São Paulo
realiza sempre !
No Brasil a realidade é
buscar recursos financeiros junto a União. Uma razão, a principal talvez,
porque o sistema tributário constitucional centraliza a arrecadação e depois
redistribui tornando a federação capenga. Outra razão é que pelo país à fora,
são poucos os Estados da Federação que tem arrecadação suficiente para
manterem-se, sendo certo que a maioria sobrevive dos recursos advindos do
repasse federal.
Nesse diapasão injusto,
legalmente institucionalizado, a maioria dos Estados, se pretendem construir um
hospital ou abrir uma estrada, levantar uma escola ou tomar alguma iniciativa
no âmbito de sua competência, depende financeiramente da União e seus deputados
e senadores no inicio de cada ano, brigam na aprovação do orçamento federal,
para que inclua percentuais com determinados fins que beneficiem seus
eleitorados e regiões.
Comum o deputado de uma
determinada região conseguir emenda ao orçamento federal para que lá, seja
erguida a ponte de 13 m. apenas, que uma dois bairros de certa cidade sem
destaque nacional, pois somente com recursos vindos de Brasilia, a ponte
necessária para a população local poderá ser construída.
Palhaça institucionalizada
que fere o principio federativo.
No Estado de São Paulo no
entanto a realidade é outra. Ainda que os maiores recursos financeiros do país
sejam federais, o Estado e os Municipios, por tradição histórica, se valem de
seus próprios recursos e ultimam inciativas destinadas a atender reclamos de
seus habitantes.
A ponte ou o posto de saúde
ou mesmo a delegacia de policia de determinado distrito, construída pelo
município ou pelo Estado, dificilmente se vale de recursos federais e raramente
a fundo perdido.
Um exemplo que vale ser
denunciado é que ao findar o presente ano de 2012, o governador do Estado,
abriu os cofres do Estado, e autorizou fossem desapropriadas diversas áreas
junto a Rodovia Raposo Tavares, no interior paulista, para duplicação da
estrada que é estadual.
Enquanto isso ocorre, com o
intuito de dar mais segurança aos 10 mil usuários que transitam naquele trecho
diariamente, facilitando o trafégo de carros e caminhões, a Rodovia Regis
Bitencourt, BR 116, no treco que une Juquitiba e Miracatu, na Serra do Cafezal,
continua com pista simples, mesmo com o trafego de 40 mil veículos diários
normalmente.
São Paulo faz.
Está sempre realizando. Agora
é a ponte e a via elevada que saindo das imediações de Cubatão, chegará ao
Guarujá atravessando o estuário e o porto, que já tem recursos alocados. Nesse
mesmo tempo, em Santa Catarina, um dos Estados considerados ricos na federação,
continua com pires na mão, buscando ajuda federal para construir ponte ou túnel
ligando a ilha de Santa Catarina ao continente. E nada sai do papel e da
politicagem.
É lamentável que o país não seja
administrado por São Paulo e a federação seja uma balela mentirosa. Lamentável que apenas 30% dos recursos
gerados no Estado de São Paulo depois de seguirem para Brasilia, retornem, pois
se a partilha fosse mais justa, a qualidade de vida no Estado seria menos
indigna.
Enfim, o Expresso Vida
aguarda que as autoridades paulistas que tenham representatividade ultimem
providencias enérgicas e defendam o direito do povo que representa.
Por oportuno, aproveita para
expressar publicamente, votos de felicidades ao laborioso povo paulistano oriundo
de todos os cantos do planeta, que trabalhando incessantemente diuturnamente,
ajudam o engrandecimento da nação, pela passagem dos 459 anos de fundação da
cidade de São Paulo no dia 25 de janeiro.
Roberto J. Pugliese
www.pugliesegomes.com.brAutor de Direito das Coisas, Leud
Membro da Academia Itanhaense de Letras.
Nenhum comentário:
Postar um comentário