Memória nº33
16 cervejas
Foi num sábado de sol em Joinville.
Residiam em São Francisco do Sul e foram ao mercado municipal que aos sábados,
desde as 11 horas até as 16 horas se
apresentava um conjunto que tocava samba e chorinho.
Acomodaram-se na apertada praça de
alimentação, servidos por um dos dois restaurantes que estavam bem lotados, com
as mesas cheias, pediram cervejas e taças de vinho. Ao som variado de tempos
idos, foram degustando acepipes típicos apropriados para essas ocasiões.
Orlando é um bom copo. Lourenço quase idem.
Talvez juntos, conversando, chegam a beber 7 ou 8 garrafas de cervejas. Não
mais que isso numa tarde.
Ao pedirem a conta a surpresa: bolinho
disso, pastelzinho daquilo, duas taças de vinho, talvez quatro... E a bomba: 16 cervejas.
Chegaram ao meio dia e resolveram ir embora
às 15 horas. Não havia condições para terem consumido tantas garrafas. Não
tinham condições físicas, morais, espirituais para tal aventura.
( ......................... )
Aí então começou a confusão.
Reclama daqui. Reclama dali. Ofensa da
garçonete. Discussão com o gerente... Ameaça de chamar a polícia e mais
baixaria.
- Pode chamar a polícia. Não bebemos essa
quantia e não vamos pagar. (...)
Meia hora depois, pagaram dez garrafas e o
restante da conta, deixaram a comanda de despesas com o cheque no balcão e
ameaçados pela garçonete que sugeriu um acidente na estrada de volta como
praga, viraram às costas e retornaram para suas casas em São Francisco do Sul.
Não mais voltaram àquele bar... Quando
voltaram ao mercado, noutras ocasiões, instalaram-se no bar vizinho.
Até hoje 16 cerveja se tornou um símbolo
entre os amigos, que significa que não são beberrões.
Roberto J. Pugliese
www.pugliesegomes.com.brpresidente da Comissão de Direito Notarial e Registros Públicos –OAB-Sc
Membro da Academia Eldoradense de Letras
Membro da Academia Itanhaense de Letras
Titular da Cadeira nº 35 – Academia São José de Letras
Autor de Terrenos de Marinha e seus Acrescidos, Letras Jurídicas
Autor de Direitos das Coisas, Leud
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