20 abril 2014

Baia de Guanabara poluída ao extremo espanta pescadores artesanais.


POLUIÇÃO NA GUANABARA PREJUDICA ATIVIDADES PESQUEIRAS.


A situação é bem séria e preocupante.


Os pescadores artesanais do entorno da baia de Guanabara, na região metropolitana do Rio de Janeiro, onde vivem mais de dez milhões de pessoas, sofrem com a intervenão da industria petrolífera e outras ações que estão matando a vida da baia.

Por volta de 1930, um dos maiores antropólogos do mundo, Claude Lévi- Strauss, contrariando a maioria das pessoas, descreveu como uma boca banguela o Pão de Açuçar e o Corcovado como dois tocos de dentes, narrando a baia de Guanabara. Se hoje o grande estudioso franco belga retornasse e visse o estado que a baia de Guanabara se encontra inimaginável o que exclamaria. E as autoridades públicas ainda falam que a baia será despoluída para as Olimpíadas.

A pesca artesanal praticamente acabou. Os peixes acabaram e os agentes poluidores, principalmente as ações petrolíferas da Refinaria e outras empresas aumentaram suas atividades nocivas ao meio ambiente.

Além do mais os poucos pescadores artesanais que restaram, minguando a atividade tradicional da costa brasileira, são pressionados ora por empresas particulares, ora por agentes públicos, amedrontando homens e mulheres que ainda conseguem sobreviver da pesca.

A poluição química está trazendo resultados danosos para a fauna e flora daquele ecossistema e as autoridades fecham os olhos. Há armazenamento de armas, de petróleo, existem oleodutos, navios que cruzam a baia com cargas perigosas, elementos tóxicos são despejados nos rios que fomentam a baia da Guanabara, esgotos e tudo de ruim vai a céu aberto para a superfície líquida, para o fundo e para o entorno.

Lamentável.

A pesca artesanal está morrendo no ambiente carioca. As atividades econômicas e culturais que tradicionalmente giram em torno da pesca artesanal e as famílias que dela sobrevivem está mudando o comportamento social local.

Enfim, o Expresso Vida se solidariza ao movimento dessas famílias que lutam para que a pesca não acabe.

 

Roberto J. Pugliese
Membro da Academia Eldoradense de Letras
Membro da Academia Itanhaense de Letras
Titular da Cadeira nº 35 – Academia São José de Letras

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