Organizações Globo: longa manu yankee.
A mídia alternativa vem a
público apresentando denúncias graves contra as organizações Globo nos últimos
meses. A pressão provocada pelas denuncias está causando grande constrangimento
a todo mega empreendimento empresarial global, notadamente nas suas emissoras
de televisão.
A Globo manda e desmanda há
anos. Não respeita ninguém.
Só essa condição financeira
já é o bastante para se aparar as azas das Organizações Globo, pois dinheiro e
poder aliados torna-se ameaçador e, nos últimos 50 anos, o que se presencia é o
grupo impor condições ao regime. Foi servil aos militares e agiu em conluio com
a cúpula ditatorial da época e é servil ao capital internacional, notadamente
sendo o braço principal do Império Americano no país.
Ganhou muitos favores das
autoridades ao longo desse meio século de TV. Criou mitos e destruiu uma porção
de gente que não se alinhou à sua cartilha.
De modo cruel administrou os
próprios interesses ignorando o fato de ser concessionária de um serviço
público e ter o dever de servir à coletividade e à sociedade de um modo idôneo.
Assim, sem uma atitude
enérgica das autoridades federais, dificilmente esse poderio financeiro e de
influencia estancará seus domínios.
Mas parece que falta coragem
de quem deveria te-la e restou parcela consciente da população, que nas ruas,
tem agredido moralmente a Globo, que hoje, indubitavelmente é o maior símbolo
do neoliberalismo, do capitalismo selvagem, dos gringos imperialistas e de tudo
mais que possa ser nocivo à sociedade e ao país.
De repente as manifestações
contra a Globo impuseram que para se defender do povo, que deveria ser seu
primeiro e maior aliado, um recuo e disfarce para evitar o confronto. Mas mesmo
assim, não está logrando êxito essa estratégia.
Suas filiais em todo o país
estão recebendo toneladas de estrumes de porcos. O povo revoltado e indignado
Despeja nas cercanias de suas emissoras caçambas de merda, sempre alertando que
o povo está devolvendo o que vem recebendo há 50 anos...
Seus principais reportes não
podem mais trabalhar nas vias públicas e são obrigados a ficar no alto de
prédios, pois a população vaia, agride moralmente, xinga ... esculacha esses
profissionais vendidos, a serviço dos interesses da família Marinho.
Do mesmo modo a audiência vem
perdendo pontos não só para as concorrentes, mas também para a mídia
eletrônica.
A situação não é boa e a
pressão popular tem provocado recuo nas costumeiras largadas, a ponto de num editorial, foi lido no Jornal Nacional,
um breve discurso,justificando que equivocou-se ao apoiar a ditadura.
A Globo pediu desculpas à população.
Como se isso servisse para recompor a tragédia que causou, cujos efeitos se
sente até os nossos dias.
Mas se a tentativa de
justificar, para a população nas ruas, não justificou nada, os velhos
militares, também não se agradaram dessas desculpas amareladas.
O Clube Militar, que reúne os
"milicos de pijama" saudosos da ditadura, divulgou em seu site uma
dura nota contra "a covardia do último grande jornal carioca". O
texto, assinado pelo general de divisão Clóvis Purper Bandeira, assessor da presidência
da entidade, repõe algumas verdades históricas sobre a participação das
Organizações Globo no golpe e também na ditadura, mas revela todo o rancor dos
golpistas. Vale conferir: “ ... Equívoco, uma ova.
Numa mudança de posição drástica, o jornal O Globo acaba de denunciar seu apoio histórico à Revolução de 1964. Alega, como justificativa para renegar sua posição de décadas, que se tratou de um “equívoco redacional”.
Numa mudança de posição drástica, o jornal O Globo acaba de denunciar seu apoio histórico à Revolução de 1964. Alega, como justificativa para renegar sua posição de décadas, que se tratou de um “equívoco redacional”.
Dos grandes jornais existentes à época, o único sobrevivente
carioca como mídia diária impressa é O Globo. Depositário de artigos que
relatam a história da cidade, do país e do mundo por mais de oitenta anos,
acaba de lançar um portal na Internet com todas as edições digitalizadas, o que
facilita sobremaneira a pesquisa de sua visão da história.
Pouca gente tinha paciência e tempo para buscar nas coleções das bibliotecas, muitas vezes incompletas, os artigos do passado. Agora, porém, com a facilidade de poder pesquisar em casa ou no trabalho, por meio do portal eletrônico, muitos puderam ler o que foi publicado na década de 60 pelo jornalão, e por certo ficaram surpresos pelo apoio irrestrito e entusiasta que o mesmo prestou à derrubada do governo Goulart e aos governos dos militares. Nisso, aliás, era acompanhado pela grande maioria da população e dos órgãos de imprensa.
Pouca gente tinha paciência e tempo para buscar nas coleções das bibliotecas, muitas vezes incompletas, os artigos do passado. Agora, porém, com a facilidade de poder pesquisar em casa ou no trabalho, por meio do portal eletrônico, muitos puderam ler o que foi publicado na década de 60 pelo jornalão, e por certo ficaram surpresos pelo apoio irrestrito e entusiasta que o mesmo prestou à derrubada do governo Goulart e aos governos dos militares. Nisso, aliás, era acompanhado pela grande maioria da população e dos órgãos de imprensa.
Pressionado pelo poder político e econômico do governo, sob a
constante ameaça do “controle social da mídia” – no jargão politicamente
correto que encobre as diversas tentativas petistas de censurar a imprensa – o
periódico sucumbiu e renega, hoje, o que defendeu ardorosamente ontem.
Alega, assim, que sua posição naqueles dias difíceis foi resultado
de um equívoco da redação, talvez desorientada pela rapidez dos acontecimentos
e pela variedade de versões que corriam sobre a situação do país.
Dupla mentira: em primeiro lugar, o apoio ao Movimento de 64
ocorreu antes, durante e por muito tempo depois da deposição de Jango; em
segundo lugar, não se trata de posição equivocada “da redação”, mas de
posicionamento político firmemente defendido por seu proprietário, diretor e
redator chefe, Roberto Marinho, como comprovam as edições da época; em segundo
lugar, não foi, também, como fica insinuado, uma posição passageira revista
depois de curto período de engano, pois dez anos depois da revolução, na edição
de 31 de março de 1974, em editorial de primeira página, o jornal publica
derramados elogios ao Movimento; e em 7 de abril de 1984, vinte anos passados,
Roberto Marinho publicou editorial assinado, na primeira página, intitulado “Julgamento
da Revolução”, cuja leitura não deixa dúvida sobre a adesão e firme
participação do jornal nos acontecimentos de 1964 e nas décadas seguintes.
Declarar agora que se tratou de um “equívoco da redação” é mentira deslavada.
Declarar agora que se tratou de um “equívoco da redação” é mentira deslavada.
Equívoco, uma ova! Trata-se de revisionismo, adesismo e covardia
do último grande jornal carioca.
Nossos pêsames aos leitores. “
A Globo está acuada.
Indisfarçavelmente amedrontada, até porque sonegou uma baita grana e pode, com
isso, perder as concessões públicas que detem. Aliás, já deveriam estar
suspensas essas concessões.
Mas a verdade é outra. A Globo
mente, aliás,aos costumes tradicionais, ao apresentar o editorial reconhecendo
seu erro.
O
editorial do Globo começa mentindo: não foi um “apoio editorial”. O jornal,
junto com os outros que ele cita – quase toda a mídia da época, que quase toda
ainda anda por aí –, participou do bloco golpista que criou o clima favorável
ao golpe, promoveu as “Marchas da Família, com Deus, pela Liberdade”, que
funcionavam para tentar passar a ideia de que a população pedia um golpe
militar.
Apoiou o golpe, buscou sua legitimidade e apoiou a ditadura militar ao longo de toda sua existência. E seguiu justificando-a até agora.
Não apoiou apenas o golpe. Apoiou tudo o que ditadura fez de ignominioso: desde todas as formas de repressão – prisões arbitrárias, torturas, execuções, condenações sem provas, etc. etc. Apoiou a política de superexploração dos trabalhadores com o arrocho salarial, que permitiu a recuperação da economia, com um modelo de favorecimento dos ricos e dos capitais estrangeiros, em detrimento da massa da população e das pequenas e médias empresas nacionais.
Apoiou o golpe, buscou sua legitimidade e apoiou a ditadura militar ao longo de toda sua existência. E seguiu justificando-a até agora.
Não apoiou apenas o golpe. Apoiou tudo o que ditadura fez de ignominioso: desde todas as formas de repressão – prisões arbitrárias, torturas, execuções, condenações sem provas, etc. etc. Apoiou a política de superexploração dos trabalhadores com o arrocho salarial, que permitiu a recuperação da economia, com um modelo de favorecimento dos ricos e dos capitais estrangeiros, em detrimento da massa da população e das pequenas e médias empresas nacionais.
Apoiou inclusive o famigerado AI-5, que terminou de
liquidar com os pequenos espaços de oposição ainda existentes. Saudou o golpe,
a ditadura, a repressão, a liquidação da democracia, tudo em nome da
“democracia”, que ressurgiria.
Se opôs à democratização do país, às eleições diretas, ao direito de o povo
brasileiro escolher seu presidente pelo voto universal, foi favorável à
auto-anistia – vigente até hoje – imposta pelos militares.
Se projetou como a porta-voz oficial da ditadura, se enriqueceu com as vantagens que a ditadura lhe propiciou e que são responsáveis, até hoje, pelos privilégios que a Globo tem.
Se projetou como a porta-voz oficial da ditadura, se enriqueceu com as vantagens que a ditadura lhe propiciou e que são responsáveis, até hoje, pelos privilégios que a Globo tem.
Se poderia listar muito mais monstruosidades que a Globo apoiou e de que
participou ativamente. Não foi um “mau momento”, um “equívoco” de avaliação no
“apoio editorial” a uma circunstância concreta.
Foi uma posição firme e forte a favor da ditadura e contra a democracia, a favor das elites e dos interesses estrangeiros, e contra o povo e o Brasil.
Foi uma posição firme e forte a favor da ditadura e contra a democracia, a favor das elites e dos interesses estrangeiros, e contra o povo e o Brasil.
Por que agora esse “arrependimento”? Não foi
arrependimento, senão não teria o cinismo de tentar restringir o erro a um
“apoio editorial”. Teria feito autocrítica da participação ativa no mais
hediondo regime que o Brasil já teve.
Em parte, como confessam, é “vergonha”, porque pessoas jogam na cara deles ter participado do golpe e da ditadura. Tentam se limpar disso, dar álibis aos que colaboram com seus órgãos de imprensa, de que “fizeram autocrítica”.
Que chega a poucos meses de se completar 50 anos do golpe e do início da ditadura. Por que não o fizeram durante a ditadura? Por que não o fizeram no começo da democratização? Por que não o fizeram em outro momento?
Porque estão cansados de ser derrotados, de ser execrados, de ter manifestações diante das suas sedes, de ter seus jornalistas repudiados pelas manifestações dos jovens, de saber que está consagrado “O povo não é bobo / Abaixo a Rede Globo”, porque sabem que não tem credibilidade alguma. Que seus principais jornalistas são vítimas das chacotas e do ridículo.
O editorial expressa conveniência de uma nova reconversão da empresa – em crise econômica, de audiência e com credibilidade zero. Não por acaso, ao mesmo tempo, os filhos do fundador foram visitar o Lula, depois de tripudiar contra ele durante mais de 10 anos.
Tirarão consequências do editorial? Mudarão radicalmente a orientação e a plana maior que da continuidade ao apoio e participação no golpe e na ditadura, ou seguirão como tem sido nestes 50 anos?
É por conveniência, envergonhada, sem convencimento algum, que a Globo faz como se fosse emendar rumos a partir do editorial. Quer limpar sua imagem diante de uma opinião pública que despreza o que o jornal fiz e opina.
Se dão conta que se desviaram ainda mais do Brasil real quando, depois de apoiarem os governos fracassados de Sarney, Collor e FHC, se opõem frontalmente aos governos que o povo brasileiro mais apoiou e apoia e que deve reeleger de novo. Se dão conta que não elegem presidente da república há mais de 10 anos e que correm o serio risco de seguir assim por pelo menos toda uma segunda década. Percebem que nem sequer no Rio de Janeiro, sua sede, não conseguem eleger governador, senador, prefeito há muito tempo, e devem seguir assim.
Arrependimento, não. Senão mudariam radicalmente sua linha editorial e informativa. Vergonha, não. Senão mudariam as equipes que os fazem passar vergonha. Conveniência, sim. Para tentar romper o isolamento, a desmoralização, a falta de credibilidade, a crise econômica, a perda acelerada de audiência.
Mas nunca conseguirão apagar o papel que tiveram e seguem tendo. “O povo não é bobo / Abaixo a Rede Globo” – seguirá ecoando por todo o país que conseguiu, contra a Globo, derrotar a ditadura, derrotar seus presidentes e consagrar os presidentes que expressam a construção de um país democrático, solidário e soberano, contra todos os que apoiaram o golpe, a ditadura e os governos antipopulares.
Ajunta-se também a derrocada que está paulatinamente
enfraquecendo esse conglomerado de empresas jornalísticas que a par de servir o
capital internacional e os interesses escusos já sabidos, também ao longo dos
anos vem diuturnamente promovendo o Rio de
Janeiro, de modo direto e indireto, de forma a evitar que a Cidade Maravilhosa
não venha a sucumbir na tragédia de seu tempo que se foi.
É a Globo a mídia para fazer o trouxa pensar que é feliz...
e por isso é que canta as maravilhas de uma cidade trágica e conturbada, até
por culpa da própria emissora e engrandece o futebol do Rio, num engodo sem
vergonha, tentando mostrar que o Flamengo é ou que nunca foi e impedir que essa
válvula de distração também se destrua como previsto para ocorrer ao longo do
tempo.
Enfim: O povo não é bobo, abaixo a rede Globo.
Roberto J. Pugliese
www.pugliesegomes.com.brMembro da Academia Eldoradense de Letras
Membro da Academia Itanhaense de Letras
Titular da Cadeira nº 35 – Academia São José de Letras
Autor de Terrenos de Marinha e seus Acrescidos, Letras Jurídicas
Autor de Direitos das Coisas, Leud
Fonte: Blog cafezinho, blog do Farina, O Globo
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