Costa da Lagoa: Visitem a cachoeira com cuidado.
Um impasse sobre
o terreno onde fica a cachoeira da Costa da Lagoa impede que a Associação
de Moradores do bairro amplie a sinalização e a fiscalização para evitar
acidentes, como o que causou a morte no último domingo, dia 19 de janeiro, de
uma jovem de 23 de anos.
O topo da cachoeira fica
a oito metros de altura e o acesso é possível através de duas
trilhas. Quatro placas alertam sobre o perigo, mas não têm sido
suficientes para evitar acidentes graves.
O presidente da Associação,
Amadeu Donato da Conceição, afirma que os moradores já tentaram ampliar o
número de placas e têm a intenção de contratar pessoas para orientar os
turistas, mas não sabem de quem é o terreno onde fica a cachoeira. Havia
um rumor de que o local seria do Estado, porém a Associação foi atrás e não
conseguiu revelar o mistério.
Segundo Savas Laureano, cuja família mora há mais de dois séculos na Costa, nem mesmo os nativos costumam subir no local. Ele conta que a trilha foi aberta quando os moradores viviam da criação de gado na Costa. Os animais pastavam até o topo da cachoeira e utilizavam o caminho. A família dele chegou a perder vacas que iam tomar água no córrego e caiam da cachoeira.
Com os perigos e o fim da atividade, a trilha foi se fechando. Segundo ele, o acesso é difícil e não é possível subir pelas pedras. A mata fechada, porém, não impede que algumas pessoas se aventurem. Por esse motivo, a associação de moradores já cogitou a possibilidade de fechar com cercas o local.
— Lá de cima a vista é panorâmica. Dá para ver a Costa e a Praia do Moçambique. Mas para ver é preciso subir nas pedras. Quando está sol, parece que elas estão secas, mas, na verdade, estão com limo. E é assim que as pessoas costumam cair — revela o morador.
A orientação que os moradores e comerciantes passam aos turistas é que evitem subir acima da piscina natural. Laureano afirma que outras quedas ocorrem nessa área, mas são menos graves e, muitas vezes, geram apenas arranhões.
O Expresso Vida lamenta
profundamente a queda da moça que veio a falecer e recomenda que a Associação
dos Moradores, imediatamente alerte de forma mais contundente os turistas dos
perigos de subir ao topo da cachoeira e clama para que a Prefeitura também tome
providencias e não se omita.
Roberto J. Pugliese
Presidente da Comissão de Direito
Notarial e Registros Públicos –OAB-Sc
Sócio do Instituto dos Advogados de Santa Catarina
( Fonte:Diário Catarinense )
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