Memória nº 101
Ilhanet
A
internet estava começando se propalar pelo país. Aqui e ali pipocavam
provedores locais, para que o usuário não precisasse se valer de ligação
interurbano para completar o uso da internet. Uma novidade que já era
realidade, porém em São Francisco do Sul não.
Não
havia provedor e apenas uns poucos se valiam do novo instrumento de comunicação
social. Corria o ano de mil novecentos e qualquer coisa. Talvez 96 ou 97,
quando Lourenço buscou Marco Aurélio, um
companheiro de Lions e empreendedor, com boa fama na cidade e o convidou para
montarem um provedor. O sócio chamou um técnico da Cia. Telefônica do Estado e
firmaram uma empresa. Os três montaram o provedor para explorar serviços
referentes a internet, cujo nome foi sugestão de Lourenço: ILHANET.
Desse
modo, São Francisco do Sul entrou na era da comunicação moderna e praticamente
a cidade inteira passou a se valer dos serviços prestados pela empresa de
Lourenço. Uns e outros foram assinando os serviços: Os amigos e os outros
também. Aqueles que detestavam o comportamento de Lourenço em defesa de
direitos humanos e sua advocacia social, também se inscreveram. Não tinham
outra opção.
Posteriormente
Lourenço vendeu sua parte aos sócios. Não era do ramo e entendeu que não valia
se dedicar ao negócio, mormente porque grandes empresas estavam ingressando no
mercado e seria necessário grandes investimentos e aprimoramentos.
A
Ilhanet continuou com os sócios até recentemente quando foi vendida a outro
grupo que continua explorando os serviços de provedor de internet.
A
cidade deve a Lourenço esse passo firme para sua inclusão no mundo da moderna
comunicação. Aliás São Francisco do Sul e o seu povo devem muito a Lourenço que
durante os quinze anos que viveu naquela ilha muito contribuiu para melhorar a qualidade de vida dos munícipes...
Mas seu esforço foi em vão.
Roberto
J. Pugliese
Titular
da cadeira nº 35 da Academia São José de Letras.
Nenhum comentário:
Postar um comentário