12 maio 2012

Confissão de um delegado -

Militares, policiais, autoridades e grupos de monstros, durante a ditadura mataram e torturaram.

Nestor Veras tinha 60 anos quando foi preso em frente a uma farmácia de Belo Horizonte, em abril de 1975. Membro do Comitê Central do PCB (Partido Comunista Brasileiro), tinha mulher e cinco filhos. Desde aquele dia, foram 37 anos sem se tivesse qualquer informação sobre seu paradeiro. Agora, vem uma informação: “(Veras) tinha sido muito torturado e estava agonizando. Eu lhe dei o tiro de misericórdia, na verdade dois: um no peito e outro na cabeça”.
O relato do ex-delegado do DOPS (Departamento de Ordem Pública e Social) Cláudio Guerra ao recém-lançado livro “Memórias de Uma Guerra Suja” foi a primeira “bomba” lançada às vésperas da instalação da Comissão Nacional da Verdade no Brasil. Além da execução de Veras, Guerra também confessou — mas ainda não está claro o quanto se pode confiar em seu relato — ter participado da incineração dos corpos de 11 militantes de esquerda que haviam sido presos, torturados e mortos pelo aparelho de repressão da Ditadura.

Roberto J. Pugliese
www.pugliesegomes.com.br


Fonte: ( Ultima Instancia *Colaborou a correspondente do Opera Mundi em Buenos Aires, Luciana Taddeo )

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