São Paulo Futebol Clube comemora 50 anos
da tragédia aplicada no Santos Futebol Clube.
No dia 15 de agosto de 1963, uma quinta feira, no Estádio Paulo
Machado de Carvalho, o charmoso Pacaembu, o Santos e o São Paulo se enfrentaram
pelo campeonato paulista. E o clube praiano fugiu de campo...
Vale recordar com minúcias.
Recordo-me com muita alegria
que ouvi o jogo pelo rádio, em casa, à rua Senna Madureira, na Vila Clementino,
em São Paulo.
“
Era o Campeonato Paulista de 1963, Santos e Palmeiras já abriam uma vantagem na tabela de classificação do torneio. O São Paulo fazia um campeonato morno, ocupando o meio da tabela. Então chegou o dia de enfrentar o Santos.
Em 1963 o time praiano já era tricampeão paulista, bicampeão da Taça Brasil, campeão do Torneio Rio-São Paulo, da Libertadores da América e do Mundial Interclubes, santistas naquele dia esperavam uma goleada.
Era o Campeonato Paulista de 1963, Santos e Palmeiras já abriam uma vantagem na tabela de classificação do torneio. O São Paulo fazia um campeonato morno, ocupando o meio da tabela. Então chegou o dia de enfrentar o Santos.
Em 1963 o time praiano já era tricampeão paulista, bicampeão da Taça Brasil, campeão do Torneio Rio-São Paulo, da Libertadores da América e do Mundial Interclubes, santistas naquele dia esperavam uma goleada.
No São Paulo ainda estava guardada na memória a lembrança
do último confronto contra o Santos, na partida pelo Rio-São Paulo o Santos
venceu o Tricolor por 6x2. A derrota ainda estava engasgada na garganta como
uma espinha de peixe, mas o São Paulo foi para o jogo contra o temido Santos. O
palco para o clássico seria o mesmo, o Pacaembu, dia 15 de agosto, em uma
quinta-feira à tarde. Apesar da data e do horário desfavoráveis para um jogo
dessa magnitude, 60 mil testemunhas estavam presentes para um capítulo glorioso
da história do São Paulo Futebol Clube.
O jogo começou e logo aos 5 minutos do 1° tempo, Faustino abriria o placar para o Tricolor, recebendo um passe de Cecílio Martinez, partindo da direita para o meio, passou por dois zagueiros, se aproximou da entrada da área e chutou rasteiro, no canto de Gilmar, uma pintura. Aos 21, após cruzamento de Dorval, Pelé subiu mais alto que a zaga e empatou de cabeça, 1 x 1.
O jogo foi equilibrado até os 37 minutos, mas Pagão e Benê
fizeram questão de desequilibrar, em uma linda e envolvente tabela entre os
dois, Benê recebe livre diante do goleiro, toca para o fundo da rede, 2 x 1.
Três minutos depois, Sabino recebeu passe de Martinez e finalizou, 3 x 1 para o
Tricolor. A partir de então deu-se início a confusão, jogadores do Santos
partiram pra cima do árbitro Armando Marques por ter validado o gol do São
Paulo mesmo com o bandeirinha tendo assinalado impedimento. O árbitro não
tolerou as reclamações, principalmente por parte de Coutinho que chegou a
chamar o árbitro de "florzinha" e também de Pelé, expulsando os dois
de campo.
Sem
sucesso nos argumentos, o Santos teria que voltar para o segundo tempo com
apenas nove jogadores.
"...Com a
vantagem de 3 x 1 no marcador, 11 contra 9 em campo e com mais 45 minutos de
tempo pela frente, a chance de o São Paulo aplicar uma estrondosa goleada no
Santos era enorme. Não uma sova qualquer, de 5 ou 6 x 1, mas um massacre de 8
ou 9, que poderia virar manchete no mundo todo, justamente no momento em que o
Peixe começava a se destacar internacionalmente. Seria um escândalo..."Livro Dentre os Grandes, És o Primeiro; de Conrado
Giacomini (2005).
No intervalo do jogo, o comentário geral nas arquibancadas era de que o Santos FC não voltaria para o jogo com medo de um vexame certo.
Em uma conversa ainda no intervalo do jogo, Dr. Nélson Consetino (médico do Santos) falou para Oswaldo Brandão, técnico do São Paulo, que o jogo não acabaria e que o Santos melaria a partida.
No intervalo do jogo, o comentário geral nas arquibancadas era de que o Santos FC não voltaria para o jogo com medo de um vexame certo.
Em uma conversa ainda no intervalo do jogo, Dr. Nélson Consetino (médico do Santos) falou para Oswaldo Brandão, técnico do São Paulo, que o jogo não acabaria e que o Santos melaria a partida.
A dúvida naquela hora era se o Santos voltaria ou não para o jogo, grande apreensão por parte da torcida, até que o Santos voltou sim para o campo, porém haviam ido para o intervalo com nove jogadores e retornaram com oito. O lateral Aparecido, estreante da noite, misteriosamente contundiu-se no vestiário, estava iniciada a farsa. O jogo recomeçou e aos três minutos começou a marmelada, Pepe, depois de uma trombada, se joga ao chão como se estivesse praticamente morto. Para sacramentar o vexame, aos 7 minutos, Dias faz um lançamento perfeito, Pagão recebe e marca o 4° gol do Tricolor, depois disso não havia mais o que ser feito por parte do Santos, era o indecente cai-cai ou uma derrota estratosférica!
A
escolha foi feita, na saída de bola do Santos, Dorval vai ao chão e de lá não
mais levanta. Com seis jogadores em campo seria impossível prosseguir com a
partida, pois o Santos não tinha o número mínimo de 7 jogadores em campo, os
jogadores do São Paulo até tentaram convencer os santistas a parar com o
cai-cai e voltar ao jogo, mas não houve jeito, o medo de perder vexatoriamente
falou mais alto e o Santos optou pela humilhante solução de fugir.
O
centenário time praiano tem como maior orgulho o legado de Pelé e companhia.
Considerado o melhor esquadrão de todos os tempos, o Santos um dia foi covarde,
pequeno e fugiu de campo, fato pouco divulgado e jamais citado em DVD’s
comemorativos ou livros da história do clube.
Naquele ano o São Paulo viria a ser o vice campeão, o título ficou com o Palmeiras, mas muito mais importante do que aquele vice-campeonato é só o fato de qualquer São Paulino poder dizer até hoje com muito orgulho, que um dia, o todo-poderoso time do "Rei do futebol" fugiu de campo com medo do SÃO PAULO FUTEBOL CLUBE! “
Naquele ano o São Paulo viria a ser o vice campeão, o título ficou com o Palmeiras, mas muito mais importante do que aquele vice-campeonato é só o fato de qualquer São Paulino poder dizer até hoje com muito orgulho, que um dia, o todo-poderoso time do "Rei do futebol" fugiu de campo com medo do SÃO PAULO FUTEBOL CLUBE! “
Roberto J. Pugliese
www.pugliesegomes.com.brpresidente da Comissão de Direito Notarial e Registros Públicos –OAB-Sc
Membro da Academia Eldoradense de Letras
Membro da Academia Itanhaense de Letras
Titular da Cadeira nº 35 – Academia São José de Letras
Autor de Terrenos de Marinha e seus Acrescidos, Letras Jurídicas
Autor de Direitos das Coisas, Leud
( Fonte – Blog São Paulo 24 horas )
Nenhum comentário:
Postar um comentário