Os
guardiões do mundo estão espionando o país. Tudo leva a crer que bisbilhoteiam
não apenas o Brasil, mas todo o universo. Tem tecnologia e poderes para
tanto.Violam pois tratados internacionais celebrados e ignoram princípios
éticos e de relações entre os povos. Eles mandam e desmandam.
O
Brasil, pobre Brasil, um paiseco do sul da linha do equador, que se acha
potencia e se clássifica entre os emergentes, ou seja, os que pensam que são,
mas não são, depois de anos de história de submissão interna e externa, ainda
não conseguiu se firmar como estado soberano, democrático, republicano com
todas as condições políticas de se impor interna e externamente.
Nada
disso ocorre e os Estados Unidos da América, a maior nação do mundo, que não
conseguiu invadir Cuba e levou uma sova dos vietnamitas, tem incontáveis meios
e tem o Brazil sob sua tutela. Sabe que é o grande soberano,
que se impõe e faz valer a sua vontade e prepotência imperial conhecida. Por
bem ou por mau, manda.
Infelizmente
o país tem autoridades subservientes e sem criatividade suficiente para
enfrentar os gringos. Sempre foi assim e assim permanece. E o povo bastardo
também não está nem aí: Os formadores de opiniões querem continuar consumindo
em Miami, estudando na Europa e explorando o povão através dos latifúndios
concentradores de renda; dos cartórios, dos engenhos decadentes do nordeste,
das indústrias de fachadas de Manaus, da elite bode expiatório de São
Paulo, dos políticos de primeiro, segundo, terceiro e quarto escalões, enfim,
querem que os pobres, os esquecidos e os deserdados se lixem. E a classe média,
filha promissora das classes C, D e E, não olha nem para os lados e quer ter
seu próprio negócio, urbano ou rural e, também passar o carnaval em Buenos
Ayres ou o 7 de Setembro em Lisboa. ( Pra que esse feriado? )
Triste
e cultural o subservientismo e euismo
do brasileiro, que não se importa com o próximo, com a sociedade e com o
próprio país.
Enfim,
como não podemos enfrentar os irmãos do norte ( dizem que são irmãos, mas não
meu ) pelas armas e pela competência,
não vamos fazer nada. Mas poderíamos.
Sim,
poderíamos fechar as fronteiras, impedir que mercadorias made in China, mas com sotaque novaiorquino entrasse no país; que
as empresas deles aqui instaladas, as concessionárias de serviços públicos que
estão nas mãos dele e até as pessoas
físicas de nacionalidade norteamericana, remetessem seus elevados lucros para
Washington, inclusive pastores e missionários gringos.
Sim,
poderíamos barrar a indústria cinematográfica americana em represália. Baita preju para Holliwood que tem no solo
tupiniquim campo infindável de venda de porcaria e serve de instrumento de
alienação mental...
Sim,
poderíamos cassar a TV Globo, a longa
manu que desde a origem trabalha por eles contra nós...
Enfim,
sim poderíamos, sem tirar se quer um
canivete ou estilingue do bolso, botar o tio San para correr, impedindo
inclusive que cidadãos brasileiros fossem gastar suas fortunas naquela terra da
liberdade (? ) e fazer uma porção de coisas contra os donos do mundo, pois
somos 9 milhões de km2 com 200 milhões de habitantes que podem sozinhos se
virar.
Até
satélite podemos lançar em Alcantara com menos combustível que se gasta no cabo
Canaveral... até nisso levamos vantagem.
Ao
invés do Itamaraty estudar, estudar e estudar medidas, deveria de plano, chamar
nosso embaixador em Washington e expulsar do território nacional os agentes da
Cia que trabalham por aqui autorizados. E prender os desautorizados.
Sim,
deveríamos mostrar que “ ou ficar a
pátria livre, ou morrer pelo Brasil, “ pode ser um ato azul, escrito com a
caneta firme das autoridades, sem qualquer ação truculenta: Reclamar na OEA, na
ONU e no raio que os parta... mas reclamar. Afinal temos o pré-sal e temos que
cuidar.
Enfim...
para não cansar, apenas lamento profundamente a ausência, nestes momentos que
se exige personalidade e amor a essa nação sofrida ( falei nação ), a ausencia
do gaucho Leonel Brizolla, do mineiro José Joaquim da Silva Xavier, do
paulista José Bonifácio de Andrade e
Silva e de outros líderes nacionailistas que saberiam lidar com o momento
atual, melhor do que todo o staff de técnicos, políticos e administradores que
dispomos.
Lamento
até que tenhamos que aguardar que um sem números de assinaturas sejam colhidas
para se instalar a CPI da Espionagem
pelo Congresso que está tão desgastado como o está o governo e as autoridades
de um modo geral.
Enfim,
lamento a ausência daqueles que poderiam fazer o país se impor e IMPOR pela
firmeza de gestos.
Roberto J. Pugliese
www.pugliesegomes.com.brpresidente da Comissão de Direito Notarial e Registros Públicos –OAB-Sc
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