São Paulo: Do colégio de taipas à grande metrópole.
Roberto J. Pugliese*
Comemorar quinhentos e cinquenta e oito anos na formosura irradiante de ser considerado de importância impar, servindo de paradigma para todo o pais e lugares outros distantes, mesmo enfrentando as adversidades peculiares por se encontrar no seio empobrecido do terceiro mundo, é motivo, dispensadas as falsas modéstias, de aplausos e orgulho.
Refiro-me a célebre aniversariante, nascida no topo do outeiro perdido, às margens do Anhembi, junto à confluência do Tamanduateí, onde destemidos evangelizadores, após vencerem as escarpas de Paranapiacaba, assistidos por Tibiriçá, Bartira, João Ramalho e do Bacharel de Cananéia, ergueram a singela capela para cristianizar os Guaianases e demais gentios dali naturais e no dia evocado ao Santo Paulo, inauguraram o tosco colégio, plantando a semente do saber e da grande metrópole que se espalhou alcançando as serras da Cantareira, dos Cristais, do Japi... Ocupando todo o Piratininga.
Que alegria o invejável privilégio de ser seu filho e na convivência diversificadas pelas raças sempre chegantes, poder apreender os saberes cosmopolita, tornando-se bravo e forte para enfrentar o mundo, decifrando facilmente seus infindáveis enigmas.
Saberes achados nos becos, esquinas e escadas de uma cidade nua. Saberes de um povo vibrante, espalhados pelas avenidas, parques e os incontáveis prédios, automóveis e muita gente bonita.
O aniversário é da cidade e de seu corajoso povo hospitaleiro, que recebe a todos, oportunizando lhes condições minimamente dignas para que migrantes e passantes, na busca incessante cuja origem os negou, encontrem o aconchego do lugar e o agasalho para ficar. Ninguém os importuna. Ninguém os teme. Um povo e uma cidade na qual cada um cuida de si, sem qualquer receio do aventureiro, que infiltrado na multidão, ajuda a promoção do saudável caos urbano, transformando, ao longo dos últimos 70 anos, a elegante capital sisuda e europeia, na balburdia alegre e cultural desorientada e poluída.
Cidade que recebe de braços abertos os migrantes preparados para ajuda-la na incessante construção, promovendo sem descanso a esperança no porvir.
Non ducor, duco é o lema de seus filhos. E nessa liderança natural, esteja onde estiver, essa bandeira, herdada daqueles que rasgaram Tordesilhas e tantas outras linhas para fazer crescer o país, o paulistano não se acanha, comandando de modo organizado as ações nas quais se atreve promover... e ao lado de paulistas, brasileiros e cidadãos ousados de todas os cantos do mundo, numa babel laboriosa e colorida, com o rigor que se lhes impõe, atingem o êxito de suas empreitadas, estribados nas lições legadas dos heroicos filhos do mesmo berço...
Enfim nesta data festiva resta apenas felicitar: Parabéns São Paulo de Piratininga.!!! Parabéns povo que edifica São Paulo e o Brasil.
*
Roberto J. Pugiese é paulistano.
Roberto J. Pugliese*
Comemorar quinhentos e cinquenta e oito anos na formosura irradiante de ser considerado de importância impar, servindo de paradigma para todo o pais e lugares outros distantes, mesmo enfrentando as adversidades peculiares por se encontrar no seio empobrecido do terceiro mundo, é motivo, dispensadas as falsas modéstias, de aplausos e orgulho.
Refiro-me a célebre aniversariante, nascida no topo do outeiro perdido, às margens do Anhembi, junto à confluência do Tamanduateí, onde destemidos evangelizadores, após vencerem as escarpas de Paranapiacaba, assistidos por Tibiriçá, Bartira, João Ramalho e do Bacharel de Cananéia, ergueram a singela capela para cristianizar os Guaianases e demais gentios dali naturais e no dia evocado ao Santo Paulo, inauguraram o tosco colégio, plantando a semente do saber e da grande metrópole que se espalhou alcançando as serras da Cantareira, dos Cristais, do Japi... Ocupando todo o Piratininga.
Que alegria o invejável privilégio de ser seu filho e na convivência diversificadas pelas raças sempre chegantes, poder apreender os saberes cosmopolita, tornando-se bravo e forte para enfrentar o mundo, decifrando facilmente seus infindáveis enigmas.
Saberes achados nos becos, esquinas e escadas de uma cidade nua. Saberes de um povo vibrante, espalhados pelas avenidas, parques e os incontáveis prédios, automóveis e muita gente bonita.
O aniversário é da cidade e de seu corajoso povo hospitaleiro, que recebe a todos, oportunizando lhes condições minimamente dignas para que migrantes e passantes, na busca incessante cuja origem os negou, encontrem o aconchego do lugar e o agasalho para ficar. Ninguém os importuna. Ninguém os teme. Um povo e uma cidade na qual cada um cuida de si, sem qualquer receio do aventureiro, que infiltrado na multidão, ajuda a promoção do saudável caos urbano, transformando, ao longo dos últimos 70 anos, a elegante capital sisuda e europeia, na balburdia alegre e cultural desorientada e poluída.
Cidade que recebe de braços abertos os migrantes preparados para ajuda-la na incessante construção, promovendo sem descanso a esperança no porvir.
Non ducor, duco é o lema de seus filhos. E nessa liderança natural, esteja onde estiver, essa bandeira, herdada daqueles que rasgaram Tordesilhas e tantas outras linhas para fazer crescer o país, o paulistano não se acanha, comandando de modo organizado as ações nas quais se atreve promover... e ao lado de paulistas, brasileiros e cidadãos ousados de todas os cantos do mundo, numa babel laboriosa e colorida, com o rigor que se lhes impõe, atingem o êxito de suas empreitadas, estribados nas lições legadas dos heroicos filhos do mesmo berço...
Enfim nesta data festiva resta apenas felicitar: Parabéns São Paulo de Piratininga.!!! Parabéns povo que edifica São Paulo e o Brasil.
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Roberto J. Pugiese é paulistano.
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