QUANTO VALE A
VIDA DE UM JUIZ
Quanto você acha que um juiz é seguro? Quanto você acha
que vale o trabalho de um ser humano? Quanto você acha que vale a vida de um
funcionário público? Pois para o Tribunal de Justiça do Amazonas não vale
nada.
Tenho mostrado por aqui as mazelas do sistema penitenciário, mas o que
aconteceu comigo essa semana é o cúmulo dos absurdos de um outro sistema tão
defasado quanto o das nossas prisões: o sistema jurídico.
Vejam o que
aconteceu: o presidente do Tribunal de Justiça do Amazonas recebeu um ofício de
um órgão policial dizendo que havia uma investigação dando conta de um plano
“almejando assassinar o magistrado Luís Carlos Honório de Valois Coelho”, isso
mesmo o presidente do Tribunal onde eu trabalho foi comunicado que havia uma
investigação que indicava estarem querendo me assassinar, ofício encaminhado em
janeiro de 2012.
O presidente do meu tribunal, tranquilamente e sem
pressa nenhuma, assinou um despacho em maio de 2012 mandando me comunicar,
pasmem, por ofício também, que eu estava ameaçado de morte, ofício que só me foi
entregue anteontem, em agosto de 2012.
Ou seja, se eu tivesse que morrer já
teria morrido, apesar do carimbo do presidente do TJAM da época e de toda a
formalidade oficial.
São 19 anos de magistratura que parecem não significar
nada para o Tribunal onde eu trabalho. Me sinto totalmente desprotegido,
desprezado, em uma situação de fragilidade que ninguém gostaria de estar. Meus
filhos, minha família, todos poderiam estar em perigo, enquanto o presidente do
meu tribunal assina um ofício em maio para que eu o receba em agosto me
informando do perigo de vida ocasionado pelo meu trabalho.
Nunca esperei
convocação, acúmulo de vara, nada para acrescentar valores no meu salário, mas o
mínimo que podia esperar da direção do tribunal onde trabalho era consideração
pela minha vida e da minha família.
Se fosse para pedir algo ou até para me
advertir, teriam me telefonado, exigido minha presença no gabinete de quem quer
que seja, mas como é a minha vida, mandaram um ofício protocolado e
lacrado.
Vou tentar não desanimar e continuar meu trabalho que, por ser
ligado ao sistema penitenciário, deve ter menos valor para a cúpula de um poder
que cada vez mais se demonstra distante da sociedade.
Estou triste, muito
triste. Vejam a foto do ofício. Eu retirei o nome da autoridade que comunica a
minha vida ameaçada, porque nem sequer o TJAM pediu explicações sobre a forma ou
os indícios investigados.
Para terminar, o que foi mais absurdo, o Tribunal
do Amazonas manda eu tomar as medidas pertinentes. Agora, que medidas seriam
estas? Parar de trabalhar? Me esconder em um buraco? Morrer? Será que o Tribunal
não teria nenhuma medida para sugerir?
Desprotegido, desprezado, sem
consideração é como me sinto. Absurdo!
Quanto você acha que um juiz é seguro? Quanto você acha que vale o trabalho de um ser humano? Quanto você acha que vale a vida de um funcionário público? Pois para o Tribunal de Justiça do Amazonas não vale nada.
Tenho mostrado por aqui as mazelas do sistema penitenciário, mas o que aconteceu comigo essa semana é o cúmulo dos absurdos de um outro sistema tão defasado quanto o das nossas prisões: o sistema jurídico.
Vejam o que aconteceu: o presidente do Tribunal de Justiça do Amazonas recebeu um ofício de um órgão policial dizendo que havia uma investigação dando conta de um plano “almejando assassinar o magistrado Luís Carlos Honório de Valois Coelho”, isso mesmo o presidente do Tribunal onde eu trabalho foi comunicado que havia uma investigação que indicava estarem querendo me assassinar, ofício encaminhado em janeiro de 2012.
O presidente do meu tribunal, tranquilamente e sem
pressa nenhuma, assinou um despacho em maio de 2012 mandando me comunicar,
pasmem, por ofício também, que eu estava ameaçado de morte, ofício que só me foi
entregue anteontem, em agosto de 2012.
Ou seja, se eu tivesse que morrer já teria morrido, apesar do carimbo do presidente do TJAM da época e de toda a formalidade oficial.
São 19 anos de magistratura que parecem não significar nada para o Tribunal onde eu trabalho. Me sinto totalmente desprotegido, desprezado, em uma situação de fragilidade que ninguém gostaria de estar. Meus filhos, minha família, todos poderiam estar em perigo, enquanto o presidente do meu tribunal assina um ofício em maio para que eu o receba em agosto me informando do perigo de vida ocasionado pelo meu trabalho.
Nunca esperei convocação, acúmulo de vara, nada para acrescentar valores no meu salário, mas o mínimo que podia esperar da direção do tribunal onde trabalho era consideração pela minha vida e da minha família.
Se fosse para pedir algo ou até para me advertir, teriam me telefonado, exigido minha presença no gabinete de quem quer que seja, mas como é a minha vida, mandaram um ofício protocolado e lacrado.
Vou tentar não desanimar e continuar meu trabalho que, por ser ligado ao sistema penitenciário, deve ter menos valor para a cúpula de um poder que cada vez mais se demonstra distante da sociedade.
Estou triste, muito triste. Vejam a foto do ofício. Eu retirei o nome da autoridade que comunica a minha vida ameaçada, porque nem sequer o TJAM pediu explicações sobre a forma ou os indícios investigados.
Para terminar, o que foi mais absurdo, o Tribunal do Amazonas manda eu tomar as medidas pertinentes. Agora, que medidas seriam estas? Parar de trabalhar? Me esconder em um buraco? Morrer? Será que o Tribunal não teria nenhuma medida para sugerir?
Desprotegido, desprezado, sem consideração é como me sinto. Absurdo!
Ou seja, se eu tivesse que morrer já teria morrido, apesar do carimbo do presidente do TJAM da época e de toda a formalidade oficial.
São 19 anos de magistratura que parecem não significar nada para o Tribunal onde eu trabalho. Me sinto totalmente desprotegido, desprezado, em uma situação de fragilidade que ninguém gostaria de estar. Meus filhos, minha família, todos poderiam estar em perigo, enquanto o presidente do meu tribunal assina um ofício em maio para que eu o receba em agosto me informando do perigo de vida ocasionado pelo meu trabalho.
Nunca esperei convocação, acúmulo de vara, nada para acrescentar valores no meu salário, mas o mínimo que podia esperar da direção do tribunal onde trabalho era consideração pela minha vida e da minha família.
Se fosse para pedir algo ou até para me advertir, teriam me telefonado, exigido minha presença no gabinete de quem quer que seja, mas como é a minha vida, mandaram um ofício protocolado e lacrado.
Vou tentar não desanimar e continuar meu trabalho que, por ser ligado ao sistema penitenciário, deve ter menos valor para a cúpula de um poder que cada vez mais se demonstra distante da sociedade.
Estou triste, muito triste. Vejam a foto do ofício. Eu retirei o nome da autoridade que comunica a minha vida ameaçada, porque nem sequer o TJAM pediu explicações sobre a forma ou os indícios investigados.
Para terminar, o que foi mais absurdo, o Tribunal do Amazonas manda eu tomar as medidas pertinentes. Agora, que medidas seriam estas? Parar de trabalhar? Me esconder em um buraco? Morrer? Será que o Tribunal não teria nenhuma medida para sugerir?
Desprotegido, desprezado, sem consideração é como me sinto. Absurdo!
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