São Paulo pobre. Pobre São Paulo.
O
IBGE publicou recentemente a estimativa da população existente em 2012 no
Brasil. Estado por Estado; Distrito Federal e municípios tem números oficiais
do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas.
Vale
comentar:
São
Paulo, atingi números superiores a 43 milhões de habitantes, espalhados nos
seus 247 mil quilômetros quadrados.
Mesmo
com o Produto Interno Bruto elevado e todo aparato econômico ali instalado e
funcionando, trata-se, por incrível que possa parecer, um Estado pobre. De tudo
que arrecada em seu território, resultante do trabalho e circulação da economia
promovida pelos seus habitantes, ficam para os municípios paulistas, menos de
10% e para a unidade federativa, também o singelo percentual de 27%, sendo o
restante, levado aos cofres da União.
Os
valores, mesmo muito alto, não são bastante para promover o mínimo de dignidade
e vida condizente ao povo paulista.
A
situação que se apresenta é que o lugar mais rico do país, melhor organizado e
com a economia mais pujante, oferece para os seus habitantes a pior qualidade
de vida e carece de condições para dar ao seu povo a dignidade para desfrute do
dia a dia, inclusive feriados, e de modo geral, em todas as classes sociais.
Há
exceções. Mas a regra é a péssima qualidade que o lugar oferece para que seus
habitantes desfrutem do esforço que se dedicam para atingir o melhor. São os
pobres, os miseráveis os excluídos, mas também os remediados, os classes média,
os ricos e milionários que não atingem o que poderiam, caso o Poder Público
pudesse, com melhores recursos, prover.
São
Paulo, pobre São Paulo, seu povo sustenta o país há mais de século e sem
prestigio político, se quer representação proporcional no Congresso Nacional
consegue impor.
Os
serviços paulistas são executados com valores arrecadados no Estado. Não há
repasse da União, ao contrário dos demais que vivem sempre de pires nas mãos
pedindo dinheiro em Brasilia.
E
mesmo com as dificuldades que se apresentam os serviços executados em São Paulo
são sempre os melhores, os exemplares e os melhores servidos à população. Basta
lembrar que das estradas do país, 9 entre as 10 melhores, estão no Estado... e
que muitas atividades, privativas da União, ou são delegadas ao Estado, como a
SUCEN, que executa serviços próprios do Ministério da Saúde, ou o Estado,
mantém órgão próprio para suprir a deficiência, como era a FEPASA, A VASP e
outras inúmeras empresas paulistas concorrentes com as federais similares, e
melhores.
Enfim,
o Expresso Vida, no silencio da multidão que ignora esses fatos, deixa seu
protesto e pede que realmente haja mudanças.
Roberto J. Pugliese
www.pugliesegomes.com.brpresidente da Comissão de Direito Notarial e Registros Públicos –OAB-Sc
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