Violencia em
Fortaleza.
A delegada Socorro Portela,
titular do 2º Distrito Policial (Meireles), afirmou ao O POVO Online que
aguarda resultados dos exames do Instituto Médico Legal (IML) para indiciar os
seguranças do shopping Center Um por agressão a um adolescente.
Tudo se deu recentemente, em
Janeiro último, e revoltou aos funcionários e frequentadores do shopping localizado
entre a avenida Santos Dumont e a rua Desembargador Leite Albuquerque, na
Aldeota, em Fortaleza.
Conforme testemunhas
relataram ao O POVO Online, três seguranças do shopping pediram ao adolescente
que ele saísse do local onde costumava vender milho, ao lado da parada de
ônibus que fica na avenida Santos Dumont, em frente ao shopping. Como ele não
saiu, foi imobilizado com uma ''gravata'' pelos seguranças, que o levaram para
um estacionamento próximo, onde o teriam agredido. As agressões teriam parado
depois que uma viatura do Ronda do Quarteirão chegou ao local.
A administração do shopping
informou ao O POVO Online ter recebido reclamações de clientes de que o rapaz
atrapalhava a passagem na calçada com o carrinho de milho, que por conter água
quente oferecia riscos a quem passava no trecho. Seguranças pediram que ele
deixasse o local, mas diante de negativa, e ameaça por parte dele de atingir
uma funcionária do shopping com uma barra de ferro, usaram de força para
retirá-lo, sem no entanto, agredi-lo.
Independente do mérito, ou
seja se o garoto atrapalhava e tentou agredir ou não, o fato é que fica mais
uma vez caracterizado, que o país vai, desde há muitos anos de mal a pior.
Primeiro que vendedor
ambulante numa sociedade organizada tem pontos para permanecer e existem
fiscais para observar o comando das normas urbanísticas. Ademais, se a
sociedade é realmente organizada, há de existir pontos que os trabalhadores que
tenham seu pequenos negócios possam permanecer com segurança e sem oferecer
algum risco para a própria sociedade.
Ocorre que, por ser uma
sociedade desorganizada, com acertos e concentração de poder e renda, o Poder
Público não oferece o mínimo de garantia para a própria sociedade e assim para
os trabalhadores, resultando numa constante contenda, tendo de um lado o
capital, cada vez mais concentrado e de outro o trabalho, desvalorizado. Como
resultado, a cidade fica insegura, feia e bagunçada.
O Brasil tem que mudar muito.
Roberto J. Pugliese
Presidente da Comissão de Direito
Notarial e Registros Públicos –OAB-Sc
Sócio do Instituto dos Advogados de Santa Catarina
.
( Fonte, O Povo on line ) – Colaboração Vitor
Hugo Noroefé
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