Para a
querida São Paulo de sempre!
A
semana de 25 de janeiro é para nós paulistas e paulistanos tempo de festas. De
alegria em comemoração pelo aniversário da grande cidade que, pitoresca desde a
santa fundação, à sombra do Colégio de Jesuítas do platô da Sé, ao longo de sua
rica história tem motivos de sobra para orgulhar seus filhos: Detentora de
generosidade singular sabe bem receber seus tantos e tantos migrantes a par de
por tradição de seu povo ajudar a quem precisa.
Trata-se
da mais pujante das pujantes metrópoles porque vive por si. Não é dependente. É
líder, conduz, não é conduzida.
A honra
de ser paulista e paulistano não se limita aos seus filhos naturais. Os
chegantes adotivos, milhões que atravessam o país e o mundo para nela se
estabelecer, por serem tratados indiscriminadamente como iguais e sentirem-se
queridos, inflam seus peitos de orgulho e afirmam alto e em bom som que são da
cidade, e por sê-los, se consideram vencedores.
Sim, o
paulista é vencedor.
A
cidade vibra sempre acesa. Não cochila. É o ponto de partida e o objetivo final
para a difícil trajetória do cotidiano brasileiro. Mutante, segue sempre
avante. Todo dia se transforma sem desprezar o passado, pensando no futuro. É a
explosão diária da nova dinâmica do sucesso.
É a
cidade própria dos que agem e pensam grande. Paradigma do arrojo, o paulista
mantem o espírito da aventura de seus antepassados desbravando as entranhas do
conhecimento.
E no
caótico cotidiano paulistano, com as chaminés de suas indústrias poluídas pela
fumaça do trabalho de seus operários, a cidade embaçada pela fuligem cinza que
escapa do movimento incessante de tanta gente, S. Paulo é paradoxal e da
aparente insensibilidade dos que nela transitam,surge a doce metrópole das
artes, na qual, o poeta tem espaço para
alinhavar suas estrofes e ainda se escutam canções cuja melodia vem no embalo
de seus compositores. São Paulo canta a música dos trovadores que vieram de
longe por terem seus talentos rejeitados.
A
laboriosa metrópole se faz limpa, leve, musical e colorida pelo balsamo dos
seus artistas.
Mesmo
trágica, sob as enxurradas das tempestades constantes e intermináveis
congestionamentos de veículos o laborioso povo encontra tempo para os cafés, os
teatros,as casas de diversões. Crente, freqüenta os incontáveis templos de
todos os credos.
Maravilhosamente
elegante, sua moda faz do tempo o templo das linhas retas e curvas arrojadas. A
cidade abriga os mais notáveis intelectuais; os mais brilhantes cientistas e os
mais dedicados juristas. E suas universidades
ensinam o mundo.
Solidariedade
impar. Recebe carinhosamente a todos. Independente da origem e dos destinos, o
paulista e o paulistano valorizam o trabalho dos que nela se instalam para
vencer.
É a
terra que pertence ao mundo. Não tem fronteiras.
Liderando
e impondo suas razões de forma a mostrar que sabe como ninguém, o paulistano
soberbo não exibe modéstia: Trabalha, organiza, resolve, constrói e sem cessar,
nunca se cansa e atento está ao lado de todos que dele se socorrem. Arrogante,
é sempre, naturalmente o comandante. Orgulha-se de saber impor o caminho do
sucesso e trazer soluções: Em
S. Paulo , no Brasil e no exterior.
S.
Paulo é a síntese de todas as sínteses do país. É a síntese do século XXI
Enfim,
aproveitando a festa, conto o segredo: O privilégio de nela nascer é benção que
ilumina caminhos. Agradeço aos meus Protetores a graça de te-la vivido e nas
entranhas de suas avenidas, becos, prédios, vielas, parques, jardins, escadas,
túneis e vilas ter sobrevivido e dentro de seus confins conhecido o melhor saber.
É a
própria escola da vida. É o melhor conhecimento. É a arte, o esporte a ciência.
São Paulo ereta tem tudo; é tudo; é simplesmente o resumo de tudo.
Parabéns
a todos que ajudam a construí-la, fazendo do asfalto que a tinge de suor
vermelho do sangue heróico de seus habitantes, a maior metrópole
cristã,solidária, humana e paulistana.
Parabéns
aos que movidos pela ambição, transformam o cimento árido de suas incontáveis
construções, o adocicado perfume da calorosa metrópole sempre nascente.
Non
Duco, Ducor.
Parabéns!
Roberto J. Pugliese
Autor de Direito das Coisas,
Leud
Membro da Academia Itanhaense de
Letras.
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