07 setembro 2014

O provedor de internet. ( memória nº 101 )


Memória nº 101

Ilhanet

 

A internet estava começando se propalar pelo país. Aqui e ali pipocavam provedores locais, para que o usuário não precisasse se valer de ligação interurbano para completar o uso da internet. Uma novidade que já era realidade, porém em São Francisco do Sul não.

 

Não havia provedor e apenas uns poucos se valiam do novo instrumento de comunicação social. Corria o ano de mil novecentos e qualquer coisa. Talvez 96 ou 97, quando Lourenço  buscou Marco Aurélio, um companheiro de Lions e empreendedor, com boa fama na cidade e o convidou para montarem um provedor. O sócio chamou um técnico da Cia. Telefônica do Estado e firmaram uma empresa. Os três montaram o provedor para explorar serviços referentes a internet, cujo nome foi sugestão de Lourenço: ILHANET.

 

Desse modo, São Francisco do Sul entrou na era da comunicação moderna e praticamente a cidade inteira passou a se valer dos serviços prestados pela empresa de Lourenço. Uns e outros foram assinando os serviços: Os amigos e os outros também. Aqueles que detestavam o comportamento de Lourenço em defesa de direitos humanos e sua advocacia social, também se inscreveram. Não tinham outra opção.

 

Posteriormente Lourenço vendeu sua parte aos sócios. Não era do ramo e entendeu que não valia se dedicar ao negócio, mormente porque grandes empresas estavam ingressando no mercado e seria necessário grandes investimentos e aprimoramentos.

 

A Ilhanet continuou com os sócios até recentemente quando foi vendida a outro grupo que continua explorando os serviços de provedor de internet.

 

A cidade deve a Lourenço esse passo firme para sua inclusão no mundo da moderna comunicação. Aliás São Francisco do Sul  e o seu povo devem muito a Lourenço que durante os quinze anos que viveu naquela ilha muito contribuiu para  melhorar a qualidade de vida dos munícipes... Mas seu esforço foi em vão.

 

Roberto J. Pugliese


Titular da cadeira nº 35 da Academia São José de Letras.

 

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