Getúlio Vargas: O ditador amado pela
esquerda calhorda.
Nos
primeiros anos do século passado o Brasil era um país agrícola, com a economia
concentrada na monocultura do café, principiando sua industrialização, unido
pela língua e separado pela ausência de meios de comunicações e transportes.
A
democracia funcionava regularmente e a ordem jurídica estava sob controle do
povo, que se submetia a Constituição discutida e aprovada no século anterior.
Mal ou bem, o país estava politicamente e juridicamente ordenado para buscar o
bem comum.
Os
Estados tinham autonomia e a concentração de poder e renda pela União era barrada,
com freios jurídicos impedindo a ferocidade fiscal federal. Portanto, com a
autonomia financeira e fiscal dos Estados, alguns se destacaram pela
organização e produtividade enquanto outros foram se distanciando do progresso,
dado a corrupção e falta de competência de suas elites econômicas e
administrativas.
O
Brasil ia bem. O país rural tinha o povo feliz. E o país urbano seguia em paz.
Algumas mudanças estruturais eram necessárias, porém bastavam acertos, sem
necessidade de armas seccionarem o país e ultrajar a ordem jurídica e política
da República que iniciava sua história.
Lamentável.
A busca pelo poder rompeu a ordem da história e pelas armas, a truculência
encarnada pelo caudilho Vargas tomou o poder: O ex ministro da Fazenda do
presidente da República, traidor entre outros qualificativos, promoveu a
chamada Revolução de 30 e depôs o presidente e impediu a posse daquele vencera
as eleições.
Washington
Luiz Pereira de Barros, natural de Macaé, cuja carreira política se deu como
prefeito de São Paulo, posteriormente como presidente do Estado e presidente da
República, elegera Júlio Prestes, vencendo no voto, as eleições que tinha na
oposição Getúlio Vargas, seu ministro da Fazenda, ex presidente do Estado do
Rio Grande do Sul.
E
durante quinze anos, com truculência, administrou muito mal um país que teve
seu ciclo de desenvolvimento e ordem democrática estancado abruptamente.
Sem
capacidade mínima, pela força durante o tempo de sua ditadura houve impor sua
vontade particular e espantar o
progresso e a liberdade de seu povo.
Getúlio Vargas se tornou ditador e o Brasil atrasou muito mais do que os
quinze anos que esteve no Palácio do Catete. São incontáveis as graves
consequências que até hoje são perceptíveis cuja origem é do tempo dessa
ditadura.
Nada
foi realizado de relevância. Durante quinze anos, mandando e desmandando, sem
ter os freios democráticos de Congresso, de Assembléias Legislativas,
Vereadores, enfim, sem a existência de um Poder Judiciário independente, com a
polícia política e as forças armadas fiéis as suas ideias, o gorducho dos
pampas, não construiu sequer uma rodovia; não desbravou a Amazônia; não ligou o
sul e o nordeste ao centro político e econômico, não explorou o petróleo
recuando às imposições dos yankes; prendeu, torturou e mandou matar os
adversários... SÓ FEZ MERDA. Ou nem isso.
Fanfarrão
contumaz fechou os olhos e deu liberdade para que se implementassem mordomias e
a corrupção nos meios políticos e administrativos do Brasil.
Getúlio
nos seus quinze anos de poder absoluto não realizou a reforma agrária até
porque era latifundiário no sul do país. Não criou nenhuma universidade federal.
Nenhuma. Não enfrentou os yanks porque era financiado por eles. Não
industrializou e também não ampliou as fontes agrícolas, mantendo o país apenas
uma grande fazenda de café, situada no sudeste.
A
república ficou refém dos Estados Unidos pois não ampliou relações comerciais,
mantendo-se preso as imposições exploradoras dos imperialistas. Foi um
subserviente obediente.
O
ditador foi forçado ir à guerra e negociou mal a ida dos brasileiros. Traiu os
nordestinos que iludidos, foram enganados, na condição de soldados da borracha, ludibriados à plantar e colher látex para
americanos no Acre e ficaram por lá abandonados... Canalha com todos.
Mandou
prender e torturar comunistas e nacionalistas. Calou a imprensa e impediu o
desenvolvimento da ciência.
Enfim, a esquerda calhorda e estúpida coloca o gorducho imbecil no pedestal, ignorando ou propositadamente escondendo que era tão ditador como outros ícones da ditadura brasileira, latino americana e mundial.
A
esquerda calhorda esquece ou não sabe, que o vagabundo do Catete, mandou rasgar
bandeiras dos Estados, renegando o seu próprio Rio Grande, e fingindo que o
país com mais de oito milhões de quilômetros quadrados era um único e
centralizado culturalmente, economicamente, politicamente eteceteramente.
Administrou
com mão de ferro. Foi duro com os adversários.
Se
um dia tiver a oportunidade de ir à sua terra natal ou ao cemitério onde se
encontram enterradas as lavras e vermes que caminham pelo seu túmulo, não
pouparei MIJAR E CAGAR NO QUE ESTIVER POR LÁ.
Enfim,
diante de um quadro deste, terrível a todos que preservam a vida e os direitos
humanos, a democracia e a ordem jurídica, vale indagar porque a esquerda é tão
estúpida em aplaudir a biografia do ditador incompetente e te-lo como símbolo
de um país feliz?
Se
a resposta é a CLT, há muitas ressalvas, posto que sendo uma consolidação, está
claro, que coube ao truculento ditador apenas consolidar e ordenar, o que vem
sendo objeto de procedimento contínuo, posto que muitas normas consolidadas já
estavam vigentes antes de que assumisse o poder.
Ademais,
15 anos, com poderes absolutos para promulgar a CLT foi muito tempo. Muito
muito tempo. Mera desculpas.
Enfim:
Me enoja o militante aplaudir um ditador e dizer que defende direitos
humanos... Ditador é sempre ditador, não
merece respeito, sendo do norte, do sul ou de qualquer lugar. Notadamente um
civil, formado em ciências jurídicas, letrado e com todos os instrumentos
morais para repudiar qualquer ação não democrática.
www.pugliesegomes.com.br
presidente da Comissão de Direito Notarial e Registros Públicos –OAB-Sc
Membro da Academia Eldoradense de Letras
Membro da Academia Itanhaense de Letras
Titular da Cadeira nº 35 – Academia São José de Letras
Autor de Terrenos de Marinha e seus Acrescidos, Letras Jurídicas
Autor de Direitos das Coisas, Leud
Sócio do Instituto dos Advogados de Santa Catarina
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