14 dezembro 2014

Futebol do RIo de Janeiro vive da GLobo e de saudades...


Futebol carioca revela a verdade.

 

A decadência exposta do Estado do Rio de Janeiro começa na cidade maravilhosa, que, verdade seja dita, de maravilhosa tem a plástica natural da zona sul, porque de resto, sobra realmente a depauperação social, ambiental, econômica, ética etc e tal.

 

Sobram balas perdidas e a violação do meio ambiente, na baia da Guanabara, nos rios que cortam a cidade em esgoto a céu aberto e nos morros apinhados de barracões indignos.

 

E o Estado diante dessa realidade está mambembe. Pobre. Muito pobre que sobrevive de royalty da exploração de petróleo das águas oceânicas de seu frontispício litorâneo. Oceano e mar territorial nacional e não carioca.

 

E o futebol não poderia ser diferente. Vai de mal a pior. E só não está pior, porque vive de um passado e com a ajuda folclórica diuturna das Organizações Globo. Seus clubes estão quebrados. Falidos. Sem nenhum tostão. Não dispõe de sede condizente à fama. Não tem centro de treinamento a altura das tradições. Devem para todos os fornecedores e trabalhadores.

 

O futebol do Rio de Janeiro se resume apenas dois ou três clubes da capital, porque no seu interior não há quem possa ser considerado digno para disputar a primeira divisão do campeonato brasileiro. Os clubes do interior não dispõe de campo adequado para recepcionar clubes grandes de outros Estados, as cidades estão praticamente isoladas por falta de rodovias, aeroportos e estruturas mínimas  para competirem com cidades do interior de Minas Gerais ou Santa Catarina, para não apontar São Paulo.

 

E o Botafogo que não tem sede, não tem time, não tem dinheiro só tem um caminho: Seguir cabisbaixo para o lugar devido, a segunda divisão do futebol nacional. Sentado aguardar seu co-irmãos da primeira divisão.

 

E se não tiver uma revolução profissional na sua estrutura institucional encontrará dificuldade para retornar aos quadros da elite do futebol brasileiro. Vai continuar vivendo de uma história antiga, recordando que a estrela solitária foi a camisa que o Mané Garrincha, o Nilton Santos, Didi, Amarildo, Manga e outros craques vestiram. Um esquadrão que vivia quando o Distrito Federal era Capital da República e vivia de recursos federais.








 

Hoje é um clube pequeno. É o reflexo concreto do que é a cidade que é sua sede, que sobrevive da ilusão midiática da Globo e do passado que sobrevivia às custas da condição de capital do Império e da República.

 

A mediocridade do futebol carioca o leva a não participar de Libertadores e ter menos clubes disputando a categoria principal que o futebol jogado em Santa Catarina, um Estado sem tradição no esporte e nos campeonatos.

 

Boa sorte Botafogo.

 

Aguarde porque logo logo, outros clubes da cidade irão te encontrar. E lembre-se: Clube grande não cai.

 

Roberto J. Pugliese
Advogado do Joinville Esporte Clube

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