O Santo José de Anchieta o Apóstolo do Brasil viveu a maior parte de sua curta vida em Conceição de Itanhaém.
Pontos históricos e
turísticos são a ele dedicados. A Secretaria de Turismo do município acredita
que, após a canonização, Itanhaém pode se tornar um grande atrativo de turismo
religioso.
A Cama de Anchieta é um dos
pontos mais visitados da cidade. Trata-se de uma formação rochosa em formato de
cama, encravada entre o costão e a praia do Sonho. Segundo a lenda, José de
Anchieta costumava descansar e compor versos e poemas nas proximidades.
O nome de Anchieta está
também atrelado a diversos outros monumentos, como a passarela de 240 metros
que dá acesso à Cama. O Pocinho de Anchieta, no início da praia de Peruíbe, no
bairro de Cibratel, construído pelos indígenas, com instruções do padre, para
melhorar a captura de peixes também é outro ponto que foi gravado com o nome do
mais novo santo da Igreja Católica Apostólica Romana.
Entre as praias do Sonho e a
dos Pescadores, o visitante encontra o Púlpito que leva o seu nome, utilizado
na época para a catequização dos índios. Lá, nas proximidades existe há boa
data a estatua das Mulheres de Areia, cuja primeira gravação da novela tão
famosa se deu naquela praia.
Na praia da Gruta, ficam os
Painéis de Anchieta. Já no centro da cidade, a estátua de bronze, esculpida por
Luiz Morrone, é outro atrativo; assim como o paço municipal e a Virgem de
Anchieta, imagem barroca do século XVI, exposta na Igreja Matriz de Sant’Anna.
No tradicional Museu de Nossa Senhora da Conceição, é possível encontrar a
certidão de batismo do jesuíta.
O município recebe cerca de
três milhões de turistas por ano, e possui outras festas no calendário
religioso, como a Festa do Divino Espírito Santo, comemorada no domingo de
Pentecostes, e a Festa da Padroeira da cidade, comemorada em 8 de dezembro.
Merece registro que 9 de
junho na cidade que Anchieta adotou é feriado. É a única cidade brasileira que
tem um feriado religioso em homenagem ao Santo José de Anchieta, desde 2009.
Itanhaém é a cidade
referencia do Apóstolo do Brasil.
Mas o Padre Anchieta não
viveu apenas em Itanhaem, no litoral sul paulista. Andou pela Colonia em obediência
as instruções de seus superiores e assim esteve em diversos locais, sempre
pacificando indígenas ou levando a boa nova para os ateus.
No litoral do Espírito Santo
sua estada foi por pouco tempo, mas lhe rendeu ser homenageado com o nome de um
pequeno município: Anchieta.
Em Ubatuba, no litoral norte
de São Paulo, foi aprisionado pelos Tamoios e durante o tempo que esteve em
cativeiro lavrou nas areias da praia de Iperoig
o Poema à Virgem, que o obrigava a
decorar as estrofes antes que a maré o apagasse, pois não dispunha de
papel e lápis para registra-lo. O fez apenas quando foi solto e voltou à
civilização.
Com outros Jesuitas seguiu
para cima da Serra de Paranapiacaba e no Planalto de Piratininga ajudou a
erguer um pequeno colégio, inaugurado em 25 de janeiro de 1554 dando origem a
um humilde e pequeno povoado, que deu condições à vila, que se transformou em
cidade, em Comarca, em Capital e hoje é a metrópole vibrante que leva o nome do
santo da data de sua fundação: São Paulo de Piratininga.
Enfim, o Santo José de
Anchieta é agente importante na história do país. E sem dúvida foi personagem
de relevância durante o período colonial da história de São Paulo e do Brasil.
Viva o Santo José de
Anchieta.
Roberto J. Pugliese
Membro da Academia Itanhaense de Letras.
( Fonte Beach & Co - Fotos Aline Porfírio)
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