Mensagem aos Vereadores à Câmara Municipal de Angra dos
Reis.
Senhores vereadores:
Inicialmente lembre-se que a cidade que Vv. Excelências irão
representar na Câmara na legislatura que ora teve seu inicio é cobiçada
principalmente por suas belezas naturais e plástica impar. É nome nacional pela
sua pujança e internacional pelo cenário que a coloca no mais alto patamar das
belezas do litoral.
Mas Angra dos Reis não é só a cidade e as vilas
continentais. O município abriga em seu território a maravilhosa Ilha Grande,
reconhecida no mundo inteiro por sua beleza e com histórias que merecem ser
preservadas. Não pode ser esquecida, como nos últimos anos, vem sendo,
principalmente pelas autoridades municipais.
A ilha que já foi presídio político e de meliantes comuns
perigosos, notabilizado pelo tratamento desumano dos que lá foram confinados,
hoje é assento de incontáveis pousadas e casas de turistas que desfrutam das inigualáveis
belezas naturais.
É a Ilha singela amostra do paraíso natural tropical, que
pode trazer para todo o município e sua população resultados econômicos
incalculáveis. Resultados financeiros limpo, sem qualquer risco ecológico. Mas
tem que ser lembrada.
O ilhéu está maltratado. É sofrido e não tem nenhum alento
dos Poderes Públicos. A ilha está ilhada, esquecida e a única tribuna que pode
dar voz a esse persistente povo é a Câmara dos Vereadores.
A legislatura que se inicia é convidativa para que promessas
sejam cumpridas e assim, os portas vozes do clamor social das comunidades da
Ilha Grande, através de seus discursos, suas moções, indicações e projetos,
lembrem-se que a ilha precisa de atenção. O povo da ilha está esquecido e
precisa de apoio.
Suas vilas são incomunicáveis. Não há transporte público e
barato entre as comunidades que, para serem alcançadas sempre dependem da ida a
Angra dos Reis, dificultando a comunicação, que se torna demorada e cara.
Esse clamor já é o bastante para se perceber que a
fragilidade dos investimentos públicos é grande. Segurança pública deficiente
faz com que os turistas se afastem e o ilhéu permaneça inseguro. A instrução
escolar é precária. Saúde se quer emergência à altura de sua população
existe... e o que é grave: A insegurança jurídica decorrente da dominialidade
da União, que a par de cobrar valores impagáveis, ameaça com suspensão de
créditos, retomada da posse e outras medidas que deixam os investidores refém
da insegurança.
Os moradores da ilha devem milhões à União e não tem como
pagar. E amedrontados não investem nos seus negócios. E aí? Precisam de apoio e
de ajuda imediata, não para amanhã, mas para ontem.
Sem delongas para não ser cansativo: A hora é agora. Escutem
o povo esquecido das comunidades, ouçam o clamor social e lancem projetos
realizáveis e imediatos para que o desenvolvimento sustentável se de
concretamente nesse pedaço do paraíso muito mal explorado por falta do mínimo apóio
político.
Não esqueçam: A persistir essa desídia, condições para
emancipar-se existem e vontade não falta. Os Poderes Públicos voltaram as
costas para os ilhéus e os ilhéus estão dispostos a virar às costas também.
Enfim, senhores Vereadores: Cabe essencialmente a Vv. Excelências
manter a ilha o paraíso natural que é e prover de condições para sua exploração
sustentável pelos empresários que aos trancos e barrancos enfrentam todas as
dificuldades para sobrevirem e terem seus empreendimentos funcionando.
Pensem bem: A hora é agora.
Roberto J. Pugliese
www.pugliesegomes.com.brAutor de Direito das Coisas, Leud
Membro da Academia Itanhaense de Letras.
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