16 dezembro 2012

Parque Nacional do Superagui: Abandono total !

Parque Nacional de Superagui.

Abandonado. Esquecido. Largado... são qualificações que se aplicam e caem como luva no Parque Nacional situado no litoral do Paraná, em Guaraqueçaba, na divisa com o Estado de São Paulo.

Criado em 25 de Abril de 1989 e posteriormente ampliado, o Parque teve inicio por volta de 1970, quando a Ilha do Superagui foi inscrita como Patrimonio Natural e Histórico pela Divisão do Patrimonio Histórico, Artistico e Cultural do Paraná. O tombamento propiciou inúmeras limitações, com proibições a inúmeras atividades potencialmente danosas ao meio ambiente.

Atualmente o parque abrange a ilha de Superagui, a Ilha das Peças, ilha do Pinheiro, Ilha do Pinheirinho e área continental, na região denominada Vale do rio dos Patos. Em 1991 a região foi abrangida pela Reserva da Biosfera Vale do Ribeira-Serra da Graciosa e em 1998 foi intitulada pela UNESCO como Sítio do Patrimônio Natural da Humanidade.

A Ilha do Superagui é artificial, pois trata-se de península natural que foi cortada por um canal que une Guaraqueçaba ao Ariri, construído por volta de meados de 1950.

O Parque encerra quase 34 mil hectares quadrados e tem o perímetro de 339 km.O Parque não é aberto à visitação pública, mas o entorno é visitado, bem como as praias, mesmo estando estas dentro da unidade, por ser uma visitação moderada, não podendo acampar nas mesmas. O seu maior atrativo é a Praia Deserta, que possui 38 Km de praias virgens que podem ser apreciadas em caminhadas a pé (4 a 7 horas) ou de bicicleta. É possível também, ver na ilha do Pinheiro, a revoada dos papagaios-da-cara-roxa que ocorre ao entardecer e ao amanhecer. A paisagem, constituída pelas áreas de manguezais contínuas e Floresta Atlântica, intercaladas pelas águas do estuário e do Oceano Atlântico, apresenta grande beleza cênica.

Relativamente plano, tem áreas montanhosas ao norte e no continente a Serra do Mar predomina.

Mal gerenciado, praticamente não dispondo de guardas e fiscalização o parque sofre constante retiradas de madeiras, corte de palmitos, desmatamento caça de animais silvestres, construção irregulares de casas de turistas e caiçaras. Vale registrar que são apenas dois os funcionários do IBAMA.

Assim, a unidade de conservação, à semelhança de tantas e tantas outras só existe no papel.

Roberto J. Pugliese
www.pugliesegomes.com.br
Autor de Direito das Coisas, Leud.
Membro da Academia Itanhaense de Letras.

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