Memória nº85
Rally de regularidade.
Professor da Fafich na qual
lecionava Direito Civil e presidente da OAB, na cidade de Gurupi, Lourenço
também mantinha amizade com Paulo Sahium, fazendeiro e companheiro de Lions Clube,
que tentava organizava a Federação de Automobilismo do Tocantins, e precisa
promover algumas competições para que a Confederação Brasileira de
Automobilismo (CBA) e a Federação Internacional – FIA , pudessem reconhecê-la.
Assim convidou os amigos para
que participassem do I Rally de Regularidade do Estado, sob a sua direção e
fiscais da CBA. Tudo certinho e bem organizado foi agendada data para que o
evento se realizasse.
Na forma prevista nos
regulamentos internacionais os competidores ganharam a carteira de corredor e
se submeteram a exames de saúde, inscrevendo seus automóveis. Um piloto e um
co-piloto, com a missão de cronometrar quilômetros, tempo e orientar o piloto
para que mantivesse a regularidade.
Um circuito de aproximadamente oitenta quilômetros, partindo
da avenida Goiás, numa festa televisionada, e seguindo por estradas secundárias
em direção ao Peixe, Vila Quixaba, Figueirópolis, onde pararam para almoçar e à
tarde, chegando no ponto de partida em Gurupi, no mesmo ponto da principal
avenida da cidade.
Eram sete concorrentes. O
Fiat 147 da mulher de Lourenço foi inscrito sob nº 07, e pintado com os
patrocinadores: A faculdade era um deles e bem destacada. Lourenço o piloto e o
saudoso Waldeyr, amigo, companheiro de Lions Clube, vice presidente da OAB, seu
co-piloto.
A premiação era bem simples.
E os concorrentes estavam mais para participar e ajudar o empreendimento proposto
no sentido de se oficializar a federação local. Mas era uma competição oficial,
com fiscais espalhados pelo trajeto, anotando horário, velocidade etc.
Lourenço e Waldeyr que
desconheciam regras e detalhes dessa modalidade de competição não perceberam
que ora ficavam muito atrasados e ora adiantados, em relação ao horário de partida.
Durante o almoço conversando
com os demais participantes, recorda-se que percebera algo bem diferente da forma
do comportamento dos outros competidores. Lembra-se que afirmou em particular para o
amigo:
-Ou estamos em primeiro ou
chegaremos em último lugar, pois observe que não acompanhamos de perto, pelos
números apresentados, nenhum deles.
(...)
E não deu outra: Chegaram e
após as contas, conferencias e cálculos dos fiscais, com a equação, horário de
saída e chegada, apurou-se que tinham conseguido ficar em 7º lugar.
Lourenço recordou-se da
corrida de pirogas, que participou anos antes em Itanhaém, e com cinco
concorrentes, chegara em quinto lugar...
- O importante é competir.
Roberto J. Pugliese
www.pugliesegomes.com.brAutor de Direito das Coisas, Leud, 2005.
Professor de Direito Notarial.
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