Futebol carioca revela a verdade.
A
decadência exposta do Estado do Rio de Janeiro começa na cidade maravilhosa,
que, verdade seja dita, de maravilhosa tem a plástica natural da zona sul,
porque de resto, sobra realmente a depauperação social, ambiental, econômica,
ética etc e tal.
Sobram
balas perdidas e a violação do meio ambiente, na baia da Guanabara, nos rios
que cortam a cidade em esgoto a céu aberto e nos morros apinhados de barracões indignos.
E
o Estado diante dessa realidade está mambembe. Pobre. Muito pobre que sobrevive
de royalty da exploração de petróleo das águas oceânicas de seu frontispício
litorâneo. Oceano e mar territorial nacional e não carioca.
E
o futebol não poderia ser diferente. Vai de mal a pior. E só não está pior,
porque vive de um passado e com a ajuda folclórica diuturna das Organizações
Globo. Seus clubes estão quebrados. Falidos. Sem nenhum tostão. Não dispõe de
sede condizente à fama. Não tem centro de treinamento a altura das tradições.
Devem para todos os fornecedores e trabalhadores.
O
futebol do Rio de Janeiro se resume apenas dois ou três clubes da capital,
porque no seu interior não há quem possa ser considerado digno para disputar a
primeira divisão do campeonato brasileiro. Os clubes do interior não dispõe de
campo adequado para recepcionar clubes grandes de outros Estados, as cidades
estão praticamente isoladas por falta de rodovias, aeroportos e estruturas
mínimas para competirem com cidades do
interior de Minas Gerais ou Santa Catarina, para não apontar São Paulo.
E
o Botafogo que não tem sede, não tem time, não tem dinheiro só tem um caminho:
Seguir cabisbaixo para o lugar devido, a segunda divisão do futebol nacional.
Sentado aguardar seu co-irmãos da primeira divisão.
E
se não tiver uma revolução profissional na sua estrutura institucional
encontrará dificuldade para retornar aos quadros da elite do futebol
brasileiro. Vai continuar vivendo de uma história antiga, recordando que a
estrela solitária foi a camisa que o Mané Garrincha, o Nilton Santos, Didi,
Amarildo, Manga e outros craques vestiram. Um esquadrão que vivia quando o
Distrito Federal era Capital da República e vivia de recursos federais.
Hoje
é um clube pequeno. É o reflexo concreto do que é a cidade que é sua sede, que
sobrevive da ilusão midiática da Globo e do passado que sobrevivia às custas da
condição de capital do Império e da República.
A
mediocridade do futebol carioca o leva a não participar de Libertadores e ter
menos clubes disputando a categoria principal que o futebol jogado em Santa
Catarina, um Estado sem tradição no esporte e nos campeonatos.
Boa
sorte Botafogo.
Aguarde
porque logo logo, outros clubes da cidade irão te encontrar. E lembre-se: Clube
grande não cai.
Roberto
J. Pugliese
Advogado
do Joinville Esporte Clube
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