BR116 – Obra interminável.
A Rodovia Régis Bittencourt foi inaugurada pelo presidente Juscelino Kubitschek em 1960, para suportar um tráfego de cinco mil veículos dias àquela época. Facilitava a ligação rodoviária com Curitiba e atravessava o sul do Estado de São Paulo, até então praticamente isolado.
Hoje a rodovia da morte, como é também conhecida, tem tráfego que se aproxima aos 30 mil veículos diários e, privatizada, ainda não está inteiramente duplicada.
Rodovia Federal que une duas importantes capitais e segue pelo interior dos Estados do sul é um eixo rodoviário estratégico que precisa de muito mais atenção das autoridades competentes.
No Estado de São Paulo, entre Juquitiba e Miracatu, o trecho da Serra do Cafezal, degrau natural que separa a região metropolitana da capital com o Vale do Ribeira, a rodovia ainda não está duplicada e, caso as autoridades ambientais aprovem o projeto, poderá ser concluída somente em 2016.
Parece brincadeira. Os estádios para a Copa do Mundo tiveram seus projetos aprovados em toque de caixa, sem muita burocracia, de forma a permitir que empreiteiras logo pudessem trabalhar nas obras e a importante estrada, não obtém a aprovação de forma a ter as obras indispensáveis para a segurança dos milhares de motoristas que se valem dela para chegarem aos seus destinos, permanecem paralisadas aguardando carimbos de burocratas de Brasília, que ignoram o clamor de todos que se valem da rodovia.
Transito por ela desde a sua inauguração. Tenho inúmeras histórias para relatar. Algumas trágicas. Mas a mais importante, que é a sua inteira duplicação, ainda vai levar tempo para presenciá-la.
Lamentável.
Roberto J. Pugliese
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