03 janeiro 2014

São Francisco do Sul: 18º aniversário do acidente da Enseada.



Poder Público Irresponsável e Omisso.


 

O Poder Judiciário prolatou diversas sentenças já transitadas em julgado, demonstrando que as autoridades e o município de São Francisco do Sul foram responsáveis  pela tragédia que ocorreu em 7 de janeiro de 1996, causando graves danos morais e físicos a centenas de populares.

 

No entanto passados dezoito anos os responsáveis se  valem de todos os recursos judiciais e políticos para retardar o cumprimento das decisões, dificultando o resgate dos precatórios. Ignoram o drama daqueles que foram vítimas do acidente que se deu na praia de Ubatuba.

 

A insensibilidade das autoridades municipais omissas e irresponsáveis que gerenciavam a ilha àquela época, como as que as sucederam é a mesma. Não promoveram até hoje qualquer ato que pudesse inibir a busca da justiça através da Justiça e submetendo-se as demandas ordenadas pela Corte, vale-se de regras frias para não sacarem valores, ínfimos, diga-se de passagem, que podem ajudar na recuperação física e mental das vítimas.

 

Salve-se quem puder e como puder.

 

São Francisco do Sul foi manchete internacional dada a desorganização institucional que admitiu fosse erguido palanque mambembe no solo arenoso do seu litoral, sem que vistorias e medidas mínimas de segurança fossem ultimadas.

 

Recentemente, também por falta de fiscalização idônea, a cidade se tornou manchete novamente, dada a fumaça que se espalhou pelo litoral, provocando êxodo massisso dos francisquenses que assim puderam agir, fugindo apavorado de seus domicílios para longe. Restaram os populares sem recursos que se virarem como poderam e sem qualquer auxilio público.

 

Aos costumes, a cidade sofre pelo precário abastecimento de água, cujo manancial  é repartido com a multinacional do aço ali erguida, em detrimento dos habitantes e turistas.

 

Lamentável que anos após anos a maldição do cabecinha demonstra que ainda não foi superada, pois a ausência de poder público eficiente, tem provocado seguidamente cenas inconcebíveis de horror  e cinistros trágicos repetidos tornam radicalmente distorcidas as  imagens da cidade.

 

Até quando? Vamos aguardar. ( Sentados para não cançar. )

 

Roberto J. Pugliese
www.pugliesegomes.com.br
Membro da Academia Eldoradense de Letras
Membro da Academia Itanhaense de Letras
Titular da Cadeira nº 35 – Academia São José de Letras

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