Ontem, meu amigo Mário Bortolotto, que é dramaturgo,
ator, escritor, poeta, sonoplasta, publicou um texto no Facebook sobre a
fatídica pergunta com a qual nós mortais sempre nos deparamos quando vamos
abrir uma conta no banco, na locadora ou, sei lá, na funerária: “qual a sua
profissão?”
Só pra ver onde ia parar a conversa, uma vez
respondi: “Poeta”.
Seguiu-se o seguinte diálogo:
A atendente: Ah, e além de poesia o que o senhor
faz?
Eu: Nada.
A atendente: Nada?
Eu: Nada.
A atendente: Mas todo mundo faz alguma coisa
Eu: Eu não faço nada.
A atendente: Ah.
Eu: (silêncio).
A atendente: E como o senhor vive?
Eu: Respirando. Não paro um segundo de
respirar.
Roberto J. Pugliese
( Colaboração de Vitor Hugo Noroefé –
colhida do blog Espelunca de Admir Assunção )
Nenhum comentário:
Postar um comentário