Protesto em Salvador, Ba. - Quilombolas protestam contra a Marinha de Guerra.
Abrindo o ano de 2012, Quilombolas do Rio dos Macacos e do Alto do Tororó, junto com integrantes do movimento social e negro, iniciaram o ano esta segunda-feira protestando contra a Marinha e afirmando o direito de permanecer em seu território, onde vivem secularmente.
Uma das formas de organizar a luta é retomar as suas memórias, tradições, cultura. O Bumba Meu Boi, uma expressão cultural nacional presente em muitas comunidades quilombolas Brasil afora, foi a senha para a comunidade de Rio dos Macacos, junto com a do Alto do Tororó, protestar contra os desmandos da Marinha e a façanha de querer expulsá-la.
O cortejo de mais de 50 famílias saiu às 9 horas da sede da Comunidade Alto do Tororó, que fica vizinha à Base Naval, na praia popular de São de Tomé e a cerca de 5 quilômetros da comunidade de Rio dos Macacos. O cortejo avançou pelas ruas de São Tomé, tomando conta da praia, chamando atenção dos banhistas e da Imprensa e, pararam diante do muro bem guarnecido que separa a praia popular da imensa área exclusiva para os oficiais da Marinha, onde se encontra a Presidenta. Lá, na beirada das águas da Baía de Todos os Santos, os quilombolas clamaram pelo apoio da Presidenta e protestaram contra a violência da Marinha, com gritos de guerra e faixas com os dizeres:
“Marinha quer expulsar comunidade Quilombola: Rio dos Macacos”
“Vai permitir presidente?”
“A comunidade do Rio dos Macacos pede solução: Justa, legal e imediata”
“Marinha proíbe a entrada do INCRA no quilombo Rio dos Macacos”
Este ato foi o primeiro de uma série de ações para chamar atenção da presidenta e dos órgãos competentes, denunciando a situação de violação de direitos humanos. Os quilombolas e os demais participantes confiam que a Presidenta, que foi vítima da truculência das forças armadas, não admita que em seu governo estas práticas continuem e que afirme os direitos constitucionais e acordos internacionais assinados pelo Brasil.
( Texto coletivo, enviado de Salvador por Maria José Honorato. - Colaboração Renap Rede Nacional de Advogados Populares )
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02 janeiro 2012
Quilombolas protestam -
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