03 janeiro 2014

Desorganização total = Turismo em Florianópolis.


Florianópolis: provincianismo contumaz.


 

Lamentável o que se percebe nitidamente na Capital do Estado de Santa Catarina. A cidade tem vocação turísitica dada as belezas de suas praias, lagoas, dunas, montanhas e toda a plástica natural que a qualifica para ser exibida ao mundo inteiro.

 

Mas não basta a arquitetura que na melhor inspiração divina toda a ilha e o sítio ao redor teve o privilégio de ser contemplado. No mundo contemporâneo, quase instantâneo nas comunicações, em que não existe oficialmente a censura para a manifestação de opinião, onde críticas visando melhor aprimorar-se as atividades humanas, a desorganização institucional pesa profundamente na qualificação da cidade em relação a sua qualidade de vida.

 

O IDH é fator que vale na apuração de valores que são contabilizados para classificar-se esta ou aquela cidade no rol de lugares propícios para receberem visitantes de todas as classes e condições.

 

E Florianópolis insiste em não se adequar a singular posição de  ser procurada por gente do mundo inteiro dada a publicidade que naturalmente se espalhou, transmitindo ideia totalmente equivocada da verdadeira realidade caótica e despreparada para qualquer emprendimento de maior grandeza ou qualidade.

 

A passagem de ano, por exemplo, para Florianópolis trata-se de data que o fluxo de visitantes aumenta sobremaneira. Não basta meia hora de exibição de fogos de artifícios na Avenida Beira Mar Norte ou na Ponte Hercílio Luz, com interdição do tráfego de veículos e desorientação geral aos milhares de pessoas que irão circular nas imediações.

 

A organização provinciana do evento, ápice dos festejos de final de ano, não orienta sobre estacionamento de veículos particulares ou pontos de coletivos para transporte de passageiros. Não há sinalização qualquer para suportar gente de níveis culturais e econômicos distintos que se perdem na graciosa capital.

 

Não há policiamento espalhado pela cidade de modo a transmitir segurança a população, com a presença de autoridades fardadas e ajudando a minorar o caótico fluxo de autos que circulam das praias para o local do espetáculo pirotécnico e depois retornam.

 

Os hospitais decretaram as Emergencias fechadas durante os feriados de final de ano. Absurdo, porém verdade.

 

Congestionamentos quilométricos por ausência de policiais  preparados para improvisarem alterações no fluxo de ida e depois de volta.

 

Ademais, falta costumeiramente água na cidade, causando constrangimentos aos comerciantes, principalmente bares, restaurantes, hotéis, pousadas que não podem apresentar higiene de qualidade exigida por turistas mais viajados.

 

Falta luz. O excesso de demanda faz com que haja cortes no fornecimento.

 

Prejuízos econômicos aos que investem na cidade e se frustram.

 

Enfim, situação que contrasta com a vontade de ser um destino turístico de qualidade, fazendo com que a capital catarinense continue uma vila, mal administrada, sem projeto e planejamento para o futuro e o presente, em que explora o turismo numa improvisação inconsebível.

 

Falta gente competente para fazer de Desterro a verdadeira Floripa que seus habitantes querem e os que a visitam pensam que é.

 

Lamentável.

 

Roberto J. Pugliese
www.pugliesegomes.com.br
Membro da Academia Eldoradense de Letras
Membro da Academia Itanhaense de Letras
Titular da Cadeira nº 35 – Academia São José de Letras

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