TRAGÉDIA
DESTROE ITAÓCA: - Brasil ignora!
Na última segunda feira, dia 13 de janeiro um dos rios
que corta a cidade de Itaóca, no interior paulista, transbordou e começou a
aumentar a trágica situação que teve inicio com o temporal que assolou a região
na madrugada anterior e se projetou até o amanhecer.
Às pressas cerca de 100 imóveis foram desocupados. A
cidade permanecia sem energia elétrica desde a madrugada e os estragos
surpreendentes. Ainda 20% do município permanece sem energia.
Numa primeira contagem, foram seis os mortos, inclusive
uma criança e até agora, já atinge o número de doze, com 15 desaparecidos.
Uma testemunha conta que duas pessoas morreram com um
automóvel que caiu da ponte sobre o rio Palmital, cheio e com a correnteza
extremamente forte. Noutro ponto, as casas foram arrastadas pela enxurrada e os
moradores estavam dormindo e foram juntos.
Diante da tragédia e da confusão, Ivan Lima proprietário
de uma pousada na cidade, abriu as
portas do estabelecimento para atender aos necessitados. Ivan encontrou numa das
ruas da cidade morta uma criança.
São muitas as famílias que ficaram ilhadas. A cidade está
com as estradas intransitáveis. Prejuízos físicos e financeiros incalculáveis.
O acesso à cidade está dificultado com a queda de barreiras. Falta alimento e água
potável.
O Governador do Estado foi ao local e, impressionado,
resolveu permanecer por lá. Dormiu na região e está dando prioridade para
salvar as vítimas. No entanto, o governo federal se omite mais uma vez.
Não é a primeira vez que alguma tragédia advinda de fatos
naturais ocorre no Brasil e no mundo. Também no Estado de São Paulo tem
acontecido com certa frequência. A grande diferença é que o povo paulista,
rotineiramente tem se unido para ajudar a esses eventos desastrosos e
contribuído com valores e bens indispensáveis para reerguer lugares destruídos
pela seca, pela chuva, por terremotos, por desabamentos etc.
São incontáveis as tragédias e a solidariedade paulista é
a regra. Tem sido e sempre será, até porque
pró brasilian fiant eximia é o
dístico do seu brasão de armas. Mas quando o evento se dá no território
paulista, o brasileiro ignora e deixa a Deus
Dará... Salve-se quem puder. Vire-se.
E dessa vez também não foi e parece que não será
diferente.
A presidente Dilma e as autoridades federais não estão se
importando com o que ocorreu em Itaóca. Não demonstraram qualquer interesse em
fornecer ajuda ao pobre município do Vale do Ribeira.
Itaóca é um pequeno município nas proximidades de
Iporanga e Apiaí, no alto Ribeira, cercado de parques estaduais, Mata
Atlantica, cavernas, grutas, cachoeiras, ribeirões e o majestoso rio Ribeira de
Iguape, com uma população estimada em 3.400 habitantes. Um município pobre no
sul do Estado de São Paulo. Precisa de ajuda. O povo clama por ajuda para se
reerguer. As autoridades paulistas e o povo paulista mais uma vez irá a luta e haverá de desempenhar o papel
caridoso e solidário.
Já se registram postos de coletas em diversos municípios
do Estado de São Paulo, inclusive nos situados no Vale do Ribeira. Fora das
fronteiras do Estado, no entanto, o silencio permanece.
Resta o governo federal e o povo brasileiro se apiedar
pelo clamor de um povo que teve sua cidade destruída em menos de 10 horas...
O Expresso Vida se solidariza e informa que ajudas
materiais e donativos podem ser enviados para a Prefeitura Municipal, para a
Defesa Civil e para o Palácio dos Bandeirantes na capital paulista. Também nos
postos das cidades que instalaram para esse fim.
Roberto J. Pugliese
Presidente da Comissão de Direito
Notarial e Registros Públicos –OAB-Sc
Membro da Academia Eldoradense de Letras
Membro da Academia Itanhaense de Letras
Titular da Cadeira nº 35 – Academia São
José de Letras
Autor de Terrenos de Marinha e seus
Acrescidos, Letras Jurídicas
Autor de Direitos das Coisas, Leud
Sócio do Instituto dos Advogados de Santa Catarina
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