Advogados assassinados no Pará.
Ainda não completou três
anos, mas nesse período, nove advogados já foram assassinados no Estado do
Pará. Entre julho de 2011 até abril de 2014, essa é a conta. Na maior parte das vezes, os
crimes são cometidos em caráter de execução, o que leva as autoridades de
investigação e a própria OAB a crerem que trata-se de repúdio em função da
atividade profissional.
Em reunião no Conselho Federal no qual
participaram representantes do Conselho Seccional da OAB-PA, foi decidido que onde
haja atentado à integridade física ou à vida do advogado no exercício da
profissão, apresentará manifestação junto à Corte Interamericana de Direitos
Humanos. “É uma afronta à liberdade
profissional do advogado o que está acontecendo no Pará. Vamos representar à
Corte Interamericana de Direitos Humanos para que providências exemplares sejam
tomadas”, diz Marcus Vinicius Furtado Coêlho, presidente nacional da OAB.
O advogado em determinadas ocasiões
para poder advogar tem que andar em automóvel blindado e com seguranças para
evitar surpresas. A pistolagem impune anda a solta e não se consegue punir os
mandantes ou mesmo os assassinos.
Enfim, a violência contra o exercício
profissional dos advogados trata-se de violação ao regime democrático e as
autoridades omissas estão contribuindo para que a violência se expanda. Assim,
justa a deliberação do Conselho Seccional em denunciar essa pistolagem e a
omissão das autoridades policiais a Corte Interamericana de Direitos Humanos.
O Expresso Vida se solidariza com as
famílias das vítimas e acompanha as medidas ultimadas pela OAB.
Roberto J. Pugliese
presidente da Comissão de Direito
Notarial e Registros Públicos –OAB-Sc
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