23 dezembro 2013

Imbecis defendem direitos humanos e Getúlio Vargas. ( incongruencia total )


Getúlio Vargas: O ditador amado pela esquerda calhorda.

 

Nos primeiros anos do século passado o Brasil era um país agrícola, com a economia concentrada na monocultura do café, principiando sua industrialização, unido pela língua e separado pela ausência de meios de comunicações e transportes.

 

A democracia funcionava regularmente e a ordem jurídica estava sob controle do povo, que se submetia a Constituição discutida e aprovada no século anterior. Mal ou bem, o país estava politicamente e juridicamente ordenado para buscar o bem comum.

 

Os Estados tinham autonomia e a concentração de poder e renda pela União era barrada, com freios jurídicos impedindo a ferocidade fiscal federal. Portanto, com a autonomia financeira e fiscal dos Estados, alguns se destacaram pela organização e produtividade enquanto outros foram se distanciando do progresso, dado a corrupção e falta de competência de suas elites econômicas e administrativas.

 

O Brasil ia bem. O país rural tinha o povo feliz. E o país urbano seguia em paz. Algumas mudanças estruturais eram necessárias, porém bastavam acertos, sem necessidade de armas seccionarem o país e ultrajar a ordem jurídica e política da República que iniciava sua história.

 

Lamentável. A busca pelo poder rompeu a ordem da história e pelas armas, a truculência encarnada pelo caudilho Vargas tomou o poder: O ex ministro da Fazenda do presidente da República, traidor entre outros qualificativos, promoveu a chamada Revolução de 30 e depôs o presidente e impediu a posse daquele vencera as eleições.

 

Washington Luiz Pereira de Barros, natural de Macaé, cuja carreira política se deu como prefeito de São Paulo, posteriormente como presidente do Estado e presidente da República, elegera Júlio Prestes, vencendo no voto, as eleições que tinha na oposição Getúlio Vargas, seu ministro da Fazenda, ex presidente do Estado do Rio Grande do Sul.

 

E durante quinze anos, com truculência, administrou muito mal um país que teve seu ciclo de desenvolvimento e ordem democrática estancado abruptamente.

 

Sem capacidade mínima, pela força durante o tempo de sua ditadura houve impor sua vontade particular e espantar  o progresso e a liberdade de seu povo.  Getúlio Vargas se tornou ditador e o Brasil atrasou muito mais do que os quinze anos que esteve no Palácio do Catete. São incontáveis as graves consequências que até hoje são perceptíveis cuja origem é do tempo dessa ditadura.

 

Nada foi realizado de relevância. Durante quinze anos, mandando e desmandando, sem ter os freios democráticos de Congresso, de Assembléias Legislativas, Vereadores, enfim, sem a existência de um Poder Judiciário independente, com a polícia política e as forças armadas fiéis as suas ideias, o gorducho dos pampas, não construiu sequer uma rodovia; não desbravou a Amazônia; não ligou o sul e o nordeste ao centro político e econômico, não explorou o petróleo recuando às imposições dos yankes; prendeu, torturou e mandou matar os adversários... SÓ FEZ MERDA. Ou nem isso.

 

Fanfarrão contumaz fechou os olhos e deu liberdade para que se implementassem mordomias e a corrupção nos meios políticos e administrativos do Brasil.

 

Getúlio nos seus quinze anos de poder absoluto não realizou a reforma agrária até porque era latifundiário no sul do país. Não criou nenhuma universidade federal. Nenhuma. Não enfrentou os yanks porque era financiado por eles. Não industrializou e também não ampliou as fontes agrícolas, mantendo o país apenas uma grande fazenda de café, situada no sudeste.

 

A república ficou refém dos Estados Unidos pois não ampliou relações comerciais, mantendo-se preso as imposições exploradoras dos imperialistas. Foi um subserviente obediente.

 

O ditador foi forçado ir à guerra e negociou mal a ida dos brasileiros. Traiu os nordestinos que iludidos, foram enganados, na condição de soldados da borracha, ludibriados à plantar e colher látex para americanos no Acre e ficaram por lá abandonados... Canalha com todos.

 

Mandou prender e torturar comunistas e nacionalistas. Calou a imprensa e impediu o desenvolvimento da ciência.


Enfim, a esquerda calhorda e estúpida coloca o gorducho imbecil no pedestal, ignorando ou propositadamente escondendo que era tão ditador como outros ícones da ditadura brasileira, latino americana e mundial.

 

A esquerda calhorda esquece ou não sabe, que o vagabundo do Catete, mandou rasgar bandeiras dos Estados, renegando o seu próprio Rio Grande, e fingindo que o país com mais de oito milhões de quilômetros quadrados era um único e centralizado culturalmente, economicamente, politicamente eteceteramente.

 

Administrou com mão de ferro. Foi duro com os adversários.

 

Se um dia tiver a oportunidade de ir à sua terra natal ou ao cemitério onde se encontram enterradas as lavras e vermes que caminham pelo seu túmulo, não pouparei MIJAR E CAGAR NO QUE ESTIVER POR LÁ.

 

Enfim, diante de um quadro deste, terrível a todos que preservam a vida e os direitos humanos, a democracia e a ordem jurídica, vale indagar porque a esquerda é tão estúpida em aplaudir a biografia do ditador incompetente e te-lo como símbolo de um país feliz?

 

Se a resposta é a CLT, há muitas ressalvas, posto que sendo uma consolidação, está claro, que coube ao truculento ditador apenas consolidar e ordenar, o que vem sendo objeto de procedimento contínuo, posto que muitas normas consolidadas já estavam vigentes antes de que assumisse o poder.

 

Ademais, 15 anos, com poderes absolutos para promulgar a CLT foi muito tempo. Muito muito tempo. Mera desculpas.

 

Enfim: Me enoja o militante aplaudir um ditador e dizer que defende direitos humanos...  Ditador é sempre ditador, não merece respeito, sendo do norte, do sul ou de qualquer lugar. Notadamente um civil, formado em ciências jurídicas, letrado e com todos os instrumentos morais para repudiar qualquer ação não democrática.

 
Roberto J. Pugliese
www.pugliesegomes.com.br
presidente da Comissão de Direito Notarial e Registros Públicos –OAB-Sc
Membro da Academia Eldoradense de Letras
Membro da Academia Itanhaense de Letras
Titular da Cadeira nº 35 – Academia São José de Letras
Autor de Terrenos de Marinha e seus Acrescidos, Letras Jurídicas
Autor de Direitos das Coisas, Leud
Sócio do Instituto dos Advogados  de Santa Catarina

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