Paraná e São Paulo unidos para captar
água do Ribeira.
O rio Ribeira nasce nas proximidades da Região
Metropolitana de Curitiba e sua bacia hidrográfica alcança a Região Metropolitana de São Paulo e assim é,
sem qualquer dúvida, presa fácil para ter seu potencial hidráulico explorado
para produção de energia elétrica e captação de suas águas.
Esse perigo existe. Sempre existiu e de quando
em vez alguém se lembra dessas condições quando há necessidade de construção de
mais uma usina ou há falta de água nas referidas metrópoles.
Agora, recentemente, a Sanepar, mandou uma representante para Registro que expos como
pretende utilizar as águas da Bacia do Alto Ribeira, visando atender os
municípios de Cerro Azul e Adrianópolis
e, no futuro, o sistema integrado responsável pelo abastecimento dos moradores
de Curitiba e Região Metropolitana.
No Paraná,
15 municípios integram a Bacia. São eles: Adrianópolis, Almirante Tamandaré,
Bocaiúva do Sul, Campina Grande do Sul, Campo Largo, Campo Magro, Castro, Cerro
Azul, Colombo, Itaperuçu, Palmeira, Ponta Grossa, Quatro Barras, Rio Branco do
Sul e Tunas do Paraná. No Estado de São Paulo a bacia é maior e abrange mais
municípios.
Juliana
Seixas Pilotto, engenheira da empresa paranaense durante o Seminário Articulação entre os Comitês de Bacia do Rio
Ribeira (SP/PR) revelou assim os projetos
já existentes e o interesse dessa execução.
Nesse
seminário estiveram presentes também representantes da USP, do Instituto Águas
do Paraná, Programa Vale do Ribeira, Instituto Socioambiental, Iphan no Estado
de São Paulo e Secretaria de Saneamento e Recursos Hídricos.
Interessante
a ausência de Senadores, Deputados Federais e Estaduais, vereadores e prefeitos
dos municípios da bacia para falarem em nome do povo da região.
O povo, o
homem do Ribeira não foi ouvido. Nem convidado. As instituições de ensino
superior com sede em Registro principalmente e no Vale do Ribeira foram
ignoradas.
Sempre é bom
lembrar que o Ribeira é um rio federal e que atravessa uma região pitoresca e
que geofisicamente, culturalmente e sócio históricamente tem peculiaridades
únicas que poderia se transformar numa nova unidade política, desmembrando-se
dos Estados do Paraná e São Paulo, indo assim, ao encontro do interesses da
população local, bastante desprestigiada e esquecida pelos Estados na qual se
encontram.
Uma região
com características próprias que deveria constituir-se em Estado com autonomia,
integrando a União Federal, por ter condições hábeis superiores ao Acre, ao
Amapá e a Roraima.
O Expresso
Vida fica atento e divulga a noticia pois a captação de água do Rio Ribeira ou
seus afluentes provocará caos ecológico de proporções inimagináveis para toda a
sociedade local. E toda a região será afetada e sofrerá, desde as cabeceiras,
até sua foz; desde as cabeceiras dos rios tributários até o encontro dessas
águas com o Ribeira.
Creio que só
resta rezar.
Roberto
J. Pugliese
Membro da Academia Eldoradense de Letras
Membro da Academia Itanhaense de Letras
Titular da Cadeira nº 35 – Academia São
José de Letras
Nenhum comentário:
Postar um comentário