28 dezembro 2011

Caiçaras de Peruíbe: Situação difícil -

Situação delicada da comunidade caiçara da Juréia, Peruíbe, Sp.



O Brasil está vivendo, aos costumes e tradição histórica de suas autoridades, momento de grande injustiça para com os mais frágeis do corpo social. São os operários urbanos e rurais, são os indígenas, os descendentes de quilombolas, são os aglomerados caboclos, enfim, são os pescadores artezanais e os caiçaras.



Não vou me alongar tecendo considerações a respeito de todos os grupos que vem sofrendo violencia, mas me ater a comentar a respeito da comunidade caiçara, de pescadores artesanais, tradicionais que habitam a região do Una, Rio Verde, junto ao maciço da Jureia, no municipio paulista de Peruíbe, estado de Sp., onde está situado a estação escológica Juréia - Itatins.


Ajunte-se desde já, nesta plana, que o que se constata por lá, ocorre em situação semelhante em alguns casos e idêntica noutros por todo litoral brasileiro, com agressões jurídicas e físicas constantes por agentes administrativos, policiais e seguranças terceirizados, sob mando de agentes politicos que ignoram a realidade local e fecham os olhos ao drama social de inúmeras comunidades caiçaras.



Juizes de Direito, Juizes Federais, órgãos do Ministério Público Federal e e dos Estados, apoiados em decisões isoladas dos governos municipais, estaduais e federal e com fundamento em legislação abrangente e radical, impõe restrições amplas à sobrevivencia de famílias humildes e tradicionais que, repentinamente estão sendo pressionadas a abandonarem seus sítios, nos quais sempre sobreviveram.



Ora são impedidos de plantarem suas roças de manutenção, obriando-os à caça ilegal. Ora são proibidos de pescarem ao largo da costa Atlantica ou dos rios e ribeirões, com seus apetrechos apreendidos de forma autoritária.



A herança cultural recebida de seus pais; o artesanato, a música, a dança, a história e os costumes de mais de século proviniente de saberes do dia a dia está paulatinamente se perdendo.



Na Juréia, o trabalho da Organização Não Governamental Mongue, de Peruíbe tem, com grande dificuldade enfrentado o radicalismo das autoridades públicas e dos agentes administrativos que ignoram todo o acervo cultural desses grupos tradicionais e de modo violento impedem que continuem com a sobrevivencia pacífica e sutentável na região.


Pescadores tradicionais estão impedidos de pescarem. Não podem caçar. Não podem plantar. Não podem se valer da flora para produção de seus artesanatos. E, na miséria de suas vidas, estão a cada dia testemunhando a andança de seus filhos para fora, em busca de sobrevivencia melhor.



Enfim, indico os endereços abaixo, para que os interessados procedam a leitura de textos elaborados pela Mongue e tomem conhecimento de fatos lamentáveis.



Sugiro que denunciem, procedam ao estardalhaço e ajudem a constranger a Assembléia Legislativa de São Paulo, o Secretário do Meio Ambiente, as Comissões de Direitos Humanos, ao Poder Judiciário e a quem de direito acordarem e se voltarem em favor da sociedade humana ali à mingua sob a égide do terror e espanto.



A imprensa nacional sempre omissa precisa ser pressionada a atuar em favor dessa gente esquecida.












Concluindo, independente do lugar onde o prezado leitor se encontre, lembre-se que o caiçara da Juréia, cujo drama é exposto pelo Mongue, precisa de tribuna para que no país do carnaval, hoje a 6a. economia mundial, a violencia campeia à solta e continua tão injusto quanto sempre ao longo de seus 512 anos de história sempre foi.



A CRÍTICA É UM DEVER DA INTELIGENCIA.



Roberto J. Pugliese





























Nenhum comentário:

Postar um comentário