A vila das Peças, segundo
relato histórico da memória de velhos moradores da ilha, teve seu surgimento
por volta de meados de 1700, quando o comércio de escravo na baia de
Guaraqueçaba começou a decair até se extinguir por completo.
A população ilha
culturalmente sofreu influencia muito forte dos indígenas da região do Lagamar
e de escravos. Aliás decorre do comércio escravocrata proibido o nome Ilha das
Peças, pois peças eram os negros que contrabandeados eram entregues por lá,
dada a proibição de aportarem com a carga nos portos maiores da região.
Na ilha foram encontradas peças
que serviram para aprisionar os negros entregues, como bolas de ferro,
correntes e outros artefatos que serviam para que não fugissem.
A Ilha das Peças, no litoral
norte paranaense, próximo a Ilha do Cardoso, já no litoral paulista, se
encontram Guarituba e Ponta do Indaiaieiro, pequenas comunidades que constituem
a Vila das Peças, que integra o município de Guaraqueçaba, outrora com a grafia
adotada no titulo desse texto.
A agricultura, a caça, a exploração de madeira, a pesca e o comércio
fizeram parte da história dos habitantes da ilha. Atualmente a principal
atividade é a pesca, além da prestação de serviços. O turismo, artesanato a
maricultura também aparecem no cenário atual. São cerca de 350 pessoas
espalhadas pelas pequenas comunidades da ilha, onde há escola municipal e
escola estadual e diferentes igrejas.
A energia elétrica distribuição e distribuição de água vêm da região de Poruquara, na área continental do municipio.
A ilha integra o Parque
Nacional de Superagui, muito mal gerenciado e em completo abandono.
Segundo os historiadores do
Paraná, foi em Guarakessaba, mais precisamente, na ilha das Peças que a
civilização do Estado surgiu, com a presença dos primeiros colonizadores.
O Expresso Vida recomenda a
visita a região, que integra o Lagamar cujo inicio é em Iguape, passa por Ilha
Comprida, Cananeia, atravessa Guaraqueçaba e atinge a baia de Paranaguá, cuja
fauna marítima e terrestre é bem pitoresca e diferenciada, com famílias de
botos cinza. Aves e animais silvestres também são incluídos na população, com
destaque para o jacaré de papo amarelo e o papagaio de cara roxa entre outros.
A vegetação típica de mata atlântica dá o toque final do
encantamento.
Em oportunidade outra o
Expresso Vida já se referiu a esse santuário ecológico, desconhecido e perdido
na costa litorânea entre o litoral paulista e paranense. ( http://vidaexpressovida.blogspot.com.br/2012/01/ilha-das-pecas-berco-da-natureza-e-do.html
)
São cinco baias que
constituem o estuário: Paranágua, Antonina, Laranjeiras, Pinheiro e Itupeva,
ainda preservardos e que integram a reserva da biosfera, decretado pela Unesco.
Enfim, vai a recomendação:
Visitem as baias, praias, manguezais, entrâncias, costões e toda o patrimônio natural
da costa litorânea norte do Estado do Paraná.
Roberto J. Pugliese
www.pugliesegomes.com.brAutor de Direito das Coisas, Leud
Membro da Academia Itanhaense de Letras.
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