27 janeiro 2013

LIXO NO LITORAL


Lixo no litoral.

Veranistas  do litoral paranaense estão insatisfeitos com a coleta de lixo nas praias. A situação mais alarmante se dá em Pontal do Paraná. Em Matinhos e Guaratuba a situação não é tão grave, mas também há acúmulo de lixo em algumas regiões.

Muitos proprietários de imóveis situados na região, residentes noutras cidades e costumam ir ao litoral paranaense veranear, estão bastante desanimados.

 “Fico desanimado em vir para minha casa na temporada e não ter uma coleta de lixo eficiente. As crianças não podem brincar em frente de casa pois tropeçam em sacos de lixo que estão há dias na calçada”, diz o empresário Gustavo Vieira, que veraneia em Pontal do Paraná.

Mas os moradores das cidades, com o aumento de 30% da produção de lixo, também ficam desgostosos. E o comércio das cidades litorâneas também sai perdendo.

De acordo com Marcelino A. Kobata, membro do Conselho da Associação das Micro e Pequenas empresas do litoral do Paraná (Ampec-PR), o comércio local também saiu prejudicado. “Aumentou muito o número de veranistas em comparação ao verão passado. É muita gente para pouca estrutura. Passei nos balneários de Atami e Primavera e o acúmulo de lixo lá estava crítico”, afirma Marcelino.

O Expresso Vida é solidário à população local e visitante do litoral paranaense, mas adianta que essa falta de estrutura e higiene não se limita a essa região. Praticamente o litoral brasileiro inteiro, durante a temporada de verão, até praticamente o carnaval, fica tumultuada e com os serviços públicos bem acanhados diante da realidade que repentinamente transforma cidades, vilas e balneários, com aumento bem saliente da população, provocando falta de água, corte de energia elétrica, ausência de transporte público adequado, repartições policiais com excesso de público e até falta de atendimento médico hospitalar condizente.

O litoral brasileiro é picoteado de ilhas. Na costa de Angra dos Reis são trezentos e sessenta e cinco, contam as chamadas turísticas, com destaque para a preciosa Ilha Grande, outro exemplo da falta de planejamento do turismo brasileiro.

Nos meses de verão, quando milhares de visitantes atravessam de Mangaratiba ou de Angra dos Reis para as várias comunidades da ilha, além das embarcações particulares, faz com que o excesso de pessoas, polua socialmente a encantada maravilha do litoral carioca. E tudo porque, de um lado, a população, com raras e singulares exceções não tem educação mínima e de outro, o Poder Público não dá a mínima estrutura para que o turista, o veranista e o visitante a freqüente.

Então, tanto na Ilha Grande, ou na Ilha do Mel, ou em qualquer outra ilha maravilhosa da costa brasileira, com o enorme fluxo de pessoas, não há policiais suficiente e os serviços públicos ficam bem aquém das necessidades... faltam profissionais qualificados até para carregar malas de quem desembarca e vai para uma pousada, distante as vezes quinhentos metros do peer.

Enfim, o Expresso Vida lamenta profundamente o quadro tétrico do turismo desestruturado de Pindorama.

Roberto J. Pugliese
www.pugliesegomes.com.br
Autor de Direito das Coisas, Leud
Membro da Academia Itanhaense de Letras.

( Fonte= praias do Paraná.com.br )

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