texas quer sua independência.

Um documento assinado por mais de 100 mil pessoas está sendo elaborado, para que apresentado ao presidente da República autorize a independência do Estado do Texas dos Estados Unidos.

Como o Havai, o Texas já foi independente, e hoje é um Estado que integra a Federação norte americana.

Até agora 20 Estados já apoiaram a petição de Independência do Texas cujos cidadãos estão descontentes com a reeleição de Barack Obama. Estados cujo povo é conservador ao extremo.

O desejo de secessão do Texas já não é novo. Em 2009 o então governador do Estado, Rick Perry, incentivou à independência.

Dificilmente será concretizado o sonho separatista, no entanto, não bastará o deferimento do presidente, mas aprovação do Congresso do país autorizando a secção.

Roberto J. Pugliese
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autor de Direito das Coisas, 2005 – Leud.

( fonte: Radio Moçambique )

Ministra ofende advogados


MINISTRA FALA DEMAIS – OAB vai representar.

 

A OAB vai  representar  à Comissão de Ética Pública da Presidência contra a ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, por grave ofensa à advocacia durante entrevista concedida esta semana à TV Centro-América, em Mato Grosso.

Disse a Ministra que as inovações no ministério também servirão para acabar com a máfia de advogados, que existem apenas para tirar dinheiro das pessaoas e não leva solução nhhema, mas atraso burocrático.

O Expresso Vida, repudia e acrescenta que qualquer advogado que se sentir ofendido poderá, independente da representação, promover ação criminal contra a tagarela que não pensa e não sabe o que fala.

Anos atrás, na condição de presidente da OAB–TO–Gurupi, tomei decisão firme em defesa de um advogado, suspeito pela sociedade local, de ser defensor de criminosos. Um vereador, discursou na Camara de Gurupi que advogados eram traficantes. Determinei a criação de comissão para apurar o conteúdo do discurso e processamos o vereador.

Enfim, a OAB tem o dever de processar a ministra tagarela.

Roberto J. Pugliese
www.pugliesegomes.com.br
autor de Terrenos de Marinha e seus acrescidos -2009 –Letras Jurídicas

( Fonte – Migalhas )

Porto na Juréia - PPP


 PORTO PRIVADO PERUÍBE ! ( PPP )

O mega empresário Eike Batista declarou ter interesse em implantar o porto privado no litoral sul paulista, na cidade de Peruíbe, junto ao santuário ecológico da Juréia, no portal de entrada do Vale do Ribeira e Lagamar.

Pretende construir um megaporto. MEGAPORTO nas dimensões da megaeconomia do Estado de São Paulo.  Com um empreendimento dessa magnitude, pretende baixar o custo Brasil e, claramente, aumentar o volume de divisas para os cofres de seu complexo econômico particular.

Considerado o homem mais rico do país, numa disputa com o rei do cimento e o rei da comunicação, para Eike não importa a localização do porto, mas o resultado econômico.

Enquanto, de norte a sul do país e em especial na região do Lagamar, o Ministério Público vai promovendo ações demolitórias contra pequenas construções tradicionais, pleiteando na Justiça que  barracos de caiçaras, pequenos comércios e empreendimentos turísticos sejam demolidos, na mesma região, o governo da União e do Estado de São Paulo ficam mudos diante das pretensões do  empresário.

Em vista desse quadro, desolador, diga-se de passagem, que a população se sente injustiçada e distante dos governos. O Estado brasileiro é injusto para com todos e a sua juventude, sem esperança, cada vez mais, volta-se para imigrar ao exterior.

O Estado de São Paulo com aproximadamente 700 km de litoral, não dispõe de lugar apropriado para construção de outro porto. São Sebastião, ao norte, não tem mais espaço para expansão e também está numa região densamente povoada e de elevado fluxo turístico. Ademais, não existem rodovias e ferrovias para dar suporte ao porto. Santos, é a balburdia que chegou ao seu limite. O maior porto da América Latina, não tem mais como se expandir. Chegou a Cubatão, ao Guarujá, invadiu o manguezal etc e tal.

Enfim, não há como transformar em porto comercial, a região do Lagamar do Vale do Ribeira ou o litoral norte paulista. Daí, numa tirada dinâmica, o megaempresário se voltar para Peruibe, e com seu prestigio político e apoio do governo, iniciar um PPP com o PPP. ( Participação Publico Privado para construir o Porto Privado em Peruibe )

Lamentável os destinos do país, mal gerenciado, quer pelo atual PT, pelo PMDB de antes, pela truculenta ARENA e pelos entreguista do PSDB.

Roberto J. Pugliese
www.pugliesegomes.com.br

( Fonte – Blog de Roberto de Moraes )

 

Capital x Caiçara ! triste realidade


OS CAIÇARAS SUMIRAM!

 

 

Caiçaras são constituídos por grupos tradicionais de pessoas que vivem ligados a costa, entre o litoral sul do Rio de Janeiro e o litoral norte do Paraná.

 

Esses habitantes tradicionais de Mangaratiba, Paraty, Ilha Grande, Ubatuba, Ilhabela, Bertioga, Guarujá, Santos, São Vicente, Itanhaém, Peruíbe, Iguape, Cananeia,Guaraqueçaba, Antonina entre outros tantos municípios desse virtuoso litoral, são os povos que por suas características inerentes, culturais e peculiares, se distinguem e constituem o grupo de caiçaras. Os únicos verdadeiramente caiçaras.

 

Pois esses povos estão sumindo.

 

Viviam à beira do mar, dos rios, das praias, das enseadas e pouco à pouco, nos último 50 ou 60 anos, foram sendo expulsos de seus domínios e desaparecendo, dando lugar a hotéis, casas de turistas, restaurantes, prédios comerciais e construções das mais variadas, em praticamente todo o litoral apontado.

 

São raros os núcleos de autênticos caiçaras que ainda sobrevivem, herdeiros de gerações tradicionais que assentaram nessa região há mais de quatrocentos anos.

 

Tanto faz se contar a história do caiçara do Ariri, distrito de Cananéia ou de Vicente de Carvalho, distrito do Guarujá, pois o drama será idêntico ao do caiçara de Guaraqueçaba ou de Angra dos Reis... mudam os nomes, o lugar e a intensidade, porém a violência é semelhante em todo o litoral.

 

Com a abertura de rodovias, o incentivo ao turismo, a valorização de áreas privilegiadas, o investidor, muitas vezes estrangeiro, por bagatelas, comprou áreas privilegiadas, fazendo com que o morador tradicional, se afastasse do mar. Em suma é essa a história que se deu na costa apontada. É a história dos ilhéus da Ilha Grande, da Ilhabela, da Ilha Comprida. É a história da migração desorientada de famílias que foram encher as periferias de Resende, Volta Redonda, Santos, Cubatão, São José dos Campos, Taubaté, Registro entre tantas outras cidades, provocando a desqualificação social, a violência e outras mazelas dos dias de hoje.

 

E para não ser dramático ou se ampliar o texto, nem vale se referir aos casos de esbulho, falsificações documentais, incêndios criminosos nos cartórios e foros desses lugares então remotos... causando prejuízos superiores a valores financeiros, inclusive a perda de vidas, como é sabido e prolatado.

 

Vale lembrar que o litoral paranaense na época do governo Lupion, foi partilhado, dividido, re-partilhado e sub dividido tantas vezes, cujos conflitos fundiários decorentes são sentidos até hoje, provocando pilhas e pilhas de processos nos foros locais...

 

Enfim: O caiçara sumiu. Pobre, ameaçado, descaracterizado, emigrou, deixando para traz sua história e de seus antepassados. Seguindo perambulando sem destino para lugar nenhum.

 

Roberto J. Pugliese


Autor de Terrenos de Marinha e seus Acrescidos, Letras Jurídicas.

 

 

 

 

 

 

08 dezembro 2012

O dia que o povo de Cananéia chorou!


 
Cananéia Chorou.

Num dos infinitos aprazíveis sítios o próprio João Baptista avisou que lá encontrariam o amigo chegante. Lugar bucólico, cortado por cachoeira do estilo das que se encontram nas encostas da Serra do Mar, no qual vicejam flores coloridas que exalam perfumes inebriantes, onde se escutam pássaros  exóticos cujo cenário singular, a par de lembrar recantos do Lagamar, traz àqueles que para lá são convidados, o sentido de paz silenciosa e envolvente, aos moldes do próprio paraíso onde se encontram.

Por ordem de Pedro, o Gerentão, João Baptista foi ao encontro de cada um, informando quando ele chegaria, para que todos por lá estivessem para saudá-lo e dar-lhe as boas vindas tradicionais. Deveria ser em Março, como outros que eram do mesmo grupo... Mas foi antecipada.

Pouco a pouco estão chegando, vindo dos infinitos lugares nos quais se alojam por ordem da Suprema Chefia, trazendo cada um na lembrança, recordações peculiares de tempos outros e a vontade  de abraçar o amigo. Querem dar vivas ao chegante que, há boa data não se vêem. Alguns há anos estão por lá. Outros chegaram recentemente. Todos se conhecem e tem muitas histórias em comum.

Próximo à calçada, num dos cantos do jardim encantado, com uma vassoura de piaçava entre um dos braços, Maurício encostado num dos ipês amarelos, conversa pausadamente com Basílio, o comerciante que se fez importante, trabalhando duro na cidade de Santos, mas que ao longo da sua trajetória, nunca abandonou suas origens. São amigos de jornadas pitorescas e quando se encontram, trocam recordações.

No outro canto a rodinha atenta escuta o professor Eduardo Ramos descrever descoberta recente: Uma nova espécie de mangue será apresentada e surgirá no repente do nunca de todos os tempos, na orla alagadiça da Juréia. Atentos, Otávio, que fora comerciante em Cajati, negociando bicicletas e o sempre Deputado Rubens Lara, reconhecido defensor da ecologia caiçara, se diz surpresos com a evolução das espécies, narrando algumas experiências já vividas. Discordando, Pe. João 30 explica com argumentos nem sempre inteligíveis, naquela língua enrolada meio caiçara, meio holandesa, que não concorda por isso e por aquilo.

As conversas seguem animadas enquanto os amigos vão chegando. Kovaciks, carregando seus aparelhos de medição, justifica que atrasou, pois foi chamado pelo Supremo Chefe para medir um asteróide que saiu do prumo e deu um nó no zodíaco, causando-LHE preocupação. Fugira do seu controle e, foi um DEUS NOS ACUDA, que não LHE serviu para nada, já que, na condição de Supremo Chefe, não tem à quem apelar. O prestativo austro caiçara fora junto com Delmar Simões,  que chegou a ser superintendente da  Sudelpa, nos velhos e áureos tempos da autarquia, pois dada a complexidade das medições o experiente parceiro ajudaria bastante.

- Logo ele chega, explica. Foi tomar banho. O alojamento dele é na projeção de Pariquera Açu.

Bernardo Paiva que acabara de chegar procura pelo Firmo do Marujá. Comerciantes que foram costumam lembrar  histórias do tempo que tudo era difícil por lá... Só os barcos da Sorocabana que traziam mercadoria...

Longe dali, bem longe, nas imediações de seu terno habitat, sem muita pressa, passeia como se despedindo de tudo e de todos. Emocionado vê seus filhos e amigos ainda atônitos e sem saber direito o que fazer. Vê sua mulher, seus parentes que ainda vivem por lá... mesmo com seus mais de 100 kg, sente-se leve, e um tanto ridículo dentro de um camisolão de algodão branco. Também usa uma toca.

Silencioso sente-se on line, com agilidade impar, que nunca teve e numa despedida silenciosa, vai até o ABC visitar o pessoal de São Bernardo do Campo, onde residiu por alguns anos. Circula por toda a metrópole e lembra-se de parceiros e amigos do sul: Num suspiro profundo, já avista Florianópolis e o Consulado de Cananéia, com a bandeira a meio pau. De lá, passa por Joinville, Curitiba e segue para o Jaú do Tocantins.

No trajeto, passa rapidamente na Escola de Polícia da USP e, distraído, dá um aceno ao professo  Marcos Gama, que  incrédulo, pensa que avistara algum fantasma. ( - Deve ser o calor, pensou com os seus botões. )

O tempo passa para os que ficam. Para ele, a eternidade se apresenta. Não adianta ter pressa, pois o tempo deixara de ser a essência passando a não mais valer.  Sobra e sobrará tempo eternamente.

Mas a noticia corre e com o passar do tempo, cada um ao seu modo, vai reagindo aos costumes. Uns se emudecem. Para outros sobram lágrimas. Outros, tentam copiá-lo, e riem. Fazem graça... mas a tristeza é geral.

- Perda irreparável !

Sem pressa e cuidadosamente olhando e relembrando passagens do tempo que ficara para trás, vai se despedindo de gente e de lugares. Sentia-se ainda disposto a ficar por lá. Imaginava que era cedo e que houvera algum equivoco, mas no silencio do éter, sabia que o Supremo Chefe não se equivoca e que a hora era aquela.

E nesse vai e vem para lá e para cá, livre, leve e solto, dentro do camisolão fingia não ouvir os chamados repetidos e persistentes vindos da portaria principal.  Até que o Gerentão surgiu com sua autoridade e, educadamente, pediu que se apressasse.

- Vamos. Tenho que trancar as portas. Meu horário está para terminar. Vou render minha vigília e tenho que encerrar o relatório logo mais.

Como nunca ficara sem graça, ao contrário, sempre fez graça, fosse com quem fosse, sem faltar o respeito, até porque não sabia bem onde estava pisando, ( aliás não estava pisando há algumas horas ) explicou que pretendia aguardar, se fosse possível, alguns dias mais por lá, pois pretendia assistir a final da Copa Sul Americana.

- Como o Senhor deve saber  eu sou torcedor do time do Morumbi...

O Gerentão, quase nem deixou que terminasse a frase e já retrucou:

- É o seguinte, é bom que você saiba. Inicialmente nunca mais me chame por esse pronome de tratamento que é privativo do único Senhor, o Chefe. O Supremo Chefe.

- Sim Senhor. Ou, melhor, desculpe. Sim, sim, emendou sem graça.

E continuou o Gerentão, já um tanto mais calmo:

- O jogo que você quer assistir será, no calendário da Terra, na próxima 4ª feira.  Até lá, já aconteceram exéquias, missas, orações e muito bla, bla, bla inclusive choradeiras de carpideiras reais e hipócritas, como é do seu conhecimento. Portanto entre já. Aqui tem um camarote especial, que vai lhe permitir assistir como se estivesse por lá, e estará junto com o próprio Paulo, o verdadeiro dono do time e muitos dos seus ídolos também estarão ao seu lado.

A explicação foi detalhada. Disse que estariam presentes no recinto entre outros, Mauro Ramos de Oliveira, Jurandir, Roberto Dias, Canhoteiro, José Poy, Rui, Bauer, Noronha... uma penca de grandes ídolos de todos os tempos.

- E o Tele Santana?

Assim, num lance de obediência, que não estava acostumado, passou pela catraca eletrônica e orientado pelo próprio Gerentão, seguindo instruções, caminhou, ou melhor, vuou, ou apenas se deslocou para onde estavam seus amigos os aguardando para dar as boas vindas.

Enquanto isso, Cananéia chorava sua ausência. Seus amigos, parentes, conhecidos, enfim, por lá e por onde estivera, ao longo de seus mais de seis dezenas de anos, choravam pela grande perda.

E na unanimidade dos que ficaram, sabiam que nenhuma homenagem póstuma atingiria o mérito de quem partira. Não seria uma rua, uma escola, uma praça... enfim, nem a estatua ou o busto, haveria de simbolizar o que fora para a cidade e para o seu povo enquanto vivera. O intelectual do Vale do Ribeira, que pacientemente elaborara um dicionário do linguajar caiçara deixara aqueles que sempre amara e sua terra querida onde vivera.

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Caminhando, on line, no éter,como se pisasse em ovos, seguia cuidadosamente em direção ao sítio onde encontraria velhos amigos. E durante a trajetória, estranhava que gente de todos os lugares, dos cantos e recantos, grotões e rocios, o saudavam. Gente que nem sabia quem era, antigos clientes de seu escritório, amigos de infância, pessoas que se quer lembrava ter conhecido algum dia, de modo sereno, o cumprimentava.

( ? )

E nessa jornada leve e saudável, Antonio Paulino de Almeida lhe abraçou forte, parabenizando pela sua trajetória e com emoção, disse que o ajudará a escrever o inédito dicionário. Disse que procurara àquela época, facilitar sua pesquisa. Tentou inspirar suas pesquisas comentou.

Adiante foi interpelado:

- Parabéns ! Seja bem vindo. Terás um bom lugar próximo ao Supremo Chefe, fique tranqüilo. Sempre guiei teus passos e o segui orgulhoso de sua trajetória. Parabéns !

- Quem é o Sen, digo, você?

- Há, desculpe, sou o mestre Cosme Fernandes,  esclareceu  o caricato português sem graça, vestido numa fantasia verde, vermelho, na qual um misto de bermuda de veludo com suspensórios e meias três quartos, que mais parecia um antigo bandeirante seiscentista, boina preta, com pena de pavão... e algumas medalhas penduras no peito coberto por camisa de babado branco.

- Como você sabe, eu  fundei, com os Carijós, a nossa querida São João Baptista de Cananéia. Vivi por lá e dominei as terras desde São Vicente até quase Buenos Aires. Bons tempos.

Surpreso, sem acreditar, balbuciou tremulo: -Voce é o  Bacharel de Cananéia ?

- Sim, meu caro Edegar. Seja bem vindo, aqui é o seu merecido lugar. Sua pousada já foi erguida próximo ao trono do Supremo Chefe.

A seguir, dobrou algumas esquinas, fez algumas curvas, passou subidas, descidas e avistou milhares de acenos e cumprimentos, até que chegou ao destino, sendo recebido com aplausos e abraços.

Bem vindo. Aqui é o seu lugar, falaram em coro os anjos, anjas e demais membros da comissão de recepção, introduzindo-o ao sítio encantador onde o esperavam seus queridos amigos, parentes, familiares próximos e alguns conhecidos que o antecedera na chegada.

Roberto J. Pugliese
www.pugliesegomes.com.br

( Modesta homenagem ao inesquecível amigo. )