Justiça manda dar cidadania
brasileira a garoto haitiano.
A Justiça
Federal incluiu o adolescente haitiano Virgile, de 13 anos, no Programa de
Proteção a Vítimas e Testemunhas e determinou que seja concedida a ele a
cidadania brasileira. A decisão pode criar polêmica em Brasília, já que o
processo de naturalização segue uma disciplina legal rígida. O garoto foi
abandonado em 2009 em São Paulo por um bando de coiotes, traficantes
internacionais de pessoas, que não conseguiram extorquir dinheiro de sua mãe.
"É
uma questão humanitária. A Advocacia-Geral da União pode criar resistência, mas
acho que tornar o menor um brasileirinho é a única forma de minimizar sua
aflição", pondera o juiz Ali Mazloum, da 7.ª Vara Criminal Federal em São
Paulo. "A concessão da cidadania ao menino é medida justa e de bom senso
porque o Brasil é corresponsável pela dramática situação do menor."
Localizado
pela polícia na Estação Itaquera do Metrô, Virgile foi enviado a um abrigo por
ordem do Juízo da Infância e Juventude. Sem documentos, a burocracia do Estado
brasileiro o impediu de viajar à Guiana, onde vive sua mãe - há um mês o
governo haitiano resolveu conceder-lhe o passaporte.
Roberto
J. Pugliese
www.pugliesegomes.com.br
( Fonte –
O Estado de São Paulo )
Nenhum comentário:
Postar um comentário