POLUIÇÃO NA GUANABARA PREJUDICA ATIVIDADES PESQUEIRAS.
A situação é bem séria e
preocupante.
Os
pescadores artesanais do entorno da baia de Guanabara, na região metropolitana
do Rio de Janeiro, onde vivem mais de dez milhões de pessoas, sofrem com a
intervenão da industria petrolífera e outras ações que estão matando a vida da
baia.
Por volta de
1930, um dos maiores antropólogos do mundo, Claude Lévi- Strauss, contrariando
a maioria das pessoas, descreveu como uma boca banguela o Pão de Açuçar e o
Corcovado como dois tocos de dentes, narrando a baia de Guanabara. Se hoje o
grande estudioso franco belga retornasse e visse o estado que a baia de
Guanabara se encontra inimaginável o que exclamaria. E as autoridades públicas
ainda falam que a baia será despoluída para as Olimpíadas.
A pesca artesanal
praticamente acabou. Os peixes acabaram e os agentes poluidores, principalmente
as ações petrolíferas da Refinaria e outras empresas aumentaram suas atividades
nocivas ao meio ambiente.
Além do mais
os poucos pescadores artesanais que restaram, minguando a atividade tradicional
da costa brasileira, são pressionados ora por empresas particulares, ora por
agentes públicos, amedrontando homens e mulheres que ainda conseguem sobreviver
da pesca.
A poluição
química está trazendo resultados danosos para a fauna e flora daquele
ecossistema e as autoridades fecham os olhos. Há armazenamento de armas, de
petróleo, existem oleodutos, navios que cruzam a baia com cargas perigosas,
elementos tóxicos são despejados nos rios que fomentam a baia da Guanabara,
esgotos e tudo de ruim vai a céu aberto para a superfície líquida, para o fundo
e para o entorno.
Lamentável.
A pesca
artesanal está morrendo no ambiente carioca. As atividades econômicas e
culturais que tradicionalmente giram em torno da pesca artesanal e as famílias
que dela sobrevivem está mudando o comportamento social local.
Enfim, o
Expresso Vida se solidariza ao movimento dessas famílias que lutam para que a
pesca não acabe.
Roberto J. Pugliese
Membro da Academia Eldoradense de Letras
Membro da Academia Itanhaense de Letras
Titular da Cadeira nº 35 – Academia São
José de Letras
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