A história do Tibete tem dois mil anos e revela toda a
cultura pacifista de um povo, hoje invadido e violentado pela China, e ignorado
pela comunidade internacional.
Até a invasão indecente dos chineses que se deu
paulatinamente a partir de 1950 e culminou em 1959, com o exílio de SS o Dalai
Lama, esse povo montanhês, cercado de cordilheiras, conhecido
internacionalmente como habitantes do Teto
Do Mundo, e pelo isolamento, tinha sua cultura própria que incluía costumes
religiosos budistas peculiares, modo de
vida feudal, com castas e língua distinta dos vizinhos.
Viviam à semelhança da Europa Medieval. Isolados, pacíficos
e felizes. No entanto, com a vitória comunista em 1950 pelo Mao Tse Tung, na
China, iniciou-se a invasão daquele estado até então soberano e reconhecido na
ordem internacional.
O lugar coberto de neve por todos os lados adotava regras e
sistema de vida medieval. A população vivia sob um regime de servidão feudal,
que combinava poderes políticos e religiosos. Não havia estradas, carros – só
era possível viajar a pé ou no lombo de animais–, nem mesmo luz elétrica. A
comunicação com o mundo exterior, assim como o desenvolvimento econômico, era
próxima de zero. O povo é dividido em castas. Mas o povo era, ao seu modo,
feliz.
Cerca de quatrocentos mil militares chineses enfrentaram
bravamente seis mil tibetanos que não dispunham se quer de armas adequadas,
sendo que a maioria dos soldados se valia de arcos típicos de caçadores.
A chacina foi horrorosa. E além da mortandade, os invasores
destruíram seus templos e bibliotecas sem dar satisfação para ninguém.
Calcula-se que um milhão de tibetanos morreram após a invasão.
Seus costumes tribais desde então têm sido exterminados e os
tibetanos correm o risco de desaparecer.
Verdadeiro genocídio que ocorre desde aquele ano e vem se agravando cada
vez mais.
O Tibete está situado numa região estratégica. De suas
montanhas nascem os grandes rios do sudoeste asiático e o subsolo dispõe de
muitos minérios que está sendo explorado. O povo tibetano tem sido obrigado a
sair de lá e viver noutras regiões da China, de forma que a população é
atualmente mínima, com a maior parte, de origem chinesa.
Há rumores que o Tibete também se tornou um depósito de
minérios radiotivos. Tornou-se o lixo da China.
Dharamsala, na Índia, é a sede do governo no exílio, onde
S.S. o Dalai Lama e seus apoiadores vivem, com cerca de 130 mil habitantes. No
território originário do Tibete no entanto a cultura local está sendo extinta à
força. Até a língua local é proibida.
O Expresso Vida apoia a causa de liberdade do Tibete e não
entende como o Brasil ainda mantém relações diplomáticas com a China, diante de
tanta crueldade.
Roberto J.
Pugliese
Membro efetivo do Instituto dos
Advogados de Santa Catarina.
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