No último
dia 27 de Agosto completou 33 anos que a secretária da presidência da OAB-RJ
veio a falecer por ato espúrio de violência. O atentado, consumando-se através
de uma carta bomba, vitimou a secretária da presidência que veio a falecer
quase a seguir da explosão.
Em 1980,
período em que o Brasil encaminhava sua saída de um dos momentos políticos mais
conturbados, em que o autoritarismo e a violência insistiam em não dar o tão
esperado espaço para a democracia, a OAB era uma das vozes na luta pela defesa
do Estado Democrático de Direito.
O
atentado, executado na forma de um envelope que chegara como correspondência
destinada ao então presidente do Conselho Federal, Eduardo Seabra Fagundes,
ocorreu justamente quando a Seccional de São Paulo e o presidente nacional da
OAB, na qualidade de delegado do Conselho de Defesa dos Direitos da Pessoa
Humana, insistiam na identificação de agentes e ex-agentes dos serviços de
segurança suspeitos do atentado sofrido pelo jurista Dalmo Dallari -
seqüestrado e agredido em 02 de julho de 1980, em São Paulo - que terminou
arquivado.
“A vida de
dona Lyda, bem como a vida de milhares de brasileiros que morreram ou
simplesmente ‘desapareceram’, não podem jamais ficar esquecidas. Devemos
lembrar sempre que a democracia e a liberdade são conquistas que precisam da
nossa constante vigília”, afirmou o presidente nacional da OAB, Marcus Vinicius
Furtado Coêlho.
A mesa de
dona Lyda, com as marcas deixadas pela bomba que levou sua vida, está exposta
no Memorial da OAB, em Brasília. “Ela é o registro de um período do qual jamais
podemos esquecer, para que nunca deixemos de lutar pela liberdade, pela paz e
pela justiça, e, principalmente, para que ele nunca mais volte a fazer parte da
nossa história”, salientou o presidente.
O Expresso
Vida mais uma vez deixa patente seu repúdio aos anos da ditadura militar e
assim também da ditadura de Vargas, períodos que atrazaram a nação e trouxeram
medo e insegurança a todos os brasileiros.
Roberto J. Pugliese
www.pugliesegomes.com.brMembro da Academia Eldoradense de Letras
Membro da Academia Itanhaense de Letras
Titular da Cadeira nº 35 – Academia São José de Letras
( fonte - OAB )
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