Memória 5– Lembranças
do início da Televisão Brasileira.
Quando ele era bem
pequenino, no máximo dois ou três anos, a televisão no Brasil também era
nascente e estava principiando e era bem rudimentar, sem qualquer sofisticação.
Os recursos técnicos eram mínimos e a improvisação dominava superando a precariedade total.
Sua programação
curta e ao vivo, tinha início por volta das 17 horas e encerrava a meia noite.
Não havia tape e tudo era ao vivo. A imagem em preto e branco e precisava de
alta perícia de algum adulto para sintonizar.
O que o marcou
profundamente foram as propagandas e informações que eram expostas. Bem
interessante. Regularmente havia um
informativo, consistente em letreiro que descia pela tela dos televisores, com
escritos pretos intermináveis para que o telespectador lesse e se colocasse a
par da programação do dia e outras informações. A par do letreiro, o som de Delicado,
sucesso recém lançado de Waldyr Azevedo era a música que acompanhava.
Para a criança que
era, tratava-se de algo muito chato. Bastante chato que memorizou para o resto
da vida. Sempre que escuta o baião famoso lembra-se de sua tenra infância. Dos
anos 50.
Tv. Tupi, PRF 3,canal
3 de São Paulo, por volta de 1953... ou antes.
Anos depois, ao
visitar o norte de Goiás, alguns meses antes da instalação do Estado do
Tocantins, em Porto Nacional, no hotel que se encontrava, ao ligar a TV, se
deparou novamente com os letreiros que corriam e também com avisos fixos no
vídeo, sem qualquer som. Nem o baião do saudoso Valdir Azevedo.
Enfim, essa
lembrança ainda permanece e a tem com saudades.
Roberto J. Pugliese
Autor de Direito das
Coisas, LeudMembro da Academia Itanhaense de Letras.
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